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A Fisiologia da Dor

Por:   •  24/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.806 Palavras (8 Páginas)  •  447 Visualizações

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Sumário:

Fisiologia da dor.............................. Pág 2 á 9

Tipos de dor.................................... Pág 10 e 11

Principais doenças relacionadas..... Pág 12, 13 e 14

Curiosidades.................................... Pág 15 e 16

Conclusão.......................................

Imagens........................................... Pág 17 e 18

Referências..............................:....... Pág 19

Fisiologia da dor

A dor foi conceituada em 1979 pela international association for the study of pain (iasp) como “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a um trauma tecidual real ou potencial”. Contudo, diante do fato de que neonatos, pessoas com inabilidade para a comunicação verbal e os animais têm dificuldade da descrição da emoção pela linguagem, considerou-se também que “a inabilidade para comunicar-se não descarta a possibilidade de que o indivíduo está experimentando dor e precisa de tratamento adequado para alívio da mesma” (hellyer et al., 2007). No caso dos animais, outro conceito interessante revela que: “a dor é uma experiência sensorial de aversão

Causada por uma lesão real ou potencial que provoca reações motoras e vegetativas de proteção, ocasionando uma aprendizagem de um comportamento de esquiva, podendo modificar o comportamento específico da espécie, incluindo comportamento social” (kitchell, 1987).

Em 2001, a joint comission on accreditation of health organizations elevou a dor à categoria de quinto sinal vital devido ao seu impacto na sociedade quando não diagnosticada, tratada e prevenida de forma adequada. A dor aguda pode ser decorrente de evento traumático, cirúrgico ou infeccioso, com período de duração curto, podendo progredir para dor crônica se não tratada adequadamente (mitchell e smith, 1989. O procedimento cirúrgico ocasiona lesão tecidual levando a um tipo de dor aguda com origem definida – o ato cirúrgico, que tem pico entre seis e vinte e quatro horas após o seu início, devendo ocorrer redução ou resolução com a cicatrização ou estabilização da área lesada (gozzani, 1997). A dor provocada pelo procedimento cirúrgico promove sofrimento e compromete seriamente a qualidade de vida, promovendo hiperventilação, aumento do tônus simpático neural hipotalâmico e aumento da liberação de catecolaminas e outros hormônios resultando em repostas deletérias para o organismo, tais como: taquicardia com aumento do consumo de o2 pelo miocárdio, hipóxia miocárdica, arritmias, aumento do débito cardíaco e pressão arterial (hellyer et al., 2007), alterações pulmonares como atelectasia e pneumonia, além de distúrbios de coagulação levando ao tromboembolismo (sakata, 2001). Também podem ser observados aumento das concentrações de cortisol, hormônios adrenocorticotróficos, do crescimento e antidiuréticos, glucagon e renina entre outros levando a um aumento da glicose, ácidos graxos livres, lactato, cetonas, metabolismo e consumo de oxigênio (hellyer et al., 2007). A dor também contribui para alterações da função imunológica e hemostática (breslow et al., 1993) prolongando a recuperação pós-operatória e aumentando a taxa de morbidade (mastrocinque e fantoni, 2003), além de ocasionar inapetência, emagrecimento, privação do sono e alterações comportamentais (haskins, 1992). A dor tem caráter preservativo para o organismo, pois atua como um alarme que aciona um conjunto de reações de defesa frente a uma lesão. Pode ser classificada como dor fisiológica, quando os mecanismos atendem a uma função de defesa e alarme, e como patológica, quando não cumpre uma função de alarme, incapacitando e levando a alteração de comportamento, comprometendo o bem estar físico e mental (hellyer et al., 2007). A dor patológica ainda pode ser classificada em aguda ou crônica. A dor aguda está relacionada a situações de traumas acidentais e procedimentos cirúrgicos, tendo curto período de duração. Já a dor crônica geralmente está relacionada a longos períodos de duração da dor (thurmon et al., 1999), tratamento inadequado da dor aguda, fatores pré, intra e pós-operatórios (perkins e kehlet, 2000). O estímulo decorrente do procedimento cirúrgico ativa receptores que detectam a lesão tecidual (gozzani, 2001), sendo que a dor ocorre quando há percepção desse estímulo noviço em nível cortical (hellyer et al., 2007), dessa forma podemos dizer que a dor é essencialmente um processo perceptivo com origem no snc como resultado de uma ação nociceptiva (drumond, 2005). Didaticamente, os processos da transmissão da dor podem ser classificados em quatro fases: transdução, transmissão, modulação e percepção (drummond, 2000). A transdução é o processo pelo qual o estímulo nociceptivo, seja ele mecânico, térmico ou químico gera uma atividade elétrica nas terminações sensoriais localizadas na pele, músculos, articulações, polpa dentária e vísceras – são os nociceptores (drummond, 2000). Os nociceptores estão associados ao primeiro neurônio, sendo que às vezes os axônios periféricos são chamados de receptores. Quatro classes de receptores aferentes primários participam desse processo: receptor mecânico a, receptor termomecânico a, receptor polimodal c e receptor específico de temperaturas extremas (drummond, 2005).

Quando um tecido é lesado, há liberação de mediadores químicos (prostaglandinas, bradicininas, substância p, proteína g calcitonina e citocina entre outros) resultante da resposta inflamatória que irão agir para a ocorrência da mediação e modulação de dor (lester e gaynor, 2000; shavit, 2006). Esta resposta é decorrente da lesão tecidual, mas também da própria estimulação nociceptiva que causará uma resposta inflamatória neurogênica (gozzani, 1997; hellebrekers, 2002). Esse processo resultará no contato dos terminais nervosos livres nociceptivos aferentes com um ambiente contendo diferentes tipos de mediadores inflamatórios. A exposição do nociceptor a essas substâncias aumenta a sensibilidade dos nociceptores de alto limiar,

Que se tornam sensíveis a estímulos de baixa intensidade, transformando estimulação não dolorosa em uma experiência dolorosa (hellebrekers, 2002).

A transmissão ou condução do estimulo nociceptivo caracteriza-se pela propagação de impulsos nervosos predominantemente pela raiz dorsal do nervo espinhal (sensitiva) (drummond, 2000).

A modulação é o processo

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