AS EMERGÊNCIAS POR INTOXICAÇÕES E EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS
Por: Phablo2206 • 5/12/2019 • Artigo • 1.698 Palavras (7 Páginas) • 215 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS – CESC
Departamento de Enfermagem
Curso de Enfermagem
EMERGÊNCIAS POR INTOXICAÇÕES E EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS
CAXIAS – MA
2011
ANDERSON ARAÚJO CORRÊA
EMERGÊNCIAS POR INTOXICAÇÕES E EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS
Trabalho apresentado ao Curso de Enfermagem do Centro de Estudos Superiores de Caxias – CESC, da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA como exigência parcial para 3ª nota da disciplina Urgência e Emergência ministrada pelo Profº Ronaldo Pinheiro.
CAXIAS – MA
2011
INTOXICAÇÕES
Segundo Smeltzer et al. (2009), as intoxicações são definidas como qualquer substância tóxica que lesa o corpo por sua ação química quando ingerida, inalada, absorvida, aplicada sobre a peleou produzida no corpo em quantidade relativamente pequena. As intoxicações podem ser divididas em duas classes: Intoxicação Endógena o tóxico provêm do exterior do organismo, mas em certos casos podem ser gerados por ele, como ocorre em algumas doenças, entre elas distúrbios do metabolismo, como a uremia, doença provocada pelo excesso de ureia e corpos nitrogenados no sangue. Intoxicações exógenas agudas podem ser definidas como as consequências clínicas e/ou bioquímicas da exposição aguda a substâncias químicas encontradas no ambiente (ar, água, alimentos, plantas, animais peçonhentos ou venenosos, etc.) ou isoladas (pesticidas, medicamentos, produtos de uso industrial, produtos de uso domiciliar, etc.).
As intoxicações de qualquer tipo requerem um tratamento de emergência que deve ser iniciado o mais rápido possível. As seguintes etapas devem ser realizadas: remover ou inativar a substância tóxica antes de ela ser absorvida; proporcionar cuidados de suporte para a manutenção dos sistemas e órgãos vitais; administrar um antídoto específico para neutralizar uma substância tóxica especifica; implementar um tratamento que acelere a eliminação da substância tóxica absorvida.
A equipe que presta socorro ao paciente intoxicado deve primeiramente manter a calma, certificar-se da segurança do acesso a vítima e proteger-se contra a exposições aos agentes tóxicos após retirar a vítima do ambiente contaminado e iniciar os procedimentos de recuperação e manutenção dos sinais vitais: frequência, ritmo e amplitude dos movimentos respiratórios, pulso, batimentos cardíacos, pressão arterial e temperatura corpórea.
Para Higa e Atallah (2008) o que se deve fazer numa situação de intoxicação é desobstruir vias aéreas e iniciar as manobras de ressuscitação, se necessário; aquecer o ambiente ou a vítima se a temperatura corporal for menor que 36º C, utilizando para isso aquecedores ou cobertores; utilizar panos umedecidos com água fria (não gelada) se a temperatura corporal for maior que 38,5º C; providenciar a locomoção de forma adequada, levando o agente tóxico identificado como suspeito em suas embalagens originais; recolher o material vomitado e colocar em sacos plásticos resistentes, para eventual análise.
Na avaliação clínica inicial o objetivo é o de verificar se o paciente apresenta algum distúrbio que represente risco iminente de vida. Para tanto é indispensável um exame físico rápido, porém rigoroso, para avaliar as seguintes condições respiratórias (obstrução das vias aéreas, apnéia, bradipnéia ou taquipnéia intensa, edema pulmonar e insuficiência respiratória aguda), condições circulatórias (pressão arterial, frequência cardíaca, disritmias ventriculares, insuficiência cardíaca congestiva, estado de choque e parada cardíaca), condições neurológicas (estado de mal convulsivo, pressão intracraniana aumentada, coma, pupilas fixas e dilatadas ou mióticas puntiformes e agitação psicomotora intensa) de acordo com Cláudio Schvartsman e Samuel Schvartsman (1999). Quando as condições permitirem, a avaliação poderá ser ampliada incluindo outros dados, tais como, pele e anexos, temperatura, estado de hidratação.
O tratamento das intoxicações consiste na descontaminação a mesma deve ser iniciada rapidamente no local da ocorrência, de acordo com o provável produto e via de contaminação. Na descontaminação cutânea deve-se retirar roupas e lavar o paciente com água, sabão e escova macia durante 15 minutos, em caso de queimaduras não realizar utilizar sabão e escova, e remover roupas com cuidado. Na descontaminação ocular deve-se utilizar solução fisiológica ou água por alguns minutos e manter as pálpebras abertas; fazer curativbo oclusivo e encaminhar ao oftalmologista.
A descontaminação gastrointestinal é utilizada métodos como a lavagem gástrica, carvão ativado e laxantes. A indução de vômito não é mais utilizada por causar danos aos tecidos da mucosa oral e esôfago. A lavagem gástrica é realizada através da inserção de uma sonda de grosso calibre e administração de pequenos volumes de soro fisiológico (100 a 250 mL), mantendo o paciente em decúbito lateral esquerdo com a cabeça em nível inferior ao restante do corpo. São utilizadas sucessivas lavagens até que o conteúdo gástrico esteja claro, sem a presença da substância. Sua eficácia é boa até 60 minutos após a ingestão (HIGA; ATALLAH, 2008).
Carvão ativado é administrado 1 a 2 g/kg, por via oral, a pacientes com intoxicação gástrica que estejam conscientes e que colaborem com o procedimento. Misturar água (30 g/240 mL). Doses múltiplas (0,5 g de carvão/kg a cada 4 horas) têm indicação restritas (substãncias de liberação entérica ou de liberação prolongada) em ambiente hospitalar. Não é efetivo na ingestão de álcool, metanol, etilenoglicol, cianeto, ferro, lítio e flúor e é contra-indicado em ingestão de substâncias corrosivas como ácidos ou bases.
Os laxantes geralmente são desnecessários e podem interferir de forma negativa na recuperação do paciente devido ao risco de perda de eletrólito. Não deveram ser administrados isoladamente nem associados a carvão ativado no atendimento pré-hospitalar.
São comuns também em intoxicações as causadas por drogas. As manifestações clínicas de um cliente com intoxicação por drogas variam com a droga utilizada, mas os princípios subjacentes de tratamento são essencialmente idênticos. As metas do tratamento para um paciente que sofreu uma intoxicação por drogas são o suporte das funções respiratória e cardiovascular, estimular a depuração do agente e fornecer a segurança para o paciente e equipe.
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