A Maconha na Medicina

A Maconha na Medicina

O texto fala sobe os benefícios medicinais da maconha e ao mesmo tempo o dilema de médicos de não poder receitar um remédio que é proibido.

Indica-se que não se use por conta uma droga alucinógena ou psicotrópica sem orientação médica, pois além de acarretar no vício, principalmente em jovens, gera um grande problema social.

Têm se falado muito no tema de liberação das drogas na área medicinal, mas essa ideia ainda não amadureceu o que causa certo bloqueio no avanço da cura e amenização de várias doenças.

O uso terapêutico dessa erva é muito antigo, vai além de antes dos anos setenta, sendo que, há mais de seis mil anos ela já é citada em textos chineses como sugestão de uso, ela era indicada para problemas de asma, cólicas menstruais e inflamações da pele.

Hoje em dia, existem dois tipos de remédios fabricados com autorização para serem usados em casos especiais na Europa e Estados Unidos, são eles o NABILONE ( Canadá ) e o Marinol ( USA ), que são utilizados em pacientes com câncer e Aids.

Sua substância, o THC, não cura essas doenças, ele apenas ameniza o sofrimento dos pacientes infectados, ajudando a superar as crises de náuseas e vômitos provocadas pela quimioterapia no caso do câncer, e, no caso da Aids, ela ajuda a estimular o apetite, já que pacientes infectados com essa doença tendem a perder muito peso em pouco tempo.

Há uma certa resistência e divergência de opiniões de médicos especialistas, uns acreditam que seja uma solução a liberação da droga para a medicina e outros acreditam que por se tratar de uma substância ilícita, não deveria ser utilizada, a não ser que se soubesse a procedência.

Pesquisas comprovaram que a maconha atua diretamente no cérebro, nas regiões relacionadas com a memória, com os sentidos, com a capacidade de aprender e com os movimentos do corpo, inclusive o equilíbrio.

Quando a erva for liberada, será muito mais fácil ficarmos sabendo de seus benefícios e malefícios, assim, poderemos ter noção em que casos poderá ser utilizada ou não, mas até lá, somente pesquisas autorizadas pelos governos são permitidas, ficando a população sem conhecimento de causa sobre os reais efeitos dessa droga no corpo humano.

Fonte: Revista Superinteressante Edição 95, agosto de 1995.

http://super.abril.com.br/ciencia/quando-a-maconha-cura