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Modelo Biomédico e Medievalização

Por:   •  18/8/2018  •  Projeto de pesquisa  •  882 Palavras (4 Páginas)  •  358 Visualizações

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Modelo biomédico e medicalização

Os entendimentos sobre saúde e doença podem ser considerados alguns paradigmas que, começando com a visão mágico-religiosa e vai até a abordagem do modelo biomédico, predominante nos tempos de hoje. (BARROS, 2002)

Modelo biomédico ou mecanista como também é chamado é um modelo de atuação em saúde que adota uma visão da época Renascentista e toda a revolução artístico- cultural daquela época e mais as expansões da época. Esse modelo biomédico trata o corpo como uma máquina e as doenças podem ser consideradas uma falha mecânica, sendo que dessa forma o médico é responsável por reparar os possíveis defeitos apresentados na engrenagem. (BARROS, 2002)

Com o avanço e sofisticação da biomedicina detecta-se sua impossibilidade de oferecer respostas conclusivas ou satisfatórias para muitos problemas ou, sobretudo, para os componentes psicológicos ou subjetivos que acompanham, em grau maior ou menor, qualquer doença. As críticas à prática médica habitual e o acréscimo na busca de estratégias terapêuticas estimulada pelos anseios de encontrar outras formas de lidar com a saúde e a doença formam uma evidência dos reais limites da tecnologia médica. Mesmo que muitos profissionais cheguem a admitir a existência de componentes de ordem subjetiva ou afetiva que exercem influência em casos de doenças em que as evidências orgânicas sejam mais explícitas, não se sentem, com frequência, à vontade para lidar com os mesmos, pois, não foram preparados. O modelo biomédico estimula os médicos a aderir a um comportamento extremamente cartesiano na separação entre o observador e o objeto observado. (BARROS, 2002)

É importante, lembrar, quão flexíveis são as correntes de pensamento antigas para incorporar, quando for necessário, princípios e técnicas da medicina ocidental moderna. (BARROS, 2002)

Um problema importante está relacionado aos custos envolvidos nas novas tecnologias médicas para cujo enfrentamento os indivíduos ou o serviço público de saúde se sentem cada vez mais impotentes. A lógica de mercado e os interesses envolvidos quando tudo foi transformado em mercadoria tem um papel importante nessa ampliação de gastos, na medida em que tudo é feito sob a ânsia pela ampliação sem limites dos lucros, em que muitas vezes com pouco ou nenhum controle por parte do Estado ou de outros instrumentos que atuem em defesa dos interesses dos usuários dos serviços de saúde. (BARROS, 2002)

A expressão mais usada e suas consequências concretas do modelo biomédico, reducionista, de abordagem da saúde e no que diz respeito da doença na vida dos indivíduos está na medicalização. (BARROS, 2002)

Muitos estudos têm sido feitos a respeito da sociedade de consumo, da ideologia que o incentiva e da vinculação crescente do mesmo ao bem-estar e à felicidade. Conforme o acesso ao consumo foi convertido no objetivo principal para o desfrute de níveis satisfatórios de bem-estar, a saúde passou a ser vista como uma dependência do acesso a tecnologias diagnóstico-terapêuticas. A eficiência e efetividade das mesmas passam a confundir-se com seu grau de sofisticação. (BARROS, 2002)

As ciências biomédicas, se intensificaram no último século, formando o modelo biomédico e, como parte dele, a medicalização. Esta pode ser entendida como a crescente e elevada dependência dos indivíduos e da sociedade para com a oferta de serviços e bens de ordem médico-assistencial e seu consumo cada vez mais intensivo. (BARROS, 2002)

As influências do mecanicismo e

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