A Biossegurança aplicada à Radiologia
Por: Jack Vieira • 2/5/2018 • Resenha • 2.902 Palavras (12 Páginas) • 4.746 Visualizações
Introdução
O presente trabalho irá tratar de Biossegurança com foque específico no nosso ramo de estudo, a radiologia. O trabalhador da área da saúde fica exposto a ações patogênicas de substâncias físicas, químicas e biológicas, uma vez que está inserido em um ambiente propício ao desgaste do corpo no processo de produção, e ainda mantém relações sociais e pessoais potencialmente lesivas à saúde. Em suma, biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, diminuição ou eliminação dos riscos inerentes às atividades praticadas dentro de um ambiente de trabalho, visando deixá-lo seguro a fim de preservar a saúde dos trabalhadores nele inseridos. Assim, para os profissionais da Radiologia ela de suma importância, uma vez que a Biossegurança é o conjunto de medidas que tem como princípios básicos a prevenção de doenças e proteção biológica da equipe e do paciente, a fim de controlar possíveis infecções. As radiografias são usadas como um método de diagnóstico muito eficaz, pois a análise da imagem (quando tem qualidade) é decisiva na conduta do tratamento. Ao longo do trabalho serão explicitados os cuidados necessários à preservação da saúde, tanto do profissional, quanto do paciente, com foco na Biossegurança aplicada à Radiologia.
Biossegurança
O significado da palavra Biossegurança, pode ser entendido por seus componentes: Bio (do grego bios) significa vida. Segurança se refere à qualidade de ser ou estar seguro, protegido, livre de riscos ou de perigo. Portanto, Biossegurança refere-se à vida protegida, preservada, livre de danos, perigos e riscos. A radiologia é uma especialidade difícil e perigosa que exclui toda improvisação. É imperativo que somente a pessoas com relevantes conhecimentos técnicos em radiologia diagnóstica e em radioproteção seja permitido utilizar raios-x. É responsabilidade do operador (técnico em radiologia) assegurar o uso de proteção máxima para si e para o paciente. Quando pensamos em proteção radiológica, costumamos associá-la a gastos com instalações, equipamentos sofisticados e alta tecnologia para a sua implantação. Na verdade, a biossegurança (proteção radiológica) depende mais da consciência do profissional do que de altos investimentos neste setor. Algumas medidas simples e que não envolvem custos, como manter-se distante da fonte de radiação, são realmente eficazes e merecem ser incorporadas na rotina diária de trabalho.
São 3 os fatores principais envolvidos na proteção radiológica
•Tempo de exposição
•Blindagem adequada
•Distância da fonte de radiação
O que percebemos são os seus efeitos, que podem se manifestar no futuro, se as medidas de proteção radiológicas não forem adequadamente adotadas no presente. É importante promover um ambiente biologicamente seguro tanto para o cliente quanto para si mesmo e para os demais profissionais. Profissionais de saúde estão expostos, pela natureza de seu trabalho em hospitais ou em outras instituições, a riscos relacionados a agentes de diferentes patogenias.
Estar capacitado para evitar contrair no ambiente de trabalho, determinados tipos de enfermidades (contaminação física, química ou biológica), e ainda, prevenir acidentes de trabalho. Existe com a finalidade de prevenção dos riscos gerados pelos agentes químicos e físicos envolvidos em processos de saúde, onde o risco biológico se faz presente ou não.
Medidas Preventivas
Norma Regulamentadora n.º 32 (Segurança e Saúde no Trabalhado em Estabelecimentos de Saúde) comporta as diretrizes básicas para as implementações de medidas de proteção e a segurança e a saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, assim como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. O Programa de radioproteção, sendo um Memorial Descritivo de Proteção Radiológica e Plano de Radioproteção tem o intuito de proteger os operadores, pacientes e pessoas que trabalham na instalação, visando atender os requisitos da Portaria 453 de 01/06/1998 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, e da NR-32 do TEM nº 485 de 11/11/2005. A norma brasileira de proteção radiológica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (BR), além de definir parâmetros sobre a produção, o armazenamento de materiais e a prática que envolve as radiações ionizantes, também estabelece requisitos básicos ao trabalho seguro dos profissionais. Entre outras recomendações, um dos princípios prescritos nas Diretrizes Básicas de Radioproteção refere-se às doses (quantidades de radiação) individuais de trabalhadores que utilizam materiais radioativos, os quais não devem exceder os limites estabelecidos na Norma CNEN-NE-3.01. Para isso é necessário seguir à risca todas as normas em vigor e pertinentes a ela, estabelecidas e fiscalizadas pelos órgãos competentes (CNEN e ANVISA), e utilizar com rigor todos os equipamentos de proteção individual e coletiva. A Norma Regulamentadora n.º 6.
O QUE É HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS?
É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento. O termo engloba a higienização simples, a higienização anti-séptica, a fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das mãos, que serão abordadas mais adiante.
POR QUE FAZER?
As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados. A pele das mãos alberga, principalmente, duas populações de microrganismos: os pertencentes à microbiota residente e à microbiota transitória. A microbiota residente é constituída por microrganismos de baixa virulência, como estafilococos, corinebactérias e micrococos, pouco associados às infecções
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