Neutralização da Glicina

INTRODUÇÃO

Cada reação possui um pH ideal para que possa ser realizada, chamado ótimo de pH. As reações do nosso corpo funcionam com um pH próximo de 7 e caso esse pH seja alterado, as substancias podem ser desnaturadas.

Para controlar essa alteração de pH o nosso corpo trabalha com sistemas tampão, que são soluções aquosas que resistem a mudanças de pH quando pequenas quantidades de um ácido ou base são adicionadas.

Os aminoácidos são os monômeros básicos das proteínas e as formam através de ligações peptídicas. Por possuir um grupo amino e um grupo carboxila, quando  um aminoácido é dissolvido em água, ele existe na solução como um ion dipolar, e pode agir tanto como um ácido quanto como uma base. Devido a essa caracteristica os aminoácidos são chamados anfóteros, e se comportam como uma solução tampão.

O objetivo da aula prática é realizar a neutralização da glicina, traçar a curva de titulação e identificar as zonas de tamponamento.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Quadro 1. Volumes utilizados e pH da solução

Volume de NaOH (mL)	pH da solução
0	1
0,5	2
1,0	2
1,5	2
2,0	2
2,5	2
3,0	2
3,5	2
4,0	2
4,5	2
6,0	2
7,5	2
9,0	3
10,5	5
12,0	8
12,5	8
13,0	8
14,0	9
15,0	10
16,0	10
17,0	10
18,0	11
19,0	11
20,0	12

Figura 1. Titulação da glicina

[pic 1]

A curva de titulação da glicina tem duas fases diferentes, correspondendo cada uma à remoção de prótons de seus dois grupos (carboxila e amino). Em pH muito baixo, a espécie iônica predominante da glicina é a forma completamente protonizada +H3N – CH2- COOH. Na primeira fase da titulação, o grupo carboxila da glicina perde o seu próton. O pH para o ponto médio da primeira fase na glicina e 2,34, dado que seu grupo carboxila tem um pKa= 2,34. Continuando a titulação, outro ponto importante é no pH= 5,97, onde existe outro ponto de inflexão, o primeiro próton já foi removido e inicia-se a remoção do segundo próton. Neste pH a glicina se encontra na forma de +H3N – CH2 – COO-.

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