Centro Politécnico Treinamento Ensino e Pesquisa
Por: Nayra Oliveira • 15/11/2018 • Trabalho acadêmico • 6.763 Palavras (28 Páginas) • 336 Visualizações
Centro Politécnico Treinamento Ensino e Pesquisa
Adriana de Cassia Barbosa
Helen Abadia Resende
Horrana Ranielly Bastos
Maria Isabel Braz Amaral
Nayra de Oliveira Cruzeiro
Tássya Rodrigues Carvalho
Medicamentos
Patos de Minas – MG
2018
INTRODUÇÃO
A administração de medicamentos é uma tarefa de grande responsabilidade da enfermagem. Há necessidades de se ter conhecimento sobre farmacologia, relacionando-a a ação, dose, uso, método e efeitos colaterais. Remédios são os recursos ou expedientes para curar ou aliviar o desconforto e a enfermidade. Os medicamentos são substâncias ou preparações que se utilizam como remédio, elaborados em farmácias ou indústrias farmacêuticas que atendem especificações técnicas e legais. Assim, um preparado caseiro com plantas medicinais pode ser um remédio, mas ainda não é um medicamento.
O tratamento com um medicamento requer que ele alcance a região ou as regiões-alvo em tecidos em que o medicamento realiza sua ação. Normalmente, o medicamento é introduzido no corpo (processo de administração), algumas vezes longe dessa região-alvo. O medicamento tem de se mover pela corrente sanguínea (processo de absorção) e ser transportado até as regiões onde é necessário (processo de distribuição). Alguns medicamentos são alterados pelo corpo quimicamente (processo de metabolismo) antes de exercerem a sua ação, outros são metabolizados posteriormente e outros não são metabolizados em nenhum momento. A fase final consiste na remoção do medicamento e de seus metabólitos do corpo (processo de eliminação).
Fatores que afetam a segurança química durante administração de medicamentos:
- Idade: idosos e crianças possuem menor capacidade de absorção, circulação e eliminação de medicamentos. O feto e o recém-nascido possuem órgãos imaturos, tornando-os mais suscetíveis aos efeitos da droga.
- Tamanho corporal: o peso de um adulto médio é cerca de 70kg e, portanto, há necessidade de ajuste (aumento ou diminuição) da dosagem para a obtenção de efeito terapêutico.
- Sexo: mulheres possuem maior quantidade de tecido adiposo, o qual é menos vascularizado e, portanto, necessitaram de doses maiores para a obtenção do mesmo efeito em relação aos homens. A gestação, por sua vez, consiste em fator importante a ser considerado pois contraindica a grande maioria dos medicamentos, tendo em vista que a maioria das drogas conseguem atravessar a barreira transplacentária, podendo afetar o feto, particularmente no primeiro trimestre gestacional.
- Funcionamento dos sistemas orgânicos: o funcionamento fisiológico dos sistemas orgânicos determina como as drogas afetam o organismo. O comprometimento dos sistemas circulatório, renal e/ou hepático podem reter as substâncias no organismo, prejudicando a eficácia da terapia medicamentosa.
- Fatores psicológicos: aparentemente, as condições emocionais de um indivíduo afetam sua resposta a medicação, entretanto, a avaliação de forma objetiva é considerada difícil. Observa-se, porém, que os indivíduos reagem melhor quando possuem confiança no tratamento.
- Condições patológicas: a patologia afeta a resposta do organismo as drogas.
- Informações sobre medicamentos na história clínica: são úteis para identificar as reações incomuns e/ou alergias medicamentosas.
Problemas relacionados aos efeitos da droga:
- Efeitos colaterais: variam desde efeitos colaterais leves (náuseas discretas, por exemplo) até efeitos amis acentuados. No caso de efeitos acentuados, faz-se necessário o ajuste da dosagem ou até mesmo sua suspensão.
- Toxidade da droga: pode ocorrer em virtude de níveis levados da droga circulante em função da diminuição do metabolismo celular, quer pela incapacidade do organismo em eliminar a droga, quer pela dosagem excessiva alta.
