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A Psicomotricidade e educação infantil

Por:   •  7/6/2018  •  Monografia  •  5.631 Palavras (23 Páginas)  •  349 Visualizações

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RESUMO

Este artigo visa demonstrar o surgimento da Educação Física Educação Infantil mostrando sua importância na formação dessas crianças. As reflexões sobre o assunto em questão iniciam-se pela caracterização da criança da Educação infantil; em seguida, realiza-se um breve resgate histórico da Educação Física Escolar no Brasil; e relaciona-se a Educação Física na Educação Infantil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o Referencial Curricular para a Educação Infantil. Desta forma, o presente estudo pretende refletir sobre as questões aqui levantadas, e analisar as contribuições da Educação Física na Educação Infantil, propondo uma parceria entre diretores, professores polivalentes, professores de Educação Física e pais, no sentido de uma melhor qualidade da Educação Infantil, promovendo assim, inúmeras melhoras na qualidade de vida e aprendizado dessas crianças.

Palavras-chave: Educação Física escolar; Educação Infantil; Desenvolvimento motor


ABSTRACT

This way, the present study intends to think more deeply about the questions emphasized here and analyses the contribution of Physical Education at Kindergarten, suggesting some partnership among directors, polyvalent teachers, teachers of Physical Education and parents, with the aim of a better quality for Physical education, influencing in the formation of more human , healthier and happier citizens.

Keywords: School Physical Education. Kindergarten;


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................

2 DESENVOLVIMENTO ..................................................


1 INTRODUÇÃO

Entende-se criança como um ser diferente do adulto, diferenciando na idade, na maturidade, além de ter certos comportamentos típicos. Porém, tirando a idade, o limite entre criança e adulto é complexo, pois este limite está associado à cultura, ao momento histórico e aos papéis determinados pela sociedade. Estes papéis dependem da classe social-econômica em que está inserida a criança e sua família. Não tem como tratar a criança analisando somente sua ‘natureza infantil’, desvinculando-a das relações sociais de produção existente na realidade. A valorização e o sentimento atribuídos à infância nem sempre existiram da forma como hoje são concebidas e difundidas, tendo sido modificadas a partir de mudanças econômicas e políticas da estrutura social (FARIA, 1997).

BRACHT (1999) realizou profícua reflexão para fundamentar a Educação Física como uma prática pedagógica. Inicialmente, o termo Educação Física designa, para BRACHT, em sentido restrito, aquelas atividades pedagógicas que, no âmbito da instituição educacional, têm como tema o movimento corporal; no sentido amplo, designa .todas as manifestações ligadas à ludomotricidade humana, mas que para o autor seriam melhor abarcadas por termos como cultura corporal ou cultura de movimento.

BRACHT (1999), então, coloca em perspectiva os desafios que vê para uma teoria da Educação Física: articular organicamente os conhecimentos produzidos acerca do movimentar-se humano pelas diferentes disciplinas científicas; articular o conhecimento da realidade com uma visão prospectiva da realidade, portanto com uma visão de homem no mundo e sociedade (quer dizer, articular descrição com prescrição); e articular o saber conceitual com o saber prático.

O percurso da Educação Física escolar foi fortemente influenciado pelas instituições militares e pela medicina. Os médicos tentavam, com sua utilização, mudar os hábitos de saúde da população, tendo por objetivo que esta ficasse fisicamente saudável, menos apta a contrair doenças, o que deu um caráter higienista à sua prática (BRACHT,1999).

De acordo com Caparroz, (1997), a Educação Física escolar pode ser vista e entendida de duas maneiras, ou melhor pode ser definida por duas teorias. Na primeira a Educação Física é vista somente como parte da matriz curricular escolar, ou seja, é uma disciplina do ensino escolar. A segunda vai além da prática escolar e vê a Educação Física integrada às práticas sociais, pois abrange não só a escola mas também o lazer, as práticas desportivas, terapêuticas entre outras.

GALLAHUE (2003) enfatiza a relevância do desenvolvimento integral do indivíduo, compreendendo os aspectos motor, cognitivo e afetivo-social, havendo uma interdependência entre esses aspectos. Salienta também, ser entre dois e sete anos, a fase de aquisição dos movimentos fundamentais (andar, correr, saltar, arremessar, receber, chutar, quicar), que vão se constituir na base de toda aquisição motora posterior. Sem a aprendizagem efetiva desses movimentos, é difícil e impróprio aprender um esporte, uma dança, ginástica ou luta (modalidades compostas de movimentos especializados).

Muitos estudiosos e pesquisadores têm se debruçado sobre o estudo da Infância e das Crianças, preocupando-se em respeitar as crianças como sujeitas de direitos e produtoras de cultura. A história da Infância pode ser considerada então, a história da relação da sociedade, da cultura, dos adultos, com essa classe de idade e a história da Criança seria a história da relação das crianças entre si e com os adultos, com a cultura e a sociedade.” (FREITAS e KUHLMANN, 2002)

Nestes estudos e pesquisas, a Educação Física tem sido uma parceira na busca de uma consolidação de uma Pedagogia da Educação Infantil. Alguns indicativos importantes já estão sendo discutidos no interior da Educação Física. Estes destacam a expressão corporal e as culturas infantis de movimento como forma de linguagem, sendo também esta expressão um patrimônio da humanidade. Assim, os fenômenos da cultura que se expressam a nível corporal, bem como a ampliação, a vivência e a criação das culturas infantis de movimento, constituem a especificidade da contribuição da Educação Física na Educação Infantil (BRACHT,1999).

A Educação Infantil brasileira, assim como em outros países, passa por um período de expansão, tendo o debate maior intensidade após a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9394/96), que estabelece a Educação Infantil como direito da criança de 0 a 6 anos e dever do Estado. Desde então, muitas produções discutem a respeito das necessidades da criança de 0 a 6 anos e, diante disso, como o trabalho em instituições de Educação Infantil deve acontecer.

Esta investigação focaliza a análise acerca da formação de professores e o contexto da Educação Infantil, pesquisando o que as produções presentes em periódicos de Educação Física discutem sobre essa temática, com base na produção de referências de artigos apresentada no Catálogo de Periódicos de Educação Física e Esporte (1930-2000) (FERREIRA NETO, 2002).

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