Educação Física, Ritmo e Dança
Por: Amara Andrade Goulart • 2/4/2019 • Trabalho acadêmico • 1.440 Palavras (6 Páginas) • 235 Visualizações
EDUCAÇÃO FÍSICA
Educação Física, ritmo e Dança
INTRODUÇÃO
Nossa sociedade vive uma sincronia corpo e alma, associamos o físico do espírito, algo que forma o ser humano e não pode ser trabalhado isoladamente. Dançar é arte, conhecimento e religião, com a dança é possível unir o corpo e a alma, visto que nessa prática corporal estão presentes alguns aspectos fundamentais: o movimento e sua expressividade. Dançar é expressar através de movimentos do corpo organizados em sequências significativas, as experiências que transcendem o poder das palavras e da mímica. (GARAUDY, 1980, p.13).
Expressão Corporal é uma linguagem através da qual o ser humano expressa sensações, sentimentos e pensamentos com seu corpo, integrando-o assim, às suas outras linguagens expressivas, a fala, a escrita, o desenho e a escrita. Essa linguagem corporal está presente da vida do ser humano desde o seu nascimento (STOKOE, 1987, p. 15)
O movimento em expressão e ritmo é o corpo e suas possibilidades motoras, é muitas vezes esquecido em sua beleza e condição expressiva. Realçar esta faceta de fundamental importância na estruturação biopsicológica de nossos alunos é função deste núcleo. A escola é um dos poucos espaços sociais onde as habilidades artísticomotoras podem ser vivenciadas, exploradas e, assim, contribuir na formação de um sujeito que consiga perceber e entender um pouco melhor a arte, o seu próprio corpo e suas possibilidades. As artes cênicas e a ginástica são os grandes componentes deste núcleo, assim como as várias variações de dança. (SACRISTAN, 1992)
DESENVOLVIMENTO
Os batimentos cardíacos, a respiração, podem ser considerados exemplos de ritmo natural, inerente ao ser humano e vitais a sua sobrevivência e podem ser Biorritmos (internos) ou externos ao corpo, já as marcações regulares de tempo que originam as formas musicais, são consideradas como ritmo construído pelo ser humano e estão em contato com os ritmos naturais. Na música, o ritmo é determinado pela melodia, podendo ser lento, moderado ou acelerado e classificados de acordo com o tempo: Circaidianos, que alteram durante o dia (ex: respiração, circulação, digestão, etc.), Infradianos, maior que um dia (ex: ciclo de crescimento de um indivíduo, ciclo menstrual, etc.), Ultradiano, menor que um dia (ex: sucção de um bebe ao mamar, corrida de 30 min). O ritmo faz parte do cotidiano, da vida e da natureza. Nenhum elemento vivo existe sem sua presença. (BERNARDES, (2004).
Ritmo é a qualidade física explicada por um encadeamento de tempo, dinâmico-energético, uma mudança de tensão e repouso, enfim, uma variação regular de repetições periódicas. A sensibilidade ao ritmo é importante para novas performances. Lembrar que cada pessoa possui um ritmo diário próprio que deve ser levado em consideração na preparação do treinamento, é a capacidade de compreensão, acumulação e interpretação de estruturas temporais e dinâmicas pretendidas ou contidas na evolução do movimento. (DANIEL, 2012)
A criança, muitas vezes, usa os movimentos espontaneamente, variando seus gestos e dinâmicas para expressar seus sentimentos e ideias. Com um pouco de encorajamento e assistência, elas brincarão e improvisarão com esses padrões básicos de movimento. Este é um dos objetivos da Dança-Educação nos anos iniciais para promover e desenvolver todas as suas habilidades naturais, ou seja, oferecer oportunidades para as crianças criarem simples sequências, através da improvisação, interagindo uma com a outra, orientadas por um professor sensível. Com suas habilidades e conhecimentos desenvolvidos, elas poderão ser capazes de criar danças mais complexas, as quais terão uma estrutura clara, incluindo aspectos interessantes de composição, tal como desenvolvimento de tema e repetição. (FREIRE, 2001).
A dança pode existir como manifestação artística ou como forma de divertimento ou cerimonia e pode ser classificada, considerando diferentes critérios: Quanto ao modo de dançar (dança solo, dança em dupla, dança em grupo), quanto origem (dança folclórica, dança histórica, dança étnica), quanto a finalidade (dança erótica, dança cênica, dança social, dança coreografada). (SZEGO, 2007).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com Sacristán (1992, p.312), o professor não atua seguindo modelos formais ou científicos, nem elabora estratégias de intervenção precisas e inequívocas segundo modelos de ensino ou de aprendizagem, nem decide a sua prática a partir de filosofias ou declarações de objetivos, pelo fato de responder pessoalmente, e na medida de suas possibilidades, às exigências do seu posto de trabalho com um grupo de alunos em condições determinadas. Na sua atividade prática, pode aproveitar ideias e teorias científicas, muito embora se trate sempre de uma elaboração pessoal perante situações complexas em que se deveria contar com o tacto, com a experiência e com o saber-fazer, depurado por uma crítica realizada a partir dos valores que guiam a ação e a partir do melhor conhecimento possível da realidade e de como esta poderia ser.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERNARDES L.V., Linguagens do corpo. Pro-Posições, BH. v.19.n.3 2004.
DANIEL, I. C., CAPACIDADE FÍSICA – Ritmo, PIBID -UEPG, 2012. Disponível em <http://edfpibid.blogspot.com.br/2012/03/capacidade-fisica-ritmo.html> acessado em 29 de setembro de 2015.
FREIRE, I. Dança-Educação: o corpo e o movimento no espaço do conhecimento. Cadernos Cedes, v. XXI, n. 53, p. 31-55, 2001.
GALLAHUE, D. L. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3 ed. São Paulo. Phorte, 2005.
LIMA, ADRIANO ALVES DE. A dança na educação infantil. Campinas, SP: [s.n], 2011.
PEREIRA, L. Plano de aula, Licenciatura em Ed. Física, UniCEUMA, 2011.
SACRISTAN, J. S. Teoria de la enseñanza y desarrollo del curriculo. Madrid - Espanha: Anaya, 1992.
SILVA, M. C. C., ALCÂNTARA, A. S. M., LIBERALI, R., NETTO, M. I. A. e MUTAREL, M. C. A importância da dança nas aulas de educação física – revisão sistemática, Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – v. 11, n. 2, 2012.
SZEGO, T. Entre na dança. Revista Saúde! É vital. Março, 2007. Pp. 62-64.
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