A Historia da Enfermagem
Por: paulastar • 8/6/2015 • Trabalho acadêmico • 584 Palavras (3 Páginas) • 440 Visualizações
História da Enfermagem
A Enfermagem, como ciência e como profissão, tem sofrido, especialmente nestes últimos 20 anos, modificações e diferentes níveis que a impulsionam para um processo crescente de valorização pedagógica, profissional e social. Adequando-se cada vez melhor às mutações constantes das conjunturas sócio-políticas e às necessidades de saúde da sociedade atual,o ensino da Enfermagem é por isso o seu principal vetor de crescimento, tendo-se valorizado exponencialmente num curto espaço de tempo.
Com menos de uma década de existência, o Curso de Licenciatura em Enfermagem, caracteriza-se por ser um dos Cursos Superiores com uma maior vertente profissionalizante. Isto porque, cerca de 57% da sua carga horária é constituída por ensinos clínicos/estágios, que tem por finalidade desenvolver no aluno “competências de caráter científico, técnico e humano, num processo contínuo de crescimento e autonomia pessoal, de forma a ser capaz de planejar, concretizar, gerir e avaliar atividades de Enfermagem”, em contato direto com a realidade clínica.
Desta forma, o ensino clínico reúne, além de uma importância vital no desenvolvimento de qualquer enfermeiro, características únicas e inimitáveis que o tornam ao mesmo tempo, insubstituível e imprevisível no que toca ao seu desenvolvimento e controlo pedagógico.
Especificidades como os três mundos que os constituem – clínico, escolar e profissional – a sua intemporalidade ou a sua orientações, caracterizam-no como um ensino alicerçado em processos de interação e reflexão, o que contrasta com o recurso a uma avaliação com forte tendência classificativa, acabando por gerar problemas de diferentes ordens, nomeadamente de aprendizagem e desenvolvimento.
Neste sentido, este estudo pretende compreender quais as conseqüências do desajuste aparente entre o desenvolvimento do ensino clínico e a sua avaliação, designadamente em termos do tipo de estratégias adotadas pelos alunos, especialmente no que respeita ao modo como desenvolvem o seu ofício de aluno, como se posicionam nos três mundos que constituem o ensino clínico e que influências são desencadeadas pelos processos de avaliação usados.
A opção de recorrer ao modo de investigação por estudo de caso, levou-me a eleger a observação participante, as entrevistas e os grupos de discussão como instrumentos de colheita de dados.
No final deste percurso investigativo – que desejo se possa tornar num contributo para a compreensão dos fenômenos presentes em ensino clínico com vista ao melhoramento dos seus processos, verifiquei que os alunos de Enfermagem posicionam-se de diferentes formas nos três mundo que constituem, dependendo da situação em que se encontrem e da origem dos problemas a que tenham de dar resposta. No entanto, regista-se uma interação crescente desde o mundo profissional até o mundo escolar, passando pelo clínico, mas que se vai invertendo com o aproximar do término do Curso. Também por isto, o ofício do aluno é alterado, dotando-o de uma crescente consciência profissional.
A avaliação em ensino clínico embora se baseie em princípios construtivistas e de continuidade, acaba por se vincular em demasia à sua classificativa e enviesa-se levando o aluno, por vezes, a ter de se refugiar em manobras de dissimulação e camuflação para se resguardar de um processo classificatório, sem critérios para tal, e que nada diz sobre o desempenho de um futuro profissional em determinado campo de estágio.
As alternativas identificadas passam, principalmente, pelo assumir das subjetividades inerentes ao processo avaliativo, especialmente em ensino clínico, norteando a utilização da avaliação para uma vertente qualitativa, o que neste caso auxiliariam o aluno no seu desenvolvimento e aprendizagem.
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