A ADESÃO TERAPÊUTICA EM HIPERTENSÃO ARTERIAL
Por: eduard0222 • 24/4/2022 • Trabalho acadêmico • 4.705 Palavras (19 Páginas) • 218 Visualizações
ADESÃO TERAPÊUTICA EM HIPERTENSÃO ARTERIAL, POR IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS, DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19, NA CIDADE DE MATIPÓ-MG.
ACADÊMICOS: Eduardo Rodrigues Fumiã; Wanderson da Silva Freitas
ORIENTADOR: Profa. Deyliane Aparecida de Almeida Pereira
LINHA DE PESQUISA: Estudos Biodinâmicos e Socioculturais do movimento Humano (Grupos Especiais e Saúde)
RESUMO:
Este trabalho tem como objetivo descrever o comportamento da adesão terapêutica em relação à Hipertensão Arterial das Pessoas Idosas, praticantes de atividades físicas na cidade de Matipó-MG, durante a Pandemia do Covid-19. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, do tipo descritiva. Serão aplicados questionários à idosos praticantes de atividade física, na cidade de Divino- MG, com intuito de compreender a adesão terapêutica em hipertensão arterial. O instrumento MBG determina o nível de adesão ao tratamento do paciente hipertenso segundo a definição operacional de adesão terapêutica postulada pela OMS e os dados foram analisados de maneira descritiva.
PALAVRAS-CHAVES: Hipertensão Arterial; COVID-19 e Atividade Física.
1. INTRODUÇÃO
No ano de 2020, especificamente no Brasil no final de janeiro fomos surpreendidos com uma doença chamada Covid-19, que se espalhou pelo mundo inteiro e teve seu início no final de 2019 na China, que para Bezerra, Lima e Dantas (2020), a covid-19 é uma doença infecciosa causada pelo vírus Severe Acute Respiratory Syndrome Coronaviru 2 (SARS-COV-2), também chamada de corona vírus, que em 11 de março de 2020 foi considerada como pandemia pela organização mundial da saúde.
Esta doença pode atacar diretamente o pulmão, com complicações respiratórias em um grau considerável de letalidade entre as pessoas acima de 60 anos. Segundo Bezerra, Lima e Dantas (2020) a letalidade para a população geral é de 2,8%; para idosos entre 60 a 69 anos é elevada, correspondendo a 3,6%; e entre idosos de 70 a 79 anos, a letalidade é de 8%, de 80 anos ou mais é de 14,8%.
Com isso, a população mais vulnerável para adquirir o COVID-19 são os idosos, com maior índice de mortalidade, principalmente os que possuem doenças crônicas. Isso ocorre devido à imunodeficiência, que eleva a vulnerabilidade às doenças infectocontagiosas e os piores prognósticos para aqueles com doenças crônicas. Entretanto, o ser humano não é apenas biofísico, abarcando também aspectos psicos-socio-cultural (HAMMERSCHMIDT, BONATELLI e CARVALHO, 2020). E principalmente a presença deste desafio pandêmico, sabendo das necessidades do idoso brasileiro, muitos se sentem impotentes, conformam-se, caem no fatalismo, perdem a esperança ou sentem raiva (HAMMERSCHMIDT, BONATELLI e CARVALHO 2020). E um dos problemas enfrentados para as pessoas principalmente idosas, que adquirem o Covid-19 é a Hipertensão.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é conhecida como um dos principais fatores de risco modificáveis e tem elevada prevalência e baixos percentuais de controle com estado clínico multifatorial, definida por níveis altos e sustentados da pressão arterial, regularmente é relacionada a modificações em órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e artérias periféricas) e a variações metabólicas, com consequência a elevação do risco de acontecimentos cardiovasculares letais e não letais (REBIS, 2010).
Na última década conduziram-se no Brasil inúmeros inquéritos populacionais no qual indicam com muita preocupação a prevalência da hipertensão arterial, sendo assim um dos enormes problemas de saúde pública. Atualmente, as doenças cardiovasculares é uma das principais causas de óbito na população brasileira. Múltiplos fatores de risco elevam a probabilidade de seu acontecimento e tem a HAS como piora deste panorama em nível nacional (BRASIL, 2014).
A hipertensão arterial sistêmica faz com que seja necessário que o coração trabalhe mais do que o normal para que o sangue chegue aos seus destinos e cumpra sua função. Se esse processo não acontece corretamente, pode levar o paciente ao infarto, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, entre outras complicações (SILVA; OLIVIERA; PIERIN, 2016).
Aderir ao tratamento da doença significa seguir o que o profissional de saúde recomendou. Em relação ao tratamento farmacológico, a não adesão é o abandono do uso de medicamentos ou execução de forma irregular, sem orientação médica. Um dos principais fatores de persistência de altos índices de PA é a baixa adesão ao tratamento (GEWEHR, et al, 2018).
Este trabalho justifica-se pela necessidade de analisar o impacto da COVID-19 na prática de atividade física em idosos hipertensos e a adesão dos mesmos no tratamento.
Dentro deste contexto, sendo que a COVID-19 ataca principalmente o Sistema Cardiorrespiratório, torna-se essencialmente fazer um levantamento de como está a Adesão Terapêutica em Hipertensão Arterial das Pessoas Idosas praticantes de atividades físicas em uma cidade de pequeno porte. Por isto, este trabalho tem como objetivo descrever o comportamento da adesão terapêutica em relação à Hipertensão Arterial das Pessoas Idosas, praticantes de atividades físicas na cidade de Matipó-MG, durante a Pandemia do Covid-19.
A relevância do trabalho é dada pela importância dos estudos sobre idosos hipertensos e poderá servir de base para futuras pesquisas, além de impulsionar a criação de políticas públicas necessárias.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Um problema global de saúde que vem influenciando ações focadas no controle e diminuição são as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). No Brasil, as DCNT configuram um número alto de doenças, sendo responsáveis por índices altos de mortalidade e maior custo de hospitalizações, principalmente na população mais idosa. Dentro das DCNT, a hipertensão é responsável pelo maior número de doentes.(MENGUE, et al, 2018).
Segundo a Organização Mundial da Saúde(1978), a hipertensão arterial é definida como "uma doença caracterizada por uma elevação crônica da pressão arterial sistólica e/ou pressão arterial diastólica".
A hipertensão é uma condição clínica que é tratável e quando o tratamento é feito de maneira adequada, pode retardar ou até evitar o desenvolvimento da doença cardiovascular sintomática (SILVA, et. al, 2012).
A hipertensão arterial tem como causa fatores genéticos, ambientais e comportamentais que interagem entre sim, estando entre eles o excesso de peso. Esse último, por sua vez, se associa à hipertensão não somente como fator causal, mas também pela interação com outros fatores compartilhados nas condições (MALTA, et al, 2018).
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