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HANSENÍASE: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E PREVALÊNCIAS DE CASOS NO MUNICÍPIO DE ABAETETUBA

Por:   •  22/5/2019  •  Artigo  •  3.320 Palavras (14 Páginas)  •  242 Visualizações

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HANSENÍASE: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E PREVALÊNCIAS DE CASOS NO MUNICÍPIO DE ABAETETUBA

José Jonas Lima dos Santos1; Paula Erilene Meneses Pinheiro2; Maria de Fátima Santos de Castro3; Inês Trevisan4

Graduando do curso de Licenciatura plena em Ciências Naturais com habilitação em Química, Universidade do Estado do Pará. Jonas_lima0405@hotmail.com

2 Graduanda do curso de Licenciatura plena em Ciências Naturais com habilitação em Química, Universidade do Estado do Pará. Paula.meneses2797@gmail.com

3 Graduanda do curso de Licenciatura plena em Ciências Naturais com habilitação em Química, Universidade do Estado do Pará. Mariadefatimacastro2012@gmail.com

4 Prof.ª orientadora: Doutora em Educação em Ciências,  Universidade do Estado do Pará. Inesatm17@gmail.com

RESUMO

Estudo busca analisar a persistência de casos de hanseníase no município de Abaetetuba-PA. Dessa maneira, discutir as razões que favorecem o surgimento de novos casos no município. A pesquisa adotou como método uma abordagem qualitativa, do número de casos novos notificados entre 2015 a 2017, sendo estes contabilizados por bairros e juntamente com a frequência por ano de notificações de casos, em consonância contamos com entrevista esclarecendo a persistência dos casos da doença no município, por meio do departamento de endemias, contamos também com o aporte teórico sobre a patologia estudada. Abaetetuba continua sendo uma área endêmica da doença e sua persistência desses casos está relacionada ao clima da região assim como a questão socioeconômica da população é de grande influência, do mesmo modo com o descaso público referente ao saneamento básico, juntamente com a falta de informação e a higiene pessoal de forma adequada do cidadão, devendo assim o poder público promover a intensificação de estratégias para o controle e a redução desses novos casos com o apoio da comunidade. Com isso a pesquisa terá continuidade na investigação, no aspecto social de casos relacionados ao retorno escolar de alunos infectados pela doença após o término do tratamento, em que procuraremos entender de que forma a escola procedera junto com a família levando em conta a ambientação desse aluno.

Palavras-chaves: Hanseníase. Persistência. Epidemiológico.

Área de interesse do Simpósio:

Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários.

1. INTRODUÇÃO

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. Uma das enfermidades mais antigas da história que apresenta um bacilo com alta infectividade, porém, manifesta-se em uma pequena parte dos infectados, já que o bacilo é transmitido para muitos, mas a grande maioria não adoece. (SANTOS, 2017).  

Segundo o Ministério da Saúde (MS) (2016), é considerado portador da doença o indivíduo que manifesta uma ou mais características, como lesão da pele com alteração da sensibilidade térmica, espessamento de nervos periféricos, associados as alterações sensitivas e motoras ou autonômicas, e com a presença do bacilo de Hansen confirmada através da biopsia de pele.  Com isso, podemos identificar a classificação da hanseníase de acordo com a resposta do sistema imunológico à presença da bactéria, baseando-se pelos números de lesões presentes no paciente. Tal segmenta-se da seguinte forma: Paucibacilar (PB) e Multibacilar(MB).

De acordo com o Ministério da Saúde (2002), a duração do tratamento de poliquimioterapia depende do tipo da hanseníase tratada, a paucibacilar é um estágio inicial da doença atingindo até cinco manchas no corpo, durando de seis a nove meses., já a multibacilar provoca lesões mais graves comprometendo os nervos, atinge acima de cinco manchas e placas, a duração do seu tratamento é de doze a dezoito meses.

O número de casos novos diagnosticados continua endêmico em vários países. O Brasil no ano de 2015 concentrou 13% dos novos casos de hanseníase registrados no mundo, perdendo apenas para Índia segundo (SANTOS, 2017). Em 2016, no Brasil, a prevalência foi de 12 casos por cem mil habitantes, correspondendo a 25.214 novos casos registrados, algumas regiões como Norte com 29 casos por cem mil habitantes, no total de 5.092; Nordeste com 19 casos por cem mil habitantes, no total de 10.984 e Centro-oeste com 30 casos por cem mil habitantes, no total de 4.701 como áreas endêmicas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) (2016) e MS (2016). Além disso, os municípios de endemicidade mais elevadas estão localizados no entorno da Amazônia brasileira, especialmente em Rondônia, Mato Grosso, Oeste de Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará. 

Ao se considerar a hanseníase com alta prevalência de casos na região Norte do Brasil, em especial no estado do Pará, e entendendo esta enfermidade como um problema de saúde pública que possui um alto potencial incapacitante, portanto pergunta-se que fatores têm contribuído para a persistência de casos no município de Abaetetuba-Pa? Isto posto tem se justificado em um estudo qualitativo, já que nos últimos três anos a localidade vem vivenciando novos casos da doença. Nessa perspectiva o objetivo desse artigo é discutir as razões que favorecem o surgimento de casos de hanseníase, no município de Abaetetuba-PA.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ETIOLOGIA

A hanseníase é uma doença perniciosa causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae, descoberto pelo cientista norueguês Gerhard Amauer de Hansen. Atualmente são reconhecidas quatro formas clínicas da doença: indeterminada, tuberculoide, borderline e virchowiana. (FERNANDES, 2017, p. 471).

A indeterminada é a mais fraca e comum em crianças, raramente evolui para outras formas. A tuberculoide assim como a indeterminada é simples e não contagiosa, com poucas manchas pelo corpo e por isso e conhecida como paucibacilar. A borderline é considerada uma fase intermediária, ao mesmo tempo em que virchowiana é o tipo mais grave da infecção, com muitos bacilos chamada de multibacilar. Essa última é o tipo contagioso da doença. (FERNANDES, 2017, p. 471).

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