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Educação ambiental

Por:   •  30/11/2015  •  Artigo  •  2.611 Palavras (11 Páginas)  •  397 Visualizações

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA ESTRATÉGIA POSITIVA NA PREVENÇÃO

DO COMBATE A DENGUE

INTRODUÇÃO

        Sendo então considerada um problema crescente de saúde pública mundial, a dengue é hoje objeto da maior campanha de saúde pública do Brasil.

        A dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e de evolução benigna na forma clássica e grave quando se apresenta na forma hemorrágica. Esta doença é considerada atualmente a mais importante arbovirose (doença transmitida por artrópodes) que afeta o homem e constitui-se em sério problema de saúde pública no mundo, especialmente nos países tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti, um mosquito, principal vetor da doença.

        A transmissão da doença se dá pela picada da fêmea infectada do mosquito Aedes aegypti e seu ciclo de vida consiste em quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. Este inseto está adaptado a se reproduzir nos ambientes domésticos e peridomésticos, utilizando-se de recipientes que armazenam água, incluindo material orgânico vegetal como cascas de frutas, ou animal, como cascas de ovo e recipientes descartáveis, comumente encontrados nos lixos das cidades. Seus sintomas causam na pessoa uma prostração que a impede de exercer quaisquer atividades físicas, criando consequentemente, um déficit de mão de obra em qualquer setor.        

        O presente trabalho tem como objetivo analisar o processo educativo ambiental na prevenção e controle da Dengue no Município de Comodoro-MT, e busca refletir sobre a sadia qualidade de vida do cidadão que depende profundamente do equilíbrio do meio ambiente em que habita e das políticas públicas que visem a garantir esse equilíbrio. Tais políticas públicas devem ser desenvolvidas através de ações educativas que proporcionem aos indivíduos conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à sensibilização e conscientização da sociedade acerca das questões ligadas ao meio ambiente, como é o caso da educação ambiental, bem como esclarecimentos acerca das doenças, através de campanhas específicas, pois o direito à vida e à saúde são direitos fundamentais constitucionalmente garantidos aos cidadãos.

METODOLOGIA

        O município de Comodoro localiza-se a oeste do Estado de Mato Grosso sob as coordenadas geográficas: Latitude – 13º 66’ 30” S e Longitude - 059º 78’ 58” W, MC:-57º, FUSO 21L, possuindo uma área total de 21.743 km2. Limita-se ao Norte com o município de Juína e Sapezal; a Leste com o município de Campos de Júlio; a Oeste com o município de Cabixi e a cidade de Vilhena - RO; e a República da Bolívia e ao Sul com o município de Vila Bela da Santíssima Trindade e Nova Lacerda.

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        O perímetro urbano, com uma extensão de 5,90 km2, localiza-se a 120 km de Vilhena-RO e a 677 km da capital Cuiabá. Está inserida na superfície mais elevado do Planalto dissecado dos Parecis, a uma altitude média de 625 metros (RIBEIRO, 2005). De acordo com o censo de 2010, a população total de Comodoro era de 18.178 de habitantes, sendo 58,92% urbana e 41,08% rural e indígenas. No período de 1991-2010, a população de Comodoro teve uma taxa média de crescimento anual de 4,86%. A taxa de urbanização cresceu 44,42% passando de 48,80% em 1991 para 58,92% em 2010. Tem densidade demográfica de 15,74 habitantes por km2 e ocorre um predomínio de jovens e adultos em idade produtiva. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,724 segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD (PNUD, 2000) e (SEPLAN,2000).

        O Departamento de Controle a Endemias conta atualmente em seu quadro de funcionários com 14 servidores, incluindo serviço administrativo, chefia, supervisão e de campo.

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FOTO 1. Equipe do Departamento de Combate a Endemias (camisa verde), Prefeita Municipal Srª Marlise Marques Moraes (ao centro), Secretário Municipal de Saúde Sr. Vilmontes Pereira (óculos) e Equipe de Agentes Comunitários de Saúde (camisa azul).

        O grande volume de chuvas e o aumento da temperatura são fatores que, por si só, potencializam a proliferação de focos geradores de endemias.         Assim como em várias regiões do Brasil, Comodoro sofre com a incidência do dengue. Por ser um município em crescimento, com empreendimentos que necessitam de muita mão de obra como mineração, construção de pequenas centrais hidroelétricas, bem como o agronegócio, há uma convergência de pessoas de diversas partes do Brasil, inclusive de regiões onde há focos da doença (PMC, 2015).

        A mobilidade intermunicipal da população é governada pela economia regional, que impulsiona a migração diária de pessoas de acordo com a concentração de serviços e as condições de circulação (como a existência de rodovias) e comunicação entre os núcleos urbanos. A organização espacial da epidemia tende a seguir a lógica das conexões de transporte, apresentando assim uma distribuição mais contínua e linear, concentrada em cidades posicionadas em corredores regionais, e não apenas em grupos de municípios vizinhos (MEDRONHO, 2006).

        Somado a isso, a expansão imobiliária aumenta cada vez mais a geração de entulho que, por muitas vezes, é depositado a céu aberto em terrenos, praças e caçambas por toda a cidade. O crescimento populacional e econômico tem acelerado a expansão imobiliária, e com isso aumentado a quantidade de resíduos sólidos continuamente gerados pelos diversos setores e atividades da sociedade. Muitas vezes, o material é despejado em terrenos baldios e a céu aberto. O descarte clandestino desses resíduos vem provocando graves impactos ambientais, sociais e econômicos. Muitas vezes, os materiais produzidos pelas obras não são retirados dos locais de imediato, atraindo outros tipos de despejo, e os mais diversos objetos são descartados nessas áreas. Então, acontece um significativo acúmulo de material ao redor das áreas em construção. Com a incidência das chuvas, esses locais inevitavelmente se tornam focos de proliferação de Aedes Aegypti, o vetor transmissor da dengue.

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