Comunicação e entrevista em saúde
Por: Gabriela Fernandes • 13/4/2019 • Relatório de pesquisa • 875 Palavras (4 Páginas) • 191 Visualizações
A COMUNICAÇÃO E A ENTREVISTA EM SAÚDE
FORMAS DE COMUNICAÇÃO: verbal, não-verbal-paralinguagem e abstrata
- Verbal: Utiliza-se a linguagem e sua expressão, vocalizações na forma de sorrisos, gemidos ou gritos. Por apresentarmos maior controle consciente sobre a Comunicação Verbal, esta não é o indicador mais confiável dos verdadeiros sentimentos.
- Não-Verbal-Paralinguagem: Linguagem corporal, incluindo gestos, movimentos, expressões faciais, posturas e reações. A Paralinguagem é considerada uma comunicação não-verbal – o tom de voz, a entonação, a velocidade, as pausas, o volume e a ênfase do discurso. As crianças são capazes de entender a paralinguagem muito antes de conhecer o significado das palavras, sentindo ansiedade ou medo pelo tom de voz.
- Abstrata: Manifesta-se sobre a forma de brincadeiras, expressão artística, símbolos, fotografias e escolha de roupas.
GUIAS PARA COMUNICAÇÃO E ENTREVISTA
- Estabelecimento do ambiente para a entrevista: apresentação do entrevistador, a explicação do motivo da entrevista, ambiente propício, conhecimento preliminar da família (atentar para cada pessoa ser chamada pelo nome), garantia de privacidade e sigilo.
- Comunicação com os pais:
Estimular os pais a falarem para expressarem pensamentos, atitudes, dúvidas e sentimentos. As perguntas do entrevistador devem ser formuladas cuidadosamente para obtermos as informações específicas necessárias. Devem ser:
- Perguntas abertas. Não são ameaçadoras e estimulam a descrição.Ex: “O que José está comendo atualmente?” E não “José come o mesmo que as outras pessoas da família?”caso a mãe pareça estar cansada, devemos perguntar: O que você faz para relaxar? Devemos sempre demonstrar atenção às respostas. As perguntas abertas geralmente começam com expressões como: O que...? Como...? Fale-me sobre...? Você diz que..., ou devolver uma palavra-chave.
- Reflexões. Ex: Silêncio é necessário para selecionar pensamentos e sentimentos. Diante de situações graves apoiar os pais ou a criança alegando estar ao seu lado para dividir sua dor.
- Expressões orientadoras: Norteando a entrevista. Quando o entrevistado tenta falar de outros filhos, deixando o foco central. Comentar: “Falaremos das outras crianças mais tarde, você estava falando das atividades de Paulo na Escola.”
OBSTÁCULOS PARA A COMUNICAÇÃO:
- Fornecer conselhos irrestritos, e, as vezes, não solicitados
- Oferecer reafirmação prematura ou inadequada
- Fornecer encorajamento precoce
- Defender uma situação ou opinião
- Utilizar comentários ou chavões estereotipados
- Interromper expressão de emoções, através de perguntas diretas ou restritivas
- Interromper e completar a frase da pessoa
- Falar mais do que a pessoa entrevistada
- Formar conclusões preconceituosas
- Mudar propositalmente o foco ou centro da entrevista
“A CRIANÇA NÃO DEVE SER EXCLUÍDA DA ENTREVISTA”
COMUNICAÇÃO COM AS CRIANÇAS
- Evitar aproximar-se precipitadamente com gestos e palavras
- Caso a criança tenha um brinquedo