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A Individualidade Genética

Por:   •  18/9/2023  •  Resenha  •  690 Palavras (3 Páginas)  •  70 Visualizações

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Metodologia:

Trata-se de um estudo de revisão narrativa da literatura, a qual aborda sobre a relação entre a genética, tipos de fibra muscular e rendimento esportivo de atletas.

Fizeram parte desse trabalho artigos publicados em língua portuguesa e/ou inglesa, entre os anos 1995 e 2020, encontrados na plataforma de pesquisa Google Acadêmico totalizando 41 estudos.

Individualidade biológica: genética no esporte.

  • Genoma: conjunto de informações hereditária expressas na cadeia do DNA. Os genes armazenam e codificam as informações hereditárias, após esse processo, são produzidas outras proteínas, dando origem a formação das células, órgãos e tecidos do organismo, tornando cada ser humano único, com informações individuais.

  • O DNA humano é composto por aproximadamente 3,1 bilhões de pares de bases nitrogenadas. As bases nitrogenadas (A: adenina; G: guanina; C: citosina; T: timina) são divididas em aproximadamente 20-25 mil genes que, após serem transcritos, dão origem a uma proteína específica.

  • Os genes possuem variantes que são conhecidas como alelos, sendo assim, é correto afirmar que o alelo reside em lócus específicos. Desta forma, alelos são diferentes formas de um mesmo gene, podendo sofrer mutações. Muitas vezes, diferentes alelos resultam em diferentes características fenotípicas, como por exemplo, a pigmentação da pele.
  • A individualidade biológica é a diferenciação da mesma espécie, ou seja, são as características individuais de cada pessoa, as tornando diferentes umas das outras (Tubino, 1979; Guimarães, Oliveira, Rassi, Valadão, & Borges Júnior, 2014).
  • Quando se trata de prescrição de treinamento, principalmente para atletas é indispensável analisar e respeitar a individualidade biológica de cada um para um bom planejamento esportivo, e cada indivíduo precisa ser tratado de forma única, levando em consideração as características físicas, desenvolvimento perante os treinos, intensidade dos exercícios, além da sua responsividade fisiológica frente os estímulos do treinamento esportivo (Bompa, 2002; Alencar, Gonçalves, Lima, & Souza, 2017; Alencar, 2018; Paiva et al., 2019).
  • Ao ter conhecimento da sensibilidade de um indivíduo perante os estímulos, fator conhecido como responsividade fisiológica, o treinador deve garantir o controle da função saudável da musculatura do atleta, visando a prevenção do excesso de carga de treinamento (Abreu, Leal-Cardoso, & Ceccatto, 2017). Isso diminui as chances de expor o atleta aos riscos de lesões e fadigas musculares, além de ser possível controlar o crescimento muscular de acordo com a necessidade demandada pelo esporte em questão, podendo manter, diminuir ou aumentar estímulos durante o treinamento (Alves, Costa, & Samulski, 2006).
  • O planejamento do treinamento quando totalmente individualizado, ou seja, voltado para as necessidades do atleta, fornece ótima progressão na performance, pois através das características únicas, destacam-se aspectos negativos e positivos, que quando filtrados, são direcionados por meio de métodos específicos, é possível corrigi-los ou potencializa-los caso haja necessidade (Bompa, 2002).
  • O mapeamento genético de atletas de elite se torna um grande benefício para a identificação da melhor estratégia para treinamento (Yang et al., 2003). Um exemplo de vantagem genética é a deficiência da expressão do gene ACTN3 em indivíduos que praticam esportes de resistência, verificando que há influência na atividade enzimática metabólica no músculo esquelético, mudando as propriedades das fibras rápidas, deixando-as caracterizadas como fibras de contração lenta (MacArthur, & North, 2005; MacArthur et al., 2007). O alelo nulo do ACTN3 (o polimorfismo R577X) está muito presente no genoma de atletas de resistência quando comparado com atletas de potência (Tanisawa et al., 2020).  
  • Deve-se levar em consideração não somente o genótipo do indivíduo como também o fenótipo. Fatores extrínsecos como o ambiente em que o indivíduo se desenvolveu faz parte da sua caracterização, a qual é a soma de questões intrínsecas (genótipo) e extrínsecas (fenótipo) (Tubino, 1979; Silva, Justina, Scheifele, & Schneider, 2020). Todos os seres humanos possuem a mesma base genética, porém, atletas de elite podem apresentar variações em códigos de genes específicos devido a influência do fenótipo induzido através da performance física (Dias, Pereira, Negrão, & Krieger, 2007).
  • Vale ressaltar que não só a base genética deve ser responsabilizada pelo sucesso atlético, e sim, compreender toda construção genética do desempenho atlético humano, além do amplo fenótipo do esporte relacionadas ao exercício, que é um desafio devido à grande complexidade (MacArthur et al., 2007). Desta forma, será abordado as possíveis influências da genética perante a performance esportiva.

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