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Como o enfermeiro deve lidar com o paciente idoso com a doença de Alzheimer?

Por:   •  17/8/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.883 Palavras (8 Páginas)  •  528 Visualizações

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1. PROBLEMA

Como o enfermeiro deve lidar com o paciente idoso com a doença de Alzheimer?

2. TEMA

A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro caracterizada por uma perda das funções cognitivas, manifestando-se inicialmente por alterações da memória episódica.

Estes défices amnésicos agravam-se com a progressão da doença, e são posteriormente acompanhados por défices visuo-espaciais e de linguagem. O início da doença pode muitas vezes dar-se com simples alterações de personalidade, com ideação paranóide.

A base histopatológica da doença foi descrita pela primeira vez pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer em 1909.                                                        A perda de memória causa a estes pacientes um grande desconforto em sua fase inicial e intermediária, já na fase adiantada não apresentam mais condições de perceber-se doentes, por falha da auto-crítica. Não se trata de uma simples falha na memória, mas sim de uma progressiva incapacidade para o trabalho e convívio social, devido a dificuldades para reconhecer pessoas próximas e objetos. Mudanças de domicílio são mal recebidas, pois tornam os sintomas mais agudos. Um paciente com doença de Alzheimer pergunta a mesma coisa centenas de vezes, mostrando sua incapacidade de fixar algo novo. Palavras são esquecidas, frases são truncadas, muitas permanecendo sem finalização.

        A escolha do tema foi feita para melhor conhecimento da doença de Alzheimer e como os enfermeiros devem cuidar do paciente com esta doença.

        Tendo um conhecimento melhor do assunto, o enfermeiro poderá estar orientando a família, a continuar este cuidado em casa, sabendo lidar com a doença para obter um resultado positivo do tratamento.

3. OBJETIVOS

3.1. OBJETIVO GERAL

        Identificar os cuidados específicos que o  enfermeiro deve ter com o paciente idoso portador da doença de Alzheimer, no que se diz respeito ao bem estar do mesmo e/ou em convívio com sua família e sociedade, proporcionando-lhe um cuidado holístico.

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Descrever o que e quais fatores podem levar à doença.
  • Conhecer os cuidados que este paciente necessita.
  • Determinar o papel do enfermeiro (a) diante a doença.
  • Apontar os cuidados específicos necessários da enfermagem ao paciente idoso com a doença de Alzheimer e à família, direcionando-os para o bom convívio e bem estar dos mesmos.

4. JUSTIFICATIVA

O motivo da escolha do tema decorre do fato de não haver muitas informações do cuidado com o idoso de Alzheimer entre a população e os acadêmicos de Enfermagem, sendo que Alzheimer é uma doença que pode ser facilmente controlada, mas deve-se ter uma boa orientação do que é a doença e saber identificá-la através de seus sintomas para que se possa iniciar um tratamento desde o início.

A expectativa de vida da população brasileira está aumentando e a preocupação com a saúde dos idosos é mais valorizada do que antes, pois não adianta viver mais, se não viver bem.

A falta de informação sobre a doença é motivo para um mau cuidado, e por falta de conhecimento é que ás vezes pode-se perder o paciente por ser tarde demais para realizar o tratamento, por isso os enfermeiros devem conhecer e saber como lidar com pacientes Alzheimer para poder orientar os cuidados à família, e quando o paciente não pode ter esses cuidados com a própria família, o enfermeiro deve prestar o cuidado, seja em domínio hospitalar, seja em domicílio.

Neste projeto vamos enfocar esse cuidado ao paciente, onde o mesmo se encontra sensibilizado e incapacitado de exercer certas ações. Iremos mostrar a importância do papel do enfermeiro na assistência à família e com o cuidado das necessidades de Alzheimer para prevenção, cuidados e melhor resultado do tratamento.

5. REVISÃO DE LITERATURA

Segundo Alois Alzheimer (1901, p.1), a história da doença de Alzheimer se inicia:

No dia 14 de junho de 1864, nasceu Alois Alzheimer, na cidade alemã de Marktbreit, filho de Eduard Alzheimer e sua segunda esposa Theresia. Alois estudou medicina em Berlin, apresentando, em 1887, sua tese doutoral sobre “As Glândulas Ceruminais”. Foi nomeado como médico residente no Sanatório Municipal para Dementes e Epilépticos, na cidade de Frankfurt, em dezembro de 1888, sendo logo promovido a médico senior. Casou-se em 1894 com C. S. Nathalie Geisenheimer, que lhe deu três filhos. A esposa veio a falecer em 1901.

        Tal como citado a origem do termo “Mal de Alzheimer” deu-se:

Em 1901, quando Dr. Alzheimer iniciou o acompanhamento do caso da Sra. August D., admitida em seu hospital. Em novembro de 1906, durante o 37° Congresso do Sudoeste da Alemanha de Psiquiatria, na cidade de Tubingen, Dr. Alois Alzheimer faz sua conferência, com o título “ SOBRE UMA ENFERMIDADE ESPECÍFICA DO CÓRTEX CEREBRAL”. Relata o caso de sua paciente, August D., e o define como uma patologia neurológica, não reconhecida, que cursa com demência, destacando os sintomas de déficit de memória, de alterações de comportamento e de incapacidade para as atividades rotineiras. Relatou também, mais tarde, os achados de anatomia patológica desta enfermidade, que seriam as placas senis e os novelos neurofibrilares. Dr. Emil Kraepelin, na edição de 1910 de seu “Manual de Psiquiatria”, descreveu os achados de Dr. Alzheimer, cunhando esta patologia com seu nome, sem saber da importância que esta doença teria no futuro.

        Contudo, Dr. Alois foi acometido de uma grave infecção cardíaca (endocardite bacteriana) em 1913.

Seguiu enfermo por dois anos, quando no dia 19 de dezembro de 1915 veio a falecer de insuficiência cardíaca e falência renal, na cidade de Breslau, Alemanha.

A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência, respondendo por mais de 60% delas. Não se sabe ainda a causa ou as causas, não se tem ainda um exame de laboratório ou de imagem que possa dar o diagnóstico, ou mesmo que faça uma previsão mais acertada que a pessoa possa ter no futuro uma maior tendência para evoluir para uma demência. Não temos ainda um tratamento curativo ou que reduza a progressão desta doença, muito menos vacinas ou qualquer outro tipo de terapêutica que previna. O que temos são medicamentos que podem melhorar um pouco a memória e o comportamento, o que já é um alento e uma esperança de tratamento.

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