Ritmo E Consciência Corporal
Monografias: Ritmo E Consciência Corporal. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Rozzy • 27/2/2014 • 947 Palavras (4 Páginas) • 596 Visualizações
RITMO E CONSCIÊNCIA CORPORAL NAS ESCOLAS
Roseane Paixão do Carmo
Matéria: Ritmo
Professora: Tânia
11/07/2013
Ritmo e Consciência Corporal na Perspectiva da Educação Física
Carmem Elisa Henn Brandl
Introdução
A Educação Física, nossa velha conhecida, tatuada ao longo de sua história com o estigma de dualista e mecanicista, influenciada pelo paradigma cartesiano, que domina tanto a Ciência como a Educação nestes últimos séculos, teve e tem, em sua caminhada, especialmente nas duas últimas décadas, movimentos e momentos que caracterizam sua evolução. Surgiram nesse período, renomados teóricos, divulgando seus trabalhos, que, com certeza trouxeram contribuições para esta área.
Entre esses estudiosos podemos citar, a partir da década de 1970, a contribuição do francês Jean Le Boulch, com a teoria da Psicocinética; na década de 1980, do português Manuel Sérgio, com a teoria da Motricidade Humana, entre outros. No Brasil, e de forma mais densa, a partir dos anos 1990, e com ênfase maior na Educação Física Escolar, surgem obras que terão grande valor para o desenvolvimento da área.
Embora alguns avanços tenham sido conquistados na Educação Física, muitas pesquisas realizadas no cotidiano escolar ainda revelam a predominância de uma Educação Física tradicional na qual as práticas pedagógicas se reduzem exclusivamente ao ensino de técnicas e regras desportivas predeterminadas através de metodologias diretivas. Nesta perspectiva, o aluno é tratado como um mero repetidor (autômato, robô) de habilidades, consideradas importantes ou não pelo professor, que neste caso tem total autoridade no processo de ensino-aprendizagem. Com certeza esta Educação Física não serve mais.
A maioria de nós (professores de Educação Física) percebe a necessidade de encarar a Educação Física numa perspectiva mais abrangente, especialmente no que diz respeito ao tratamento dado ao aluno, que não pode ser considerado como sujeito-objeto, mas sim, um sujeito-próprio, que possui uma identidade, capacidades e limitações e, principalmente, dotado de intencionalidade. Um ser capaz de sentir, pensar e agir, nas palavras de Gonçalves (1994).
Moreira (1995b:101) propõe para a Educação Física uma revisão de valores, em que: O corpo-objeto da Educação Física ceda lugar para o corpo-sujeito da Educação Motora; o ato mecânico no trabalho corporal da Educação Física ceda lugar para o ato da corporeidade consciente da Educação Motora: a busca frenética do rendimento da Educação Física ceda lugar para a prática prazerosa e lúdica da Educação Motora; a participação elitista que reduz o número de envolvidos nas atividades esportivas da Educação Física ceda lugar a um esporte participativo com grande número de seres humanos festejando e se comunicando na Educação Motora; o ritmo padronizado e uníssono da prática de atividades físicas na Educação Física ceda lugar ao respeito ao ritmo próprio executado pelos participantes da Educação Motora.
E é exatamente pensando neste aluno (sujeito-próprio) que devemos reformular diversas questões do processo ensino-aprendizagem na Educação Física. Uma das alternativas propostas, ou melhor, investigadas neste trabalho, é tentar dar maior autonomia aos alunos nas práticas motoras. Este processo, no meu entender, estará sendo favorecido pela tomada de consciência. Consciência esta que é corporal, portanto, propõe-se trabalhar nas aulas de Educação Física a consciência corporal.
Certamente este é um tema bastante amplo e que invade diversas áreas e diferentes perspectivas. Por isso, delimitarei este texto, aos seguintes objetivos:
Apresentar a abordagem Filosófica da Consciência corporal;
Relacionar a Consciência Corporal com a Educação Física.
Abordagem filosófica
A Educação Física, em busca de uma identificação como área de conhecimento, esteve e ainda está muito vinculada à área biológica. A dimensão do movimento humano, ou do corpo humano, dentro de uma visão unitária de homem é bem maior. Portanto, ao tratar
...