A Licenciatura em Educação Física
Por: Jéssica Viana • 5/4/2019 • Resenha • 1.097 Palavras (5 Páginas) • 277 Visualizações
Curso | Polo: |
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Tutor(a): | Warley Raimundo de Paula |
Tutor à distância: | Rayssa Bastos |
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS
DISCIPLINA: GINÁSTICA PARA TODOS
PROFESSOR(A): BEATRIZ GOMES, NEIL FRANCO
DATA ENTREGA: 20/09/2018
Jéssica Viana Ribeiro Sales
GINÁSTICA GERAL: UM PROJETO PARA A JUVENTUDE.
SOUZA, Elizabeth Paoliello Machado de. Ginástica Geral: experiências e reflexões. São Paulo: Phorte Editora Ltda, 2008.
Apresentando um conjunto de pesquisas realizadas pelo Grupo de Pesquisa em Ginástica Geral da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde se encontram doutores, mestres, mestrandos e doutorandos, incluindo alunos de graduação envolvidos em projetos de iniciação científica, os mesmos tem como objetivo a ampliação do campo de conhecimento dessa área. Fernanda Célia Alcântara Silva Chaparim, autora de parte do livro, possui graduação em Educação Física pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1985), graduada em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ouro Fino (1990) e mestrado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (2003). Atualmente é Educadora do curso de Educação Física do Governo de São Paulo, participa do Grupo de Pesquisa em Educação Física Escolar da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas, entre outras qualificações. Fernanda tem experiência na área de Educação, Educação Física e Pesquisa, com foco em ginástica, trabalhando com temas relacionados a educação física escolar, ginástica geral, adolescentes em situação de risco social, educação infantil, ginástica e história das práticas corporais e da ginástica.
O presente livro procura apontar e descrever os benefícios e vantagens ocasionados pelo aprendizado da Ginástica Geral para jovens em situação de risco social, desprovidos de condições básicas de moradia, educação, saúde, que habitam em comunidades ou favelas que sofreram abandono, que vivem em meio a violência e pobreza, possuindo poucas chances de inserção na sociedade. A GG configura-se como prática abrangente, não selecionando seus participantes, permitindo a participação de todos, sem distinção de gênero, capacidades, faixa etária, condições físicas, habilidades, cultura e tradições, proporcionando a vivência de diversas experiências do movimento. Utilizando-se de vários conteúdos como estilos, temas, ritmos musicais, roupas, materiais e formas.
O Grupo Ginástico da UNICAMP, criado em 1989 com as Educadoras Vilma Nista Piccolo e Elizabeth Paoliello, como projeto na Faculdade de Educação Física, com o intuito de incorporar a Ginástica Artística, Rítmica Desportiva e a Dança em uma proposta de Ginástica Geral. (Souza, 1997, p. 69). O presente projeto tem como proposta de ensino que os praticantes participem de atividades em coletivo, possuindo relações com suas próprias características, expectativas, necessidades, valorizando elementos de cultura baseados em valores humanos, com respeito, responsabilidade, autoestima e cooperação para com as pessoas. Nesse projeto os participantes são encorajados a desenvolver suas qualidades, explorando e descobrindo suas capacidades criativas. Baseados nas características da GG, a qualidade das experiências do movimento, o desenvolvimento educativo e social que sua prática pode propiciar inclusive na proposta do Grupo Ginástico da UNICAMP, sendo assim, surge no ano de 1996 a ideia de proporcioná-lo a adolescentes em situação de risco social, caracterizado por fatores como as baixas condições socioeconômicas, desemprego dos familiares, exclusão da sociedade, escolaridade, segurança, alimentação precária, entre outros. O local de morada também é item caracterizador, estes jovens moram em periferias, em ambientes insalubres, viadutos e até mesmo nas ruas. O convívio familiar muitas vezes não proporciona proteção, apoio ou atenção aos filhos, os problemas socioafetivos e de subsistência não permitem demonstrações de carinho, cuidado e acolhimento, o que gera sentimento de abandono e enfraquece o vínculo familiar.
O Externato São João localizado na cidade de Campinas fora escolhido para concretizar a proposta de vivência da GG como prática socioeducativa, isso pode ser explicado pelo fato de que o externato tem objetivos e ações condizentes com os princípios que norteiam as ideias do Grupo de Pesquisa em GG FEF/UNICAMP, lá são atendidos jovens com histórico de rua, habitantes de periferias da cidade, jovens com baixa expectativa de se profissionalizar, de inserir-se na sociedade, com grandes chances de entrar para o mundo do tráfico, da criminalidade e no do uso de drogas.
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