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Protocolo de Reprodução Humana Assistida

Por:   •  13/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.135 Palavras (5 Páginas)  •  280 Visualizações

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Função do biólogo na reprodução assistida

O biólogo pode trabalhar com a manipulação de gametas, tanto na parte de processamento seminal quanto na realização de exames. O biólogo seleciona, quantifica e preserva o material genético tanto do homem quanto da mulher. A fertilização e a preservação do embrião antes da implantação também podem ser feitas pelo biólogo.

O biólogo pode emitir e assinar laudos, ser responsável pelo laboratório de fertilização in vitro e também trabalhar com consultoria e assessoramento técnico. Mas para atuar na reprodução assistida, o biólogo precisa ser autorizado pelo CFBio como responsável técnico.

Causas de infertilidade masculina e seus tratamentos

Azoospermia  –  é um problema que ocorre no epidídimo e compromete a produção de espermatozóides, ou também no percurso dos mesmos até a uretra. Existem várias doenças que afetam a produção de espermatozóides como: trauma, infecções, radiação, tumores, medicamentos quimioterápicos, torções e outras doenças que causam algum tipo de obstrução no percurso que o sêmen percorre.

Os tratamentos para azoospermia são:

 cirúrgico que consiste na desobstrução dos ductos para a passagem dos espermatozóides.

Biópsia testicular e microdissecção testicular, procedimentos cirúrgicos que consiste na retirada de fragmentos dos testículos e analisados por embriologistas para encontrar espermatozóides.

FIV, coleta-se o espermatozóide diretamente no epidídimo quando não há sucesso na desobstrução dos ductos e realiza-se técnica de fertilização in vitro.

Tratamento hormonal pode ser receitado pelo médico hormônios para estimular a produção de espermatozóides.

Em casos mais extremos que não são encontrados espermatozóides até mesmo na técnica cirúrgica, o casal pode considerar a fertilização in vitro com espermatozóide doado.

Fibrose cística - pode causar agenesia bilateral congênita de vasos deferentes (ABCVD). Essa anomalia é caracterizada pela ausência de vasos deferentes que ligam o epidídimo a uretra, desse modo os espermatozóides estarão ausentes no ejaculado e não será possível a reprodução por via natural.

Tratamento para a ABCVD: realiza-se punção no testículo para retirar espermatozóides e faz fertilização in vitro. Pode ser utilizada a técnica de injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI).

Varicocele – é uma dilatação nos vasos que drenam o sangue que chegam aos testículos pelas artérias testiculares. Essa dilatação dificulta o retorno do venoso, causando disfunção testicular e consequentemente uma má qualidade nos espermatozóides.

O tratamento para solucionar o problema de infertilidade causado por varicocele é cirúrgico, e consiste na ligadura das veias varicosas.

Criptorquidia – é a ausência de um ou dos dois testículos dentro da bolsa escrotal que geralmente fica retido do abdômen quando deveria ter migrado para a bolsa escrotal antes do nascimento do indivíduo.

O tratamento geralmente é cirúrgico, mas também pode ser tratado com gonadotrofina coriônica que provoca o amadurecimento transitório do testículo e auxilia na migração para a bolsa escrotal.

Torção testicular – um dos testículos gira em seu próprio eixo e acaba torcendo o cordão espermático, com isso, o fluxo sanguíneo acaba diminuindo e causa isquemia testicular. Quando há demora no tratamento adequado é perdida parte da função do testículo ou é necessária a função do mesmo.

O tratamento para fertilização quando ainda resta um testículo pode ser feito através de hormônios que aumentarão a produção de espermatozóides ou seleciona espermatozóides do ejaculado, processa-os e realiza a fertilização in vitro, fecundando os óvulos com os espermatozóides selecionados e implantando os embriões na mulher.

Quando há perca dos dois testículos, deve-se considerar a fertilização in vitro através da doação de sêmem.

Orquite – é uma inflamação nos testículos, geralmente causada pelo vírus da caxumba. Essa inflamação destrói o epitélio germinativo dos testículos, prejudicando a produção de espermatozóides.

O tratamento para infertilidade ocasionada pela destruição do epitélio germinativo pode ser através de punção para coletar espermatozóides e assim realizar a fertilização in vitro quando não há o comprometimento total na produção de espermatozóides. Não havendo produção de espermatozóides o casal deve recorrer a doadores de sêmen.

Causas de infertilidade feminina e seus tratamentos

Dificuldade para ovular: a mulher toma medicação oral ou injetável que vai induzir a produção de óvulos. Para esse caso também pode ser feito a inseminação intra-uterina que melhora o sêmen no laboratório, pega o sobrenadante que contém os espermatozóides mais ativos e coloca dentro do útero no período que ela esteja ovulando. Outra técnica utilizada quando a mulher apresenta problemas na ovulação é a fertilização in vitro, onde os óvulos são retirados por punção e no laboratório os espermatozóides selecionados são injetados nos óvulos e após três dias os embriões são colocados dentro do útero da mulher.

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