Tratamento e Profilaxia da Esquistossomose
Por: Isabela Kerber • 10/6/2015 • Resenha • 616 Palavras (3 Páginas) • 1.138 Visualizações
Tratamento da Esquistossomose
A importância do tratamento consiste em curar a doença, reduzir ou diminuir a carga parasitária do hospedeiro, impedir também a evolução para as formas mais graves. O tratamento específico da doença é feito com os fármacos praziquantel e oxaminiquine em dose única por via oral, alterando somente as miligramas de um fármaco para o outro. Estudos apontaram que os medicamentos são capazes de matar o parasita dentro de um a dois dias em média. Uma nova droga quimioterápica, o hicantone, já tem se mostrado eficaz para o combate (cura) em uma grande maioria dos casos de esquistossomose.
Além do tratamento específico, algumas particularidades devem ser consideradas na terapêutica dos diferentes estágios evolutivos da Esquistossomose – Agudo e crônico.
Fase inicial – A dermatite cercariana deve ser tratada com anti-histamínicos locais e cosricosteroides tópicos, assosciados à terapêutica com fármacos específicos, podendo assim propiciar o alívio do prurido. Os quadros de febre toxêmica podem necessitar internação nosocomial, devendo-se indicar repouso, hidratação adequada, uso de antitérmicos, analgésicos e antispasmódicos. Em pacientes criticamente enfermos, a administração de corticosteroides pode aliviar a resposta inflamatória decorrente da morte do Schistosoma mansoni.
Fase crônica – Na fase crônica em suas formas intestinal, hepatointestinal e hepatoesplênica devem ser contempladas medidas para minorar o quadro diarreico (quando presente) e os fenômenos dispépticos. Na forma hepatoesplênica, condutas para redução do risco de hemorragias digestivas, como a escleroterapia de varizes de esôfago e o uso de betabloqueadores são extremamente relevantes.
Tratamento específico
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Oxaminiquine (Cap. 250 mg) |
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Tratamento Cirúrgico
As intervenções cirúrgicas são realizadas por diferentes técnicas, principalmente a esplenectomia (para hipertensão porta com hiperesplenismo). A anastomose portocava está em desuso pela maior ocorrência de encefalopatia hepática. Anastomose esplenorrenal, descompressão esofagogástrica e técnicas de reparação das varizes esofagianas também são usadas. O transplante hepático vem sendo tentado com bons resultados, a despeito das dificuldades técnicas e relacionadas a dificuldade de doadores.
Tratamento a mielorradiculopatia esquistossomótica (MRE)
Na MRE a forma ectópica mais grave da EM. O tratamento envolve o uso de praziquantel (50mg/kg) em adultos ou 60mg/kg em crianças com idade inferior a 15 anos, dividido em duas doses orais (em um intervalo de quatro horas); corticosteroides, como a prednisona (1 mg/kg), em dose única pela manhã, durante seis meses, com retirada lenta, ou a metilprednisolona (15mg/kg) (máximo 1g/dia), por via venosa por 5 dias (realizar pulsoterapia com anti-inflamatórios para reduzir a lesão do tecido nervoso)
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