A DOENÇA EVOLUI E TRÊS FASES SUCESSIVAS
Por: jadsonfreitas • 28/6/2015 • Resenha • 939 Palavras (4 Páginas) • 531 Visualizações
COQUELUCHE
Doença infecciosa aguda, transmissível, de distribuição universal, que compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por excesso de tosse seca seguida ou não de vômitos. É causada por uma bactéria do gênero Bordetella pertussis, bacilo gram-negativo aeróbio, não esporulado, imóvel e pequeno, provindo de cápsula (formas patogênicas) e fimbrias.
FISIOLOGIA
Os componentes antigênicos da Bordetella pertussis relacionados á patogenia da coqueluche. A toxina pertussis (TP) tem a função de induzir a linfocitose no homem, por isso é também chamada de fator promotor da linfocitose (FPL). Possui ainda outros efeitos, como: ativar as células pancreáticas e estimular a liberação de insulina; é um fator sensibilizador da histamina e estimulador da resposta imune. A TP facilita a fixação da bactéria aos cílios do epitélio respiratório, juntamente com a hemaglutinina filamentosa (HAF), além de exercer uma ação citotóxica. É também um fator promotor da linfocitose típica da coqueluche. A adenilatociclase, a toxina traqueal e a toxina dermonecrótica estão envolvidas no processo de lesão celular juntamente com a TP.
A bactéria em questão não é invasiva. As manifestações da coqueluche, com exceção da linfocitose, explicam-se pelas suas ações no endotélio do trato respiratório. Disso resulta o acúmulo de secreção mucoides, o que podem culminar com atelectasia, broncopneumonia, enfisemas localizados, ou levar a episódio de tosse paroxística e repetitiva, que podem ou não vir a seguidos de vômitos. A tosse paroxística pode levar à anorexia, à hipertensão intracraniana e, eventualmente, a hemorragias celebrais.
As alterações estão basicamente nos brônquios e bronquíolos, sendo evidenciadas lesões e destruição dos cílios, edema e acumulo de secreção mucóide. No celebro podem-se observar edema, outros achados de anóxia e hemorragia.
A DOENÇA EVOLUI E TRÊS FASES SUCESSIVAS
FASE CATARAL – Com duração de uma ou duas semanas, inicia-se com manifestações respiratórias e sintomas leves (febre pouco intensa, mal estar geral, coriza e tosse seca), seguidos pela instalação gradual de surto de tosse, cada vez mais intensos e frequentes, até que passam a ocorrer às crises de tosse paroxística (de maior intensidade).
FASE PAROXISTICA – Geralmente afebril ou com febre baixa. Em alguns dos casos, ocorrer vários picos de febre ao longo do dia. A manifestação típica são os paroxismos de tosse seca (durante os quais o paciente não consegue inspirar e apresenta protrusão da língua, congestão facial e, eventualmente, cianose com sensação de asfixia), finalizado por inspiração forçada, súbita e prolongada, acompanhada de um ruído característico, o guincho, seguido de vômitos. Os episódios de tosse paroxística aumentam em frequência e intensidade nas duas primeiras semanas e depois diminuem paulatinamente. Esta fase dura de duas a 6 semanas.
FASE DE CONVALENCIA – Os paroxismos de tosse desaparecem e dão lugar a episódios de tosse comum; esta fase pode persistir por mais duas a 6 semanas e, em alguns casos pode se prolongar por até 3 meses. Infecções respiratórias de outra natureza, que se instalam durante a convalescença da coqueluche, podem provocar reaparecimento transitório dos paroxismos. Lactentes (a baixo de 6 meses) são os que apresentam formas graves, muitas vezes letais. (indivíduos inadequadamente vacinados há mais de 5 anos podem apresentar formas atípicas da doença, tosse persistente, porém sem o guincho característico.
SINTOMAS: coriza, espirros, tosse, presença de febre ou não, cianose por causa da tosse excessiva.
DIAGNOSTICO ESPECIFICO
É realizado mediante o isolamento da Bordetella pertussis através de cultura de material (secreção) colhido da nasofaringe, com técnica adequada considerada padrão de ouro. Deve ser realizada antes do inicio da antibioticoterapia ou no Maximo até 03 dias após seu início.
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL
Na fase catarral, a coqueluche pode ser confundida com viroses respiratórias inespecíficas. Outras doenças também causam excesso de tosse, devendo ser diferenciadas da fase paroxística, como bronquiolite, adenovirose, pneumonia bacteriana, fibrose cística ou inalação de corpo estranho.
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