Queimadas e o efeito do fogo

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

UNIDADE UBÁ – MG

ECOLOGIA I

EFEITOS DO FOGO/QUEIMADAS E SUA RELAÇÃO COM A ECOLOGIA DE POPULAÇÕES E COMUNIDADES – ANÁLISE DE ARTIGOS E TEXTO CRÍTICO

Discentes:

Franscilene Freitas

Jaqueline Fouraux

Lívia Toledo

Rayssa de Cássia

Docente:

Eliane Ap. de Souza Oliveira

UBÁ – MINAS GERAIS – BRASIL

 DEZEMBRO DE 2014

Ao analisar e comparar três artigos referentes à relação do fogo e preservação da biodiversidade é possível discutir sobre os prós e contras do uso de queimadas nas diversas plantações e matas.

        As queimadas são práticas que ocorrem principalmente no setor agrícola, é destinada principalmente à limpeza de terrenos para plantações e formações de pastos. O grande problema dessa prática é o fato do fogo alastrar-se com grande velocidade e intensidade, causando grandes incêndios. Perto de hábitats naturais como matas e florestas, as queimadas podem causar a destruição de inúmeras áreas verdes, tornando-as improdutivas.

        As principais consequências das queimadas incluem o aumento da liberação de dióxido de carbono na atmosfera, sendo uma das principais causas do aquecimento global. Em relação ao solo, o fogo causa alterações na composição e condições de muitas maneiras, como na deposição de cinzas, redução da acidez, disponibilização de nutrientes e elevação da temperatura. Provoca a  destruição de hábitats naturais, a poluição de recursos hídricos como a poluição de nascentes e águas subterrâneas, através das cinzas liberadas, desequilíbrio entre os processos geomorfológicos e hidrológicos,  podendo prejudicar a sustentabilidade do ecossistema, afetando também as áreas que não foram diretamente atingidas.

        Com relação à ecologia de populações e comunidades, causam a extinção e a diminuição de inúmeras espécies de plantas e animais. A biodiversidade perto das práticas de queimadas sofre um risco sério de degradação. Algumas espécies de animais precisam migrar de nichos ecológicos após se fixarem em regiões que passam a sofrer com essas práticas. Um incêndio, por exemplo, causa grande impacto. Insetos são os primeiros animais a morrerem em função do calor e da fumaça. Ovos depositados em árvores também são destruídos.

        As queimadas destroem também, grande parte de coberturas vegetais, sendo um dos principais inimigos da natureza, já que as grandes vegetações diminuem o efeito estufa, representando a principal luta contra o aquecimento global. A destruição das coberturas vegetais também causam a aceleração do processo de erosão e assoreamento de rios e lagos. Essas práticas também destroem as partes áreas das plantas (galhos, folhas, flores e frutos).

O artigo “Estudo sobre a ação do fogo em solo característico do cerrado a partir de parcela experimentais em diferentes condições de cobertura vegetal” descreve a prática de queimadas como causadoras de desequilíbrio entre os processos geomorfológicos e hidrológicos, podendo prejudicar a sustentabilidade do ecossistema. Como consequência diminui a vegetação, reduz a população e as atividades da fauna local, que provocam alterações significativas na cobertura do solo levando a mudanças em suas particularidades, como: agregação e porosidade. E impactos que resultam em  redução ou eliminação da cobertura do solo pela cobertura vegetal, fazendo com que o solo esteja suscetível a erosão e alteração considerável no regime hidrológico

Em uma outra perspectiva, existem estudos que evidenciam a importância do fogo como instrumento benéfico para os ecossistemas. O artigo “Deve-se Usar o Fogo como Instrumento de Manejo no Cerrado e Campos Sulinos?”, por exemplo, questiona sobre os benefícios das práticas de queimadas. Ressalta a importância do uso do fogo como instrumento de manejo no Cerrado e nos campos sulinos. O presente estudo apresenta a finalidade de demonstrar a importância do fogo no Cerrado e nos Campos Sulinos e estimular uma reavaliação do manejo em relação ao fogo nesse tipo de ecossistemas. Mediante revisão bibliográfica, exalta o fogo como modelador de vegetação, influenciando a dinâmica e estrutura das plantas. Outra estratégia das plantas em ambientes com frequentes queimadas encontrada no Cerrado é o maior acúmulo de biomassa na porção subterrânea, que pode ser até 2 a 3 vezes superior à da biomassa aérea. O fogo promove também, adaptações nos processos ecológicos do Cerrado, pois queimadas frequentes estimulam o rebrotamento, a ciclagem dos nutrientes, a frutificação e o estabelecimento de plântulas de diversas espécies.