- Reações alérgicas: em alguns indivíduos, ocorre a sensibilização em razão de determinado medicamento que atua como antígeno no organismo, estimulando a produção de anticorpos. Se estes indivíduos recebem o medicamento uma segunda vez, desencadeia-se uma reação alérgica, que pode variar desde lacrimejamento, urticária, prurido, eritema, sensação de angústia até o choque anafilático e a morte.
- Tolerância medicamentosa: certos indivíduos desenvolvem tolerância à droga, necessitando cada vez de doses maiores para a obtenção do efeito terapêutico inicial.
- Interação medicamentosa: ocorre quando os efeitos de determinada substância são modificados por uma segunda droga. Os resultados dessa interação podem ser benéficos, ou prejudiciais podendo caracterizar-se por adição ou potencialização. A adição ocorre quando se administrou duas drogas numa dosagem baixa para evitar os efeitos adversos de uma dosagem maior. A potencialização é o aumento do efeito de uma segunda droga, ou seja, obtém-se um efeito superior da droga que seria conseguido se fosse administrada isoladamente.
- Antagonismo medicamentoso: é quando uma droga altera os efeitos de uma segunda droga.
- Incompatibilidade medicamentosa: diz respeito a medicações que não podem ser misturados. Relaciona-se a medicamentos que, quando colocados em uma mesma seringa ou infusão endovenosa antes de sua administração, precipitam formando pequenos cristais ou partículas na solução.
- Vício: é a dependência física e/ou psicológica de uma droga em função do bem estar ou alívio da dor.
Princípios gerais e fundamentais a serem observados no preparo e administração de medicamentos:
- Nunca administrar medicamentos em dúvida, as quais podem estar relacionadas a:
- Letra legível;
- Dosagem duvidosa;
- Rótulo da embalagem parcialmente alterado;
- Nome de medicamento diferente da prescrição.
- Lavar as mãos antes e após o preparo e administração do medicamento.
- Conferir o prazo de validade do medicamento.
- Evitar distrações, lendo cuidadosamente o rótulo do frasco de medicamento três vezes:
- Ao pegar o frasco;
- Ao retirar o medicamento do frasco;
- Ao guardar, ou antes, de desprezar o frasco vazio de medicamento.
- Não tocar no medicamento com as mãos.
- Não administrar medicamentos preparados por outra pessoa.
- Verificar a existência de alergias por parte do paciente, a quaisquer medicamentos e anotar no prontuário, em lugar visível, destacando esta informação.
- Dúvidas apresentadas pelo paciente sobre o medicamento devem ser resolvidas antes de administra-lo.
- Preparar o medicamento em local apropriado imediatamente antes de ser administrado.
- Todo medicamento deve ser prescrito pelo médico exceto alguns prescritos pelo enfermeiro ou dentista no uso de seus direitos legais.
- Observar as reações do paciente e seus efeitos colaterais dos medicamentos.
- Proteger os medicamentos dos raios solares.
- Observar as regiões anatômicas corretas para administração dos medicamentos, de acordo com a via de administração indicada.
- Desprezar os materiais perfuro-cortantes em recipientes apropriados, de paredes rígidas.
- Administrar somente medicamentos prescritos e com assinatura legível do profissional. Somente em situações de emergência é que se pode atender prescrição verbal direta ou telefônica, que deverá ser transcrita logo que possível pelo profissional que orientou a administração do medicamento.
- As prescrições médicas tem validade de 24 horas.
- Calcular corretamente a quantidade necessária de medicação, a partir da droga disponível.
DESENVOLVIMENTO
A administração de vacinas é chamada vacinação e sua eficácia tem sido amplamente estudada e verificada.
- Via intramuscular
Na via intramuscular a vacina é introduzida dentro do tecido muscular. Essa via é muito utilizada porque possui uma rápida absorção. A musculatura deve ser bem desenvolvida, pois assim teremos mais facilidade de acesso, não há risco de atingir vasos de grande calibre e a inervação não é superficial.
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