PERCEPÇÃO AMBIENTAL DA COMUNIDADE ESCOLAR NO ENTORNO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA NATUREZA

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIÓLOGICAS

Disciplina: Investigação e Prática Pedagógica em Ecologia e Educação Ambiental                                                                                            

 

Docente Ma. Valquíria Garrote

PERCEPÇÃO AMBIENTAL DA COMUNIDADE ESCOLAR NO ENTORNO

Discentes: Karen Cavalcante;

Karoline Silva;

Melissa Progênio;

Vanderleia Paulino.

Rio Branco, Acre.

-2017/2018-

INTRODUÇÃO

A educação ambiental é uma prática social, na qual se preocupa com a conservação e preservação da natureza e, devido às ações do homem que tem destruído o meio ambiente, é necessário que seja feita intervenções (SANTOS, 2006).

Segundo Menezes (2012), as questões ambientais têm ganhado muita atenção nos últimos anos dentro da sociedade, principalmente, nos ambientes escolares, pois são considerados como um lugar adequado para se trabalhar a relação homem-ambiente-sociedade, para formar cidadãos críticos.

A escola é um espaço de construção e interação do ser social, desta forma, os professores participam da formação sociocultural do indivíduo, assim, é responsabilidade da escola como um todo, proporcionar uma visão mais crítica a respeito das questões sociais. Os saberes escolares relacionados ao trabalho docente com questões de educação ambiental, devem enfatizar conteúdos que destaquem o caráter humano e ambiental (AZEVEDO & FERNANDES, 2010), por exemplo, o lixo que é uma questão tanto social quanto ambiental.

A Política Nacional da Educação Ambiental traz na Seção II, a inclusão da Educação Ambiental no ensino formal , da qual deve estar incluída nos currículos de instituições pública e privadas, assim como, na Educação básica, superior, especial, profissional e jovens e adultos. Desta forma, o conteúdo relacionado ao meio ambiente deve estar inserido nos currículos de formação de professores de todos os níveis e disciplinas (FAHT, 2011).

Os PCN’s tratam diversos assuntos como tema transversais, dentre elas está o tema Meio ambiente. Segundo Velloso (2006), essa estruturação curricular nos PCN’s, torna os temas transversais inferiores às outras disciplinas convencionais, ele ainda cita que não há verificação das relevâncias sociais dos quais os temas tratam, pois os processos de educação escolar são rígidos no controle das práticas pedagógicas, como planejamento das disciplinas, distribuição da carga horária das disciplinas e os exames em nível nacional, não dando tanta importância para os temas transversais.

Diante da importância da educação ambiental e de como o tema é tratado nas escolas, é necessário que este esteja junto ao currículo escolar, para que supere a fragmentação e para que ela alcance seus objetivos (MENEZES, 2012).

A pesquisa científica é um ponto crucial para tomadas de decisões, assim, no ramo educacional podemos avaliar a situação do ensino por meio de análises qualitativas, uma dessas formas são as entrevistas. Entrevistas são fundamentais quando se precisa/deseja mapear práticas, crenças, valores e sistemas classificatórios de universos sociais específicos, mais ou menos bem delimitados, em que os conflitos e contradições não estejam claramente explicitados (DUARTE, 2004).

Desta forma, o objetivo do trabalho foi de realizar uma investigação na escola e na comunidade entorno sobre o ensino de Ecologia e sua conexão com a Educação Ambiental, bem como sua aplicação em sala, na escola e na comunidade.

METODOLOGIA        

O presente trabalho foi realizado durante os meses de outubro de 2017 a fevereiro de 2018, no Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Acre (CAp/UFAC), localizado no centro da cidade de Rio Branco, Acre.  

O trabalho foi dividido em três etapas descritas a seguir:

        A primeira etapa consistiu na elaboração do roteiro da investigação, onde foram feitas pesquisas e análises dos PCN’s. Além disso, foi selecionado o público alvo que são: a coordenação de Ensino/Pedagógica, professores de Biologia, alunos e comunidade entorno.

        Na segunda etapa, foi elaborado o roteiro da entrevista e, para cada grupo de entrevistados foram feitas um conjunto de questões baseados na análise das unidades temáticas dos PCN’s (quadro 1) (anexo 1). As perguntas foram elaboradas previamente e seguiu-se o modelo de entrevista focalizada ou  semi-estruturada , que apesar de ter um tema foco, é informal, livre, e muitas vezes uma pergunta responde outra e uma resposta pode nos levar a uma nova pergunta segundo GILL, 1999.

Quadro 1. Unidades temáticas dos PCN’s.

Unidade temática 1: Interação entre os seres vivos

-A interdependência da vida;

-Os movimentos dos materiais e da energia na natureza;

-Desorganizando os fluxos da  matéria e da energia;

-Problemas ambientais brasileiros e desenvolvimento sustentável: uma relação possível?

Unidade temática 2: Qualidade de vida das populações humanas

-O que é saúde?

-Saúde ambiental;

Na terceira etapa ocorreu a visitação na escola para a realização das entrevistas, nesta etapa utilizou-se como material de apoio um aplicativo de gravação nos celulares dos componentes, desta forma, a entrevista ficou prática pois não haviam pausas para escrever o que era dito, o que não atrapalhava o raciocínio nem limitava as respostas dos entrevistados.  

A entrevista foi realizada no Colégio de Aplicação, no dia 06/12/2017, pela parte da tarde, com data e horário pré-marcado com a coordenadora e a professora. Com os alunos e comunidade não foi necessário agendar horário, pois a escolha foi de modo aleatório (anexo 2).

Por fim, foram reunidos detalhes minuciosos das entrevistas para elaboração do trabalho teórico, que permitiu a avaliação e discussão dos dados coletados e, desta forma, uma melhor visualização do papel da educação na formação de alunos críticos e os benefícios para sociedade.