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A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Por:   •  9/9/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.857 Palavras (8 Páginas)  •  750 Visualizações

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Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

DPOC

                É um distúrbio respiratório caracterizado pela obstrução crônica do fluxo de ar. Os principais tipos de DPOC são o enfisema, bronquite crônica e asma. Na maioria dos casos é evitável, pois sua causa mais comum é o tabagismo ativo ou passivo. Outras causas são poluição do ar, infecção pulmonar, exposição ocupacional a poeira e gases e fatores genéticos.

                Asma (asthema= ofegante) – é uma doença caracterizada por inflamação crônica, hipersensibilidade a muitos estímulos e obstrução das vias aéreas. Pode ser reversível espontaneamente ou com tratamento. As vezes, o desencadeante é um alérgeno como o pólen, os ácaros da poeira, o mofo ou um alimento especifico, tendo outros desencadeantes comuns como os distúrbios emocionais, aspirina, agentes sulfurados, exercício e respiração de ar frio ou de fumaça de cigarro. As vias aéreas respondem, contraindo a musculatura lisa em toda a sua extensão.

                Sintomas: dificuldade de respirar, tosse, chiado, aperto no peito, taquicardia, fadiga, pele úmida e ansiedade.

                Pode ser categorizada em duas formas principais:

                Asma atópica (alérgica) é mais comum. Causada por uma reação clássica de hipersensibilidade tipo I desencadeada por antígenos ambientais; uma historia familiar de atopia e comum.

                Asma não atópica pode ser desencadeada por infecção do trato respiratório, irritantes químicos ou fármacos, geralmente sem historia familiar.

                Bronquite crônica – é uma inflamação de longa duração e edema do revestimento dos brônquios, acarretando produção excessiva de muco. Definida como tosse persistente por pelo menos 03 meses em pelo menos 02 anos consecutivos, com expectoração abundante. O tabagismo é a principal causa. Pode apresentar sintomas de insuficiência cardíaca, incluindo edema generalizado. A oxigenação do sangue é baixa e sua pele pode ter cor azulada de onde se origina o termo pletórico cianótico.

                Irritantes causam:

                Hipertrofia de glândulas mucosas com hipersecreção de muco.

                Metaplasia de células caliciforme no epitélio bronquioloar, que contribui para a produção de muco obstrução de pequenas vias aéreas.

                Bronquiolite com espessamento da parede devido a fibrose hiperplasia de musculo liso.

                Infecções secundarias exacerbam a lesão iniciada pelo fumo.

                

                Enfisema (emphysema = inflado, cheio de ar) – é um distúrbio caracterizado pela destruição das paredes alveolares, a qual produz espaços aéreos anormalmente grandes que permanecem cheios de ar durante a respiração. Com menor área para troca gasosa, a difusão de oxigênio através da membrana respiratória é reduzida, o nível sanguíneo de oxigênio é também um pouco diminuído e qualquer exercício leve que aumente a demanda celular de oxigênio deixa o paciente sem folego.

                Os músculos respiratórios passam a trabalhar muito, e essas pessoas tendem a emagrecer, pois usam grande quantidade de energia para respirar. Nas radiografias os pulmões parecem super expandidos. Respiram profundamente e são capazes de manter níveis de oxigênio no sangue quase normais, assim sua pele normalmente tem a cor rosada. A combinação de respiração pesada e coloração rosada origina o termo soprador rosado para descrever esses indivíduos.

                Sintomas: dispneia, coriza, tosse se manifestam quando um terço do parênquima pulmonar foi perdido; também pode existir perda de peso severa.

                Pode ser classificado de acordo com sua distribuição anatômica:

                Enfisema centroacinar (centrolobular) – destruição e aumento das partes centrais ou proximais da unidade respiratória, poupando o alvéolo distal. Envolvimento predominante dos lobos superiores e ápices. Ocorre principalmente em fumantes pesados, geralmente associado com bronquite crônica.

                Enfisema pan-acinar (panlobular) – destruição uniforme e ampliação do ácino. Predominância nas zonas basais inferiores. Forte associação com deficiência alfa 1-antitripsina.

                Enfisema acinar distal (parasseptal) – envolve principalmente o ácino distal. Tipicamente perto da pleura e adjacente à fibrose ou cicatriz. Frequentemente, a lesão de base em pneumotórax espontâneo.

                Alargamento das vias aéreas com fibrose (enfisema irregular) – envolvimento acinar alveolar, associado com cicatriz. A maioria dos casos é assintomático e clinicamente insignificante.

                Outras formas de enfisema:

                Hiperinflação compensatória do pulmão remanescente após perda do parênquima pulmonar sem destruição da parede do septo.

                Hiperinsuflação obstrutiva devido a obstrução subtotal de uma via respiratória, criando assim uma válvula embola que admite ar na inspiração, mas que o aprisiona na expiração.

                Enfisema intersticial refletindo entrada de ar no tecido conjuntivo do pulmão, mediastino, ou tecidos subcutâneos.

Doenças Intersticiais (Restritivas) Difusas Crônicas

                São um grupo heterogêneo de desordens caracterizadas por inflamação e fibrose do tecido intersticial pulmonar, particularmente envolvendo as paredes alveolares; muitas possuem causas desconhecidas. As alterações clinicas e funcionais são aquelas de doença restritiva pulmonar; capacidade de difusão, volumes pulmonares e complacência estão todos comprometidos sem evidência de obstrução das vias aéreas. Hipertensão pulmonar secundaria e cor pulmonale são sequelas a longo prazo. Embora os estágios mais precoces das diferentes entidades possam ser frequentemente distinguidas histologicamente, existe uma sobreposição morfológica substancial, e  a maioria recai em um estágio final comum marcado por destruição parenquimal e cicatriz, denominado pulmão em favo de mel.

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