O Diagnóstico Laboratorial Na Pesquisa De Schistossoma Mansoni: Estudo Bibliométrico Entre Os Anos De 2008 A 2018.
Por: Ana Carolina Monteiro • 9/4/2023 • Artigo • 3.178 Palavras (13 Páginas) • 127 Visualizações
[pic 1]UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA[pic 2][pic 3]
DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MODELOS DE DECISÃO E SAÚDE
ANA CAROLINA DA SILVA MONTEIRO
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL NA PESQUISA DE SCHISTOSSOMA MANSONI: ESTUDO BIBLIOMÉTRICO ENTRE OS ANOS DE 2008 A 2018.
João Pessoa, PB
2018
ANA CAROLINA DA SILVA MONTEIRO[pic 4]
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL NA PESQUISA DE SCHISTOSSOMA MANSONI: ESTUDO BIBLIOMÉTRICO ENTRE OS ANOS DE 2008 A 2018.
Artigo de Pesquisa apresentado ao Programa de Pós-graduação em Modelos de Decisão e Saúde da Universidade Federal da Paraíba, como artigo de revisão bibliométrica como parte da nota da disciplina Educação e Saúde
Professora: Dra Anna Alice Figueiredo de Almeida
João Pessoa, PB
2018
Diagnóstico laboratorial na pesquisa de Schistossoma mansoni: estudo bibliométrico entre os anos de 2008 a 2018.
ANA CAROLINA DA SILVA MONTEIRO¹
ANNA ALICE FIGUEIREDO DE ALMEIDA²
- Aluna do Programa de Pós-graduação de Modelo de Decisão e Saúde - UFPB
- Professora do programa de Pós-graduação de Modelo de Decisão e Saúde - UFPB
Resumo
Objetivo: Analisar as pesquisas que vêm sendo realizadas no Brasil e nos outros países, sobre Esquistossomose Mansônica e Diagnóstico Laboratorial, no período de janeiro de 2008 a outubro de 2018.Método: Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica, de tipo descritiva, com análise bibliométrica. A busca foi realizada a partir da estratégia de cruzamento dos descritores “esquistossome” AND “diagnóstico”, em seguida, a seletividade para os critérios de elegibilidade conforme descrito no fluxograma do modelo PRISMA. Os dados foram submetidos à análise descritiva. Resultado: As instituições com maior número de estudos se encontram na região Sudeste do Brasil, assim como seus autores; a abordagem dos estudos foi majoritariamente quantitativa, seguida da abordagem mista; o tipo de estudo mais encontrado foi o transversal e as amostras concentradas entre 101 ou mais participantes. O periódico com maior número de publicações foi a Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, houveram mais publicação no ano de 2012, principalmente com a associação dos métodos parasitológicos e imunológicos.
Palavras-chaves: Esquistossomose, Diagnóstico Laboratorial, Schistossoma mansoni
Summary
Objective: To analyze the researches that have been carried out in Brazil and in other countries, on Schistosomiasis Mansonicus and Laboratory Diagnosis, from January 2008 to October 2018. Method: This is a literature review, descriptive, with bibliometric analysis. The search was performed from the crossing strategy of the descriptors "schistossome" AND "diagnosis", then the selectivity for the eligibility criteria as described in the flowchart of the PRISMA model. Data were submitted to descriptive analysis. Result: The institutions with the largest number of studies are in the Southeast region of Brazil, as well as their authors; the study approach was mostly quantitative, followed by the mixed approach; the most common type of study was cross-sectional and the samples were concentrated among 101 or more participants. The journal with the highest number of publications was the Journal of the Brazilian Society of Tropical Medicine, there was more publication in 2012, mainly with the association of parasitological and immunological methods.
Keywords: Schistosomiasis, Laboratory Diagnosis, Schistosoma mansoni
- INTRODUÇÃO
A esquistossomose é uma doença grave, de evolução crônica, causada por trematódeos do gênero Schistosoma. Existem cinco espécies que infectam frequentemente o homem: A espécie S. mansoni é transmitida por caramujos do gênero Biomphalaria e é encontrada nas Américas, no Caribe e na África. S. haematobium é transmitido por caramujos do gênero Bulinus e causa a esquistossomose urinária na África e Península Arábica. S. japonicum é transmitido por caramujos do gênero Oncomelania e causa esquistossomose intestinal e hepatosplênica no Japão, China, Filipinas Indonésia e Sudeste Asiático. S. intercalatum e S. mekongi tem apenas importância local, o último, no vale do rio Mekongi (GRYSEELS et al., 2006).
De todas as espécies de Schistosoma que parasitam o homem, somente o S. mansoni é encontrado nas Américas, sendo endêmica no Brasil, Venezuela, Suriname e Caribe, onde se estima que cerca de seis milhões de pessoas estejam infectadas, sendo a maioria residente no Brasil, e 25 milhões sob risco de infecção (WHO 2005). No Brasil, a doença tem distribuição heterogênea e a transmissão ocorre em uma vasta área endêmica, em 19 estados, existindo focos isolados no Distrito Federal, nos estados do Pará, Piauí, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Relatos de casos importados de área endêmica são registrados em quase todo território nacional, principalmente no Estado de Minas Gerais e em Estados da região Nordeste, principalmente Pernambuco (ROLLEMBERG et al., 2011; CARDIM et al., 2011).
O diagnóstico laboratorial da doença pode ser feito através do exame parasitológico de fezes, biópsia retal, determinação e identificação de antígenos e anticorpos e determinação de indicadores bioquímicos e patológicos, que estão associados à infecção pelo S. mansoni. Os métodos diagnósticos atualmente disponíveis dividem-se em três grupos: métodos parasitológicos, imunodiagnósticos e moleculares (VITORINO et al., 2012).
Sendo que os métodos parasitológicos que é a constatação da presença de ovos nas fezes é o modo mais empregado na prática clínica através do exame de fezes, com especial importância para a técnica de Kato-Katz que é um método quantitativo, com grande aplicabilidade na inferência da carga parasitária, detectando a presença de ovos nas fezes, o que ocorre após o 45º dia de infecção. O exame de fezes possui baixa sensibilidade, sobretudo em áreas não endêmicas (SIQUEIRA, 2011).
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