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A Transfusão Sanguínea em Pacientes Críticos

Por:   •  10/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  3.130 Palavras (13 Páginas)  •  265 Visualizações

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[pic 1]Transfusão sanguínea em pacientes críticos

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Aluna: Thayná Cristina da Silva

RA: 1626015-0

Enfermagem 8º período

Transfusão sanguínea em pacientes críticos

A terapêutica transfusional consiste em administrar o sangue total, seus componentes ou derivados (hemácias, plaquetas, granulócitos e derivados plasmáticos), para restabelecer o volume sanguíneo circulante ou repor componentes específicos conforme as necessidades de cada paciente.

Entre os motivos para a realização de uma transfusão sanguínea, podemos citar o aumento da capacidade de transporte de oxigênio, a restauração do volume sanguíneo, a correção de distúrbios da coagulação sanguínea ou o aumento da imunidade do organismo.

A transfusão de sangue ou de seus componentes é prática comum em pacientes graves, e tem como justificativa principal para sua utilização a diminuição da hipóxia tecidual pelo aumento da oferta de oxigênio aos tecidos. No entanto, é importante reconhecer os efeitos relacionados à hemoterapia para poder indicar judiciosamente esta prática. Pacientes transfundidos têm maiores taxas de infecção, falência de órgãos e maior tempo de permanência na UTI.

Embora as transfusões sanguíneas sejam frequentes em UTI, observa-se que a maior variabilidade na indicação clínica ocorre em pacientes criticamente enfermos, sugerindo que os médicos intensivistas individualizam a decisão baseada na gravidade da doença do paciente. É importante reconhecer os efeitos relacionados à hemoterapia para poder indicar criteriosamente esta prática. Assim, a decisão de transfundir deverá ser norteada por diagnóstico preciso, baseado em valores baixos de hemoglobina e em parâmetros de perfusão.

  • No Brasil, a regulamentação das práticas hemoterápicas é realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), atualmente através da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 34 de 11 junho de 20141 e da Portaria Ministerial Nº 158 de 04 de fevereiro de 20162, que normatizaram os procedimentos, da coleta à utilização, visando garantir a qualidade dos hemocomponentes e a segurança do processo transfusional.

Todo paciente candidato à transfusão deve ser esclarecido sobre o procedimento, seus riscos e benefícios, e que, apesar de todos os testes sorológicos e de compatibilidade doador-receptor, ainda há possibilidade de ocorrer reação transfusional.

A indicação de transfusão deve ser feita exclusivamente por médico e baseada principalmente em critérios clínicos e não somente em resultados laboratoriais.

Condutas

  • O médico assistente deverá avaliar criteriosamente a real necessidade do paciente a ser transfundido, levando em consideração todo o quadro clínico, diagnóstico e os resultados de exames laboratoriais recentes.
  • O tempo de tratamento varia de acordo com a patologia de base e a resposta de cada paciente submetido à transfusão.
  • A transfusão de hemocomponentes não é um procedimento isento de risco, e este fato deve ser levado em consideração pelo médico na decisão de transfundir um paciente. Por este motivo o ato transfusional exige uma série de cuidados que visam a minimização dos riscos associados ao procedimento, que incluem a adequada seleção do hemocomponente a ser transfundido em cada situação clínica, a realização dos testes de compatibilidade pré-transfusionais e o acompanhamento do paciente pelo profissional de saúde durante e após a transfusão.
  • Caso durante a transfusão seja observado algum tipo de reação adversa a equipe de enfermagem que assiste o paciente deverá interromper imediatamente a transfusão do hemocomponente, mantendo o acesso venoso pérvio com solução salina a 0,9 %.
  • Os sinais vitais deverão ser verificados e anotados no prontuário do paciente e o médico hemoterapeuta da agência transfusional e o médico assistente comunicados imediatamente para que possam proceder às medidas terapêuticas necessárias. Confirmada a reação transfusional a mesma deverá ser notificada à Agência transfusional.

Em que situações é realizada uma transfusão de sangue?

A decisão sobre a necessidade de realizar qualquer procedimento terapêutico é sempre tomada pelo médico, em função das características individuais de cada pessoa e da sua situação particular. Em termos gerais, pode ser necessário realizar uma transfusão de sangue ou componentes sanguíneos, nas seguintes situações:

  • Quando ocorre uma perda grande de sangue;
  • Quando ocorre uma perda e/ou comprometimento das funções de um dos seus componentes, nomeadamente, durante ou depois de uma intervenção cirúrgica ou de um parto;
  • Em acidentes com perdas graves de sangue;
  • Em doentes tratados por doenças sanguíneas;
  • Nos casos de anemia grave, cancro ou leucemia.

A transfusão deve ser classificada como:

  • Segundo o regulamento técnico para procedimentos hemoterápicos, as transfusões são classificadas em:

1. Programada: é comum no preparo para cirurgias eletivas ou no tratamento de doenças crônicas. A transfusão é feita com dia e hora preestabelecidos.

2. Não urgente: deve ser realizada dentro de 24 horas após a solicitação, é comum no atendimento de pacientes hospitalizados que apresentem um quadro clínico com indicação de transfusão, mas sem necessidade de instalação imediata.

3. Urgente: deve ser administrada até três horas após a solicitação, em pacientes em situações que envolvam risco de vida, mas em condições de aguardar a realização dos testes pré-transfusionais.

4. Extrema urgência: quando o retardo na administração da transfusão pode acarretar risco para a vida do paciente. Há respaldo legal e técnico para que seja efetuada sem a realização das provas de compatibilidade.

O que é a tipificação do sangue?

A tipificação do sangue é a determinação do tipo ou grupo de sangue. É realizada de acordo com a classificação ABO (sangue A, B, AB e O) e com a presença do fator rhesus (Rh+ e Rh-).

Tendo em conta estes 2 grupos de antigénios, os grupos de sangue podem ser:

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