Ácido Lático : Definição e Aplicação Tópica
Por: Marshall Brim • 15/9/2016 • Dissertação • 1.945 Palavras (8 Páginas) • 549 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - UEMG
UNIDADE DE PASSOS
CURSO DE
GLAYCON FERNANDO RIBEIRO DE MEDEIROS
Ácido Lático : Definição e Aplicação topica
PASSOS
2016
GLAYCON FERNANDO RIBEIRO DE MEDEIROS
Ácido Lático : Definição e Aplicação topica
Trabalho apresentado para avaliação na matéria.... da grade curricular do curso de estética na Universidade Estadual de Minas Gerais – UEMG, unidade Passos, Ministrada pela profª
PASSOS
2016
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Classificação de Glogau do Fotoenvelhecimento – Escala de rugas............................................................................................................................7
SUMÁRIO
1. ÁCIDO LÁTICO: DEFINIÇÃO E APLICAÇÃO COSMÉTICA 4
2. ENVELHECIMENTO CUTÂNEO 6
2.1 Envelhecimento Intrínseco6
2.2 Envelhecimento Extrínseco6
2.3 Classificação de Glogau do Fotoenvelhecimento7
3. PROCESSO DE PEELING, INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES REFERÊNTES AO ÁCIDO LÁTICO ......9
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS11
REFERÊNCIAS12
1 ÁCIDO LÁTICO: DEFINIÇÃO E APLICAÇÃO COSMÉTICA
Descoberto pelo químico Sueco Carls Wilhelm Scheele no ano de 1780, o composto orgânico da função mista de ácido carboxílico – álcool isolado a partir do soro do leite azedo, o Ácido Lático, C3H6O3, conhecido também por fermentação lática ou fermentação anaeróbia em alguns livros de bioquímica, tem sido protagonista de diversas pesquisas devido as suas diferentes aplicações em áreas variadas (SANTOS; BLANCO, 2009).
O Ácido lático se encontra no grupo Alfa-hidroxiácidos (AHA). O grupo, composto pelos ácidos glicólico, cítrico, pirúvico, málico e tartárico, é denominado como um grupo de ácidos orgânicos hidrofílicos e atualmente utilizados como agentes de descamação da pele (peeling), emoliente, hidratante e queratolíticos, capazes de dissolver formações queratínicas levando assim a redução e desaparecimento das calosidades e cicatrizes da pele. (BAGATIN, 2008)
Para Kede e Sabatovich (2009, p.90) o Ácido lático (ácido livre) e o Lactato (forma ionizada do ácido), tem uma ação mais lenta como agente epidermolitico. Sua forma dissociada (lactato) formada por íons apresenta maior dificuldade em penetrar na pele do que sua forma livre. Quanto às concentrações apresentadas em loções, cremes e emulsões comumente utilizadas estão o ácido lático entre 2% e 5% ou lactato até 12%.
No Brasil os AHAs em produtos cosméticos são regulamentados pela ANVISA, por meio da Câmara Técnica de Cosméticos – CATEC, pelo Parecer Técnico nº 7, de 28 de setembro de 2001, que reconhece seus benefícios no âmbito de manutenção da saúde da pele e anexos e normatiza a concentração e valor do pH. Das recomendações:
1) a utilização de AHAs e seus derivados deverá ter sua concentração máxima permitida em produtos cosméticos, limitada a 10%, calculada na forma ácida, em pH maior ou igual a 3,5.
2) As formulações com valor de pH maior ou igual a 5,0 caracterizam o produto como Grau 2, e formulações com valor de pH superior a 5,0 caracterizam o produto como Grau 1. (ANVISA, 2006).
A quantidade disponível de AHA necessária para a penetração cutânea em uma formulação tópica, segundo Nardin e Guterres (1999), é determinado pela fração presente de ácido livre em sua formula, composta pela fração do ácido não dissociado. Como já citado, os sais de AHA tem capacidade menor de permear o estrato córneo do que na forma de ácidos livres assim eles demonstram que “soluções de ácido glicólico ou lático (10%) não neutralizadas [AH] são terapeuticamente eficazes no tratamento tópico de ictiose, enquanto que 10% de glicolato ou lactato de sódio [A] são menos eficazes”.
2 ENVELHECIMENTO CUTÂNEO
O processo de envelhecimento ocorre de maneira bastante complexa e é composto de inúmeros fatores Netto e Pontes (1996) Apud Kede e Sabatovich (2009) definem o envelhecimento a como “[...] um processo dinâmico e progressivo, no qual há modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas que determinam perda da capacidade de adaptação do individuo ao meio ambiente”.
O envelhecimento cutâneo por sua vez é definido por Kede e Sabatovich (2009) como “[...] resultado da ação de fatores individuais (genéticos), da ação de noxas do meio ambiente e fatores como tabagismo, alcoolismo, estresse emocional, repercussão de doenças cutâneas sistêmicas e hormonais.” E também apresentam dois tipos de envelhecimento a serem considerados: o envelhecimento Intrínseco e o envelhecimento extrínseco.
2.1 Envelhecimento Intrínseco
O Envelhecimento Intrínseco, também chamado de verdadeiro, ou cronológico em algumas literaturas é conhecido como um processo natural e inevitável, relacionado a fatores genéticos e comum em todos os seres humanos. Sua característica cumulativa é caracterizada pela atrofia da pele e da gordura subcutânea, alterações na musculatura facial e estruturas ósseas e cartilaginosas. Afetando principalmente as fibras elásticas dérmicas, causando a elastose da derme reticular e alterações pigmentares bastante visíveis. (BAGATIN, 2008 p.2)
2.2 Envelhecimento Extrínseco
O fotoenvelhecimento tem relação direta entre o fototipo e a exposição aos raios ultravioletas. Seu efeito é cumulativo, contudo pode ser evitado. Suas principais características são rugas profundas, pele espessa, amarelada e seca, a presença de melanoses, queratoses actínicas, sendo responsável também por 85% das rugas que estão presentes na pele envelhecida. A exposição à radiação solar é apontada como a principal causa para a ocorrência de câncer de pele. (BAGATIN, 2008 p.2)
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