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A Contração e Diabetes Mellitus

Por:   •  2/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  4.661 Palavras (19 Páginas)  •  131 Visualizações

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IMED

ESCOLA DE SAÚDE

CURSO DE ENFERMAGEM E ODONTOLOGIA

ELOÍSA BONATTO

HANNA AZEVEDO CARLOTO

JOÃO VITOR CAMINI

VINICIUS GABRIEL O. DE OLIVEIRA

CONTRAÇÃO MUSCULAR

DIABETS MELLITUS

PASSO FUNDO – RS

2022

INTRODUÇÃO

O movimento é consequência direta da função contrátil muscular, que transforma energia química em mecânica, possibilitando o movimento de determinadas partes do corpo humano ou do corpo como um todo. O organismo humano possui em sua constituição um número aproximado de 430 músculos esqueléticos distribuídos em todas as regiões do corpo.

O diabetes é considerado fator de risco, principalmente devido aos distúrbios importantes causados no metabolismo de lipídeos. O diabetes mellitus é uma síndrome de comprometimento do metabolismo dos carboidratos, das gorduras e das proteínas, causada pela ausência de secreção de insulina ou por redução da sensibilidade dos tecidos à insulina. Um aspecto característico desta doença consiste na resposta secretora defeituosa ou deficiente de insulina, que se manifesta na utilização inadequada dos carboidratos (glicose), com consequente hiperglicemia.

Se um indivíduo não tem glicose nas células, o organismo vai obter energia de outra fonte (lipídios). A glicose é o principal sinalizador para o pâncreas liberar a insulina pelas células β das ilhotas de Langerhans.

As células possuem receptores de insulina, a insulina se liga aos receptores e mobiliza os transportadores de glicose (GLUT), no tecido adiposo tem GLUT 4, no pâncreas tem o GLUT 2. Os GLUT vão até a superfície das células e transportam a glicose para dentro das células.

A maior parte da glicose vai para a via glicolítica, onde a maior parte é transformada em glicogênio, em situação de jejum prolongado e diabetes, as células estão com falta de glicose, há quebra das triglicérides para obter energia.

O diabetes está associado ao aumento da mortalidade e ao alto risco de desenvolvimento de complicações micro e macrovasculares, como também de neuropatias. Pode resultar em cegueiras, insuficiência renal e amputações de membros, sendo responsável por gastos excessivos em saúde e substancial redução da capacidade de trabalho e da expectativa de vida.

DESENVOLVIMENTO

1.  CONTRAÇÃO MUSCULAR

O corpo humano possui cerca de 430 músculos, cuja composição química é de aproximadamente 75% de água, 5% de sais orgânicos e outras substâncias (fosfatos de alta energia, uréia, ácido lático, cálcio, magnésio e fósforo) e 20% por proteínas, das quais as mais abundantes são: miosina, actina, tropomiosina e a proteína conjugada mioglobina. Os músculos são formados por células cilíndricas chamadas fibras e somam aproximadamente 250 milhões, representando de 30% a 40% do peso total. A distribuição das fibras é feita no sentido longitudinal do músculo, paralelas entre si, sendo que a força de contração é desenvolvida ao longo do eixo longitudinal.

As fibras encontram-se agrupadas no músculo, em formações que variam de 20 a 100, denominadas feixes primários ou fascículos. Essa quantidade depende do controle requerido pelo músculo, por exemplo, músculos que desenvolvem grande quantidade de força apresentam um maior número de fibras do que aqueles que requerem um maior controle de movimento.

A teoria aceita para a contração e relaxamento de um músculo em seus diferentes graus está relacionada ao princípio do tamanho da unidade motora recrutada para o movimento. A unidade motora é definida fisiologicamente como a base da organização funcional do movimento voluntário ou reflexo. É constituída pelo neurônio motor, seu axônio motor correspondente e as fibras musculares estriadas inervadas pelo axônio. Cada fibra muscular recebe apenas uma fibra nervosa, mas um mesmo neurônio motor pode servir a várias fibras musculares.

Portanto, as primeiras unidades motoras solicitadas para gerar tensão em um músculo são os menores, e as grandes por último. Essa forma de recrutamento permite  ao músculo gerar tensões graduais durante a realização de um gesto motor. A redução de tensão segue o processo inverso, iniciado pelas maiores unidades e, por último, as menores.

O movimento é uma característica fundamental do comportamento humano, tanto para realizar tarefas diárias como para atividades esportivas. Ele é realizado pela contração dos músculos esqueléticos que atuam sobre um sistema de alavancas e polias formado pelos ossos, tendões, articulações e ligamentos. Isso porque o tecido muscular é o único capaz de desenvolver tensão ativa.

O músculo, de maneira isolada, pode desempenhar duas funções básicas: desenvolver tensão e relaxar-se. Essas ações são dependentes da forma, número e disposição das fibras, ação uniarticular ou biarticular das articulações envolvidas, tensão de origem e inserção em relação ao tamanho e ângulo de união com o osso e distância do ponto de apoio, refletindo a vantagem mecânica das alavancas ósteo-muscular.

Entretanto, são raras às vezes em que o músculo esquelético desempenha uma função de maneira isolada. Geralmente, os movimentos são executados por um conjunto de músculos, atuando em grupo, na organização dos movimentos do corpo humano frente a tarefas esportivas, na fixação de partes do corpo ou na manutenção da postura ereta.

A função dos músculos é gerar força interna para a realização do movimento, e isso ocorre pela transformação de energia química armazenada em trabalho mecânico. Através do movimento, o sistema biológico humano transforma a energia metabólica em energia mecânica. A quantificação da energia metabólica é realizada de forma indireta, através de cálculos a partir do consumo de 02, por exemplo. O valor total da energia química armazenada no corpo é representado pelo potencial físico, e o valor da energia mecânica pelo rendimento físico. Portanto, todas as atividades físicas do corpo humano envolvem trocas de energia.

Quando o músculo é estimulado, varia seu estado mecânico, e essa variação é chamada de contração. A contração se manifesta pela variação da tensão e do comprimento do músculo, assim como de outras propriedades mecânicas, tais como elasticidade e rigidez. As propriedades mecânicas dos músculos são complexas e dependem das estruturas que formam o músculo (fibras musculares, miofibrilas, entre outros) e do estado do músculo.

Cada fibra contém as proteínas contrateis Miosina e Actina, que compõe os filamentos grossos e finos respectivamente, que estão dispostos paralelamente nas miofibrilas que compõe as fibras. As miofibrilas estão também paralelamente arranjadas e apresentam um padrão de bandas escuras e claras dispostas em série, que dão o caráter de estrias às fibras de tais músculos. Esta aparência estriada característica da miofibrila observável na microscopia de luz decorre da birrefringência diferente das proteínas contrateis: a banda clara, chamada banda-I, é devida a isotropia (I) da região da miofibrila dada pelos filamentos finos e a banda-A, devida a sua anisotropia(A), constituída pelos filamentos grossos intercalados aos finos. Os limites laterais da unidade contrátil chamada de sarcômero são dados pelos discos Z, constituídos por alfaActinina, onde se ancoram os filamentos finos , a Tinina e a Nebulina. Na microscopia de luz o sarcômero é delimitado por duas linhas Z e contem duas banda-I e uma banda–A central separando-as.

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