Casos clínicos; Projeto Terapêutico Singular
Por: kmmkb • 29/11/2015 • Trabalho acadêmico • 2.189 Palavras (9 Páginas) • 6.806 Visualizações
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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – DCVida
NÚCLEO COMUM DA SAÚDE
DISCIPLINA: Saúde Coletiva
CASOS CLÍNICOS (ELABORAÇÃO DOS PROJETOS TERAPÊUTICOS SINGULARES) E QUESTÕES COMPLEMENTARES
PESO: 10 PONTOS
Orientações para realização do trabalho:
- O trabalho deverá ser realizado em grupos (de 3 a 5 pessoas por grupo).
- A data limite para entrega do trabalho será o dia 19 de novembro de 2015. O trabalho deverá ser enviado por e-mail (vanessa.battisti@unijui.edu.br) até esta data.
- Não haverá aula presencial no dia 18 de novembro de 2015. O envio do trabalho por e-mail (até o dia 19/11) contará como presença para a aula. Portanto, vocês poderão utilizar o horário da aula para discutir os casos entre o grupo.
Atividade 1:
Construa o Projeto Terapêutico Singular (PTS) nos casos clínicos relatados abaixo, considerando os 4 momentos importantes na elaboração de um PTS:
1. Hipóteses diagnósticas;
2. Definição metas;
3. Divisão de responsabilidades;
4. Avaliação e reavaliação
CASOS CLÍNICOS:
1. Paciente, mulher, 40 anos, procura a unidade de saúde e relata que o seu companheiro, 32 anos, fumante, dependente de álcool, teve uma crise na noite passada e a agrediu. Paciente apresenta dificuldades para relatar os fatos, parece nervosa e perdida. Além disso, apresenta tremores e está com sua pressão alterada (hipertensão). Se você fizesse parte da Equipe de Saúde da Família que a paciente procurou, o que você faria? Considere os conceitos de clínica ampliada.
Ao procurar a unidade de saúde, a mulher com os sintomas fisiológicos alterados, causado pelo ocorrido, primeiramente deve-se tentar acalmá-la naturalmente, se for necessário aplicar medicação, não forte, pois a mesma está em crise que prejudicou sua saúde mental, principalmente por estar hipertenso, o que numa pessoa “normal” é um quadro que pode ser grave. Deveria ser encaminhado o caso para polícia, pois não se deve esconder que é uma agressão, no entanto deve-se tratar a saúde mental do esposo, pois o uso contínuo em demasia de álcool ocasionou problemas interpessoais e de convivência com a esposa, sendo assim, encaminhá-lo ao CAPS. A conversa e pesquisa familiar neste caso deve ser feita e descoberta pelo agente de saúde, então encaminhado pelo médico ao espaço adequado para tratar o mesmo, e consequentemente a esposa também, pois a mesma pode ter problemas futuros. Continuamente com o tratamento principalmente mental dos dois, deve-se adequar uma dieta adequada pelo nutricionista e muito importante, consultas psicológicas para dar fim ao problema. A equipe de enfermagem nestes casos se faz presente constantemente, no CAPS ou na unidade de saúde, para auxiliar no tratamento em geral. O farmacêutico se faz presente no tratamento medicamentoso o que é de extrema importância.
2. Paciente, mulher, 56 anos, hipertensa, diabética e dislipidêmica, sedentária, procura a unidade de saúde com dificuldades para caminhar devido ao excesso de peso. Relata que quando realiza atividades físicas sente falta de ar, fadiga e uma dor no peito (angina). Está com dificuldade na cicatrização das feridas, principalmente nos pés, sente formigamentos, porém teve diminuição na sensibilidade térmica e dolorosa. Apresenta dificuldades para enxergar. Percebeu uma diminuição no volume de urina associado com uma coceira generalizada (prurido), náusea, dor de cabeça, mal estar e fadiga. Exames de sangue mostraram que a glicemia, colesterol totais e triglicerídeos estão elevados. Devido à elevação da taxa de glicemia desenvolveu catarata no olho esquerdo. Se você fizesse parte da Equipe de Saúde da Família que a paciente procurou, o que você faria? Considere os conceitos de clínica ampliada.
A paciente provavelmente encontra-se com diabetes descompensado, que pode ser a causa das feridas, e a dificuldade de cicatrização das mesmas; os formigamentos e diminuição da sensibilidade térmica e dolorosa são sintomas neurológicos decorrentes do diabetes; a dificuldade para enxergar, bem como a catarata já desenvolvida no olho são retinopatias diabéticas decorrente das altas taxas de glicose no sangue; a diminuição no volume da urina e o prurido ao urinar podem ser resultado de dificuldade para esvaziamento da bexiga em decorrência da perda de sua enervação que pode provocar perda de função renal e funcionar como fator de manutenção de infecção urinária; a hipertensão, excesso de peso e dislipidemia também estão associadas ao diagnóstico de diabetes por essas doenças terem maior prevalência em pacientes diabéticos. A paciente deve ser bem recebida pela equipe do ESF, ouvida pelo agente de saúde que atende a região em que mora, e ter a consciência de que a unidade de saúde estará sempre de portas abertas para recebê-la, seja para verificar sua pressão que deve ser controlada, bem como fazer testes de HGT, se a mesma não possui o equipamento em sua casa, atividades estas que podem ser desenvolvidas por qualquer profissional da área da saúde que a atenda, seja equipe de enfermagem, médico, nutricionista, farmacêutico, etc. Ela deve ser encaminhada ao nutricionista que prescreverá um plano alimentar adequando a sua condição de saúde, para controle do diabetes e da pressão, redução de peso e dos índices de colesterol e triglicerídeos. Um médico deve cuidar da questão da dor no peito e demais problemas cardíacos, bem como a possível infecção urinária, a catarata e dificuldade para enxergar e dificuldade na cicatrização de feridas, e se achar necessário, encaminhá-la ao especialista e prescrever medicação necessária. A equipe de enfermagem deve cuidar também da cicatrização de feridas, fazendo curativos e demais cuidados necessários, e o farmacêutico cuidando da parte medicamentosa necessária no tratamento desta paciente.
3. Paciente, homem, 80 anos, procura a unidade de saúde do seu bairro e relata que a sua esposa está tentando envenená-lo. Paciente possui dificuldade de locomoção, não consegue escutar e compreender a equipe de saúde, possui problemas de visão e é hipertenso. Quando a equipe de saúde o questiona sobre a situação com sua esposa, repete várias vezes a mesma coisa e as falas são desorganizadas, tornando difícil a compreensão da situação. Se você fizesse parte da Equipe de Saúde da Família que o paciente procurou, o que você faria? Considere os conceitos de clínica ampliada.
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