RESPOSTAS DO TREINAMENTO FUNCIONAL NA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS
Por: Weverton Camargo • 9/12/2018 • Artigo • 1.291 Palavras (6 Páginas) • 448 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIAS
FACULDADE DO ESPORTE - ESEFFEGO
EDUCAÇÃO FÍSICA
RESPOSTAS DO TREINAMENTO FUNCIONAL NA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS
Igor Barbosa Silva[1]
Mayellen Soares Cardoso da Silva[2]
Rafael Marques Ramalho[3]
Weverton dos Reis Silva Camargo[4]
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE:
ABSTRACT
KEYWORDS:
INTRODUÇÃO
FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO
Um aumento na população de idosos na contemporaneidade acontece por todo o mundo, no Brasil a população idosa segundo o IBGE (2001) era de aproximadamente 14,3 milhões de habitantes, número que só tem a subir pois nas últimas três décadas os idosos tendem a permanecer mais tempo na terceira idade. O envelhecimento é algo que na maioria das vezes não é alcançado sem que haja vários problemas, sejam eles físicos ou psicológicos1.
“As alterações fisiológicas intrínsecas ao envelhecimento são sutis, inaptas a gerar qualquer incapacidade na fase inicial, embora, ao passar dos anos, venham a causar níveis crescentes de limitações ao desempenho de atividades básicas da vida diária.”2. O sistema muscular e o sistema ósseo são de suma importância no estudo do envelhecimento, como ocupa 50% do peso corporal, o sistema muscular é fundamental para que aconteça a homeostasia biogenética, o desuso do sistema muscular esquelético gera a atrofia, o que em idosos pode vir a gerar a sarcopenia (patologia que gera uma grande perda de massa muscular que ocorre a partir dos 30 anos principalmente em idosos)2-3.
É fundamental que se tenha saúde nas estruturas ósseas, pois elas que geram a mobilidade, e essa saúde óssea em idosos, principalmente aqueles que fazem o uso de substâncias alcoólicas, fumam e juntamente com isso possuem uma alimentação carente em cálcio geralmente é precária1.
São várias as causas do envelhecimento, alterações fisiológicas acontecem por todo o corpo, no presente artigo trataremos de algumas como: alterações musculoesqueléticas e ósseas, alterações cardiovasculares e alterações neurológicas.
Alterações musculoesqueléticas são comuns e com avanço da idade a perda muscular é visível, ocorre uma grande diminuição de fibras musculares anaeróbicas se comparado com as aeróbias, isso traz malefícios como fraqueza muscular, posturas prejudiciais para sua saúde e perda de equilíbrio. Quando se é jovem, hormônios responsáveis pelo anabolismo muscular são fortemente presentes no organismo, com o avançar da idade, esses hormônios vão sendo produzidos com menos frequência o que ocasiona perda de massa muscular. O tecido ósseo sofre diversas alterações durante o envelhecimento, uma delas é a osteopenia, que consiste na perca de densidade óssea, enfraquecendo os ossos. Uma perca de estatura também é vista no processo de envelhecimento, cerca de 2cm a cada década depois dos 60 anos. Alterações fisiológicas no coração também são bem comuns em idosos, a parede ventricular aumenta sua espessura e a válvula aórtica se enrijece, algumas doenças como a aterosclerose podem ter sua origem nas alterações que ocorrem com as células intersticiais. É comum também em idosos uma dificuldade na alteração de frequência cardíaca para se adaptar a situações de estresse. A desregulação da homeostase cálcio e do mecanismo de proteção antioxidante causam degeneração motora, o que ocorre em processos de envelhecimento normalmente, um exemplo são as doenças de Parkinson que podem ser causadas por alterações na homeostase do cálcio. Os idosos que sofrem dessa desregulação podem apresentar distúrbios motores frequentes2.
CAPACIDADES FUNCIONAIS
No passar dos anos é apresentado uma diminuição na capacidade de independência e autonomia do ser humano, isso afeta os idosos. A Capacidade funcional permite que o indivíduo possa fazer suas tarefas cotidianas independentemente, ter alto controle de si mesmo e liberdade4-5. As capacidades funcionais não estão só relacionadas com doenças e deficiências, há outros fatores que são populacionais, econômicos, culturais e psicossociais. Os idosos que fazem uso de bebidas alcoólicas, fumam, possuem alimentações não saudáveis, não fazem exercícios físicos, podem ter uma diminuição precoce na capacidade funcional5-6.
A mensuração da capacidade funcional é feita utilizando ferramentas que podem identificar algumas perdas nos idosos, essas ferramentas são “testes de rastreio cognitivo, rastreio para risco de depressão, testes de mobilidade e equilíbrio, escalas de avaliação de atividades básicas e instrumentais de vida diária, levantamento de dados nutricionais e de alimentação”. Essa mensuração permitir saber as necessidades que o idoso precisa, e com essa base pode-se passar um treino ideal que traga melhorias ao idoso, para fazer essa avaliação é preciso que o treinador ou avaliador, seja qualificado e profissional da área da saúde4.
TREINAMENTO FUNCIONAL
Da palavra treino vem o conceito de treinar, que remete a busca de apuração de habilidades e de preparo físico. A palavra funcional é relativa as funções vitais, aquilo que é necessário alcançar7. Como já dito anteriormente pode-se considerar o treinamento funcional como um conjunto de exercícios que buscam a apuração de habilidades e de preparo físico, porém o que diferencia o funcional dos outros treinos é que nele, o individuo busca essa melhoria em habilidades que ele usa na sua vida cotidiana, no dia-a-dia, ou a princípio essa é a proposta7.
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