Amil e o sistema de assistência médica no Brasil
Por: Lana Cardoso • 1/11/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 875 Palavras (4 Páginas) • 415 Visualizações
Amil e o sistema de assistência médica no Brasil
O artigo relata a trajetória da Amil Assistência Médica, onde o presidente do conselho e acionista majoritário, Edson Bueno, foi capaz de levar a Amil de uma recém fundada empresa a uma gigante que atendia 5,3 milhões de pessoas.
Edson veio de uma família pobre e mesmo com seu mau desempenho escolar, o mesmo já tinha o espírito empreendedor. Tonou-se cirurgião geral e em 1972 viu a oportunidade de adquirir a Casa de Saúde São José, uma pequena maternidade repleta de dívidas no Rio de Janeiro. No decorrer dos anos adquiriu mais três clínicas e criou então uma empresa de serviços médicos.
Após uma leitura no jornal sobre novas e bem sucedidas empresas de OPS, operadoras de plano de saúde, ele se sente motivado e em 1978 criou a Amil Assistência Médica, com a ajuda do cardiologista Jorge Ferreira da rocha, Bueno achava a abordagem mais moderada e operacional comparada a dele.
Mesmo com melhorias no Sistema Único de Saúde, os recursos investidos pelo governo ainda não eram suficientes para atender a população, tendo assim uma alta procura pelos planos privados, que cada vez mais investiam em novas tecnologias, infraestrutura e profissionais especializados. A Amil oferecia planos de saúde com preços competitivos para todos os tipos de empresas além de atender a todas as faixas de renda.
Em 1980 a Amil resolve expandir para fora do estado do Rio de Janeiro, inova com serviços pioneiro e investe em um marketing pesado. A empesa cria um número de telefone para ser repetido por diversas vezes, fazendo com que o número fixasse na mente da população, passaram a utilizar helicópteros e aviões pra serviços de resgate médico.
Bueno inovou ainda oferecendo cobertura internacional, fundou a Dix Saúde, para pequenas empresas e pessoas de classe B e C, além do Total Care, para pessoas que necessitavam de cuidados especiais e uma atenção médica, o único na américa latina com certificado pela Joint Commission. No começo dos anos 2000 a empresa adotou um programa chamado Sistema Unificado de Gestão de Saúde, voltado para a prevenção da saúde.
Diante de tatos avanços, Bueno acreditava que a diferença entre o setor público do privado, estava além do orçamento, estava no desafio de uma boa administração. A cultua da Amil foi desenvolvida e voltada para o empregado e o cliente focando em saúde acessível. Implementou uma abordagem que elevava os lucros e a qualidade. Ela funcionava como uma grande empresa e sua cultura interna se baseava no auto aprendizado. Bueno incentivava com gratificações bons desempenhos, os funcionários eram chamados pelo prenome e a remuneração era boa.
Em 2010 anunciou a fusão com a MD1, uma empresa de diagnostico da América Latina. Se tornando a maior prestadora privada de serviços de saúde do brasil. Com uma gama de produtos tinham planos de livre escolha, que eram vendidos por meio de representantes habilitados a revender conforme precisão dos clientes. A Amil vendia uma proposta diferente, buscava clientes com doenças crônicas a fim de atendê-los de acordo com as suas necessidades médicas. Com o sistema de saúde integrada a Amil conseguia fazer de forma rápida e precisa transferência entre hospitais, centros médicos gerais e especializados.
A Amil passou a investir em três níveis de ocorrências médicas:
- Nível 1- abrangia emergências e serviços de primeiro socorro, com atendimento dos pacientes por médicos contratados em turnos de 6 ou 12 horas
- Nível 2 - concentrava-se em consultas por especialidade e dividia-se em duas categorias: prioritária e não-prioritária, sendo o nível de prioridade filtrado por atendentes especializados em call centers 24horas.
- Nível 3 – tratava pacientes com doenças crônicas ou em risco de desenvolver tais doenças.
Cada nível exigia uma remuneração diferente, e todos eram estimulados a bonificações ligadas a metas e indicadores de desempenho. O Programa Amil de Qualidade de Vida (PAQV) conseguiu identificar milhares de membros hipertensos, diabéticos e esses foram monitorados e conduzidos para o tratamento de acordo com a necessidade além da identificação de pessoas com sobrepeso, que foram encorajados a praticar exercícios. Criou também o software GPAR, gestão de pacientes de alto risco, para identificar e monitorar grupos de alto risco por meio de protocolos existentes.
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