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AS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

Por:   •  2/11/2022  •  Trabalho acadêmico  •  862 Palavras (4 Páginas)  •  177 Visualizações

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DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DSTs)

INTRODUÇÃO

A adolescência é um período caracterizado por mudanças biopsicossociais, nas quais os pares ganham importância e a sexualidade encontra-se mais intensa. Os adolescentes podem experimentar práticas sexuais inseguras em virtude da falta de informações, pela ausência de comunicação com familiares, pela existência de tabus ou por medo de assumir uma relação sexual perante a família (CAMARGO; BOTELHO, 2007). Assim eles se tornam vulneráveis as diversas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), que é transmitida por meio do contato sexual com um parceiro infectado. São mais de 20 os agentes infecciosos susceptíveis de transmissão durante as relações sexuais (bactérias, parasitas, fungos ou leveduras e vírus).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconizou, em 2001, a mudança do termo DST por Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), com a finalidade de ressaltar as infecções assintomáticas (RODRIGUES, 2010). Ou seja, existe a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) podem causar problemas no relacionamento sexual, esterilidade, aborto, nascimentos de bebês prematuros com problemas de saúde, deficiência física ou mental, alguns tipos de câncer e até a morte. Daí a importância do uso dos métodos contraceptivos, como a camisinha, que é o único método anticoncepcional que, sozinho, tanto protege contra a transmissão de DST/IST, quanto evita gravidez indesejada. Embora o uso de pelo menos um dos dois tipos de camisinha disponíveis no mercado (masculina e feminina), não é valorizado em relacionamentos estáveis. Além disso, metade dos adolescentes não sabe que a camisinha é o único método seguro para evitar gestação e DST (FERREIRA; MIRANDA; BARONI, 2016).

DESENVOLVIMENTO

As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) mais conhecidas são a sífilis, gonorreia, herpes genital, HPV, HIV/AIDS e hepatite B. As mais comuns são causadas por bactérias e podem ser completa e facilmente curadas, como a gonorreia, sífilis, cancro mole, infecção por clamídia e uretrites. Essas afetam de um modo geral, o aparelho genital masculino e feminino, com exceção da sífilis. As causadas por vírus como herpes, condiloma, hepatite B e AIDS são facilmente transmitidas e não podem ser eliminadas por medicamentos. Assim como a sífilis, podem afetar, além do aparelho genital, outras partes do corpo como fígado, olhos, boca, sistema nervoso, o reto, aparelho urinário e outros. Embora sejam de fácil prevenção e curáveis, exceto as ocasionadas por vírus, e apesar dos progressos no diagnóstico e tratamento, as DST continuam, em todo o mundo, a causar sérios problemas de saúde pública. Devido aos danos físicos e complicações irreversíveis, em muitos casos, são acompanhadas de sofrimento e danos psicológicos. Uma DST não tratada pode acarretar deficiência física e mental, disfunção sexual, esterilidade, aborto, malformações congênitas e câncer, entre outros. Os óbitos por AIDS representam 1,41% do total de mortes no Brasil (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).

Os principais fatores de risco englobam: idade, parceiros sexuais, uso ou não de preservativo, inclusão em grupos de risco e antecedentes de DST. Já os principais modos de transmissão são: sexual, sanguínea, vertical e outros. Os quadros clínicos têm evoluído em função da prevalência de certos agentes patogênicos, da resistência acrescida aos antibióticos e do predomínio de infecções assintomáticas com consequente aumento das complicações. As principais manifestações clínicas são: leucorreia (corrimento mucoso esbranquiçado ou amarelado), prurido, dispareunia (dor na relação sexual), lesões genitais ou ano-genitais (úlceras, verrugas), sintomas urinários, dor pélvica aguda ou crônica. As complicações incluem: esterilidade, gravidez ectópica, abortamentos de repetição, complicações e mortalidade perinatal, cancros genitais e outras (RODRIGUES, 2010).

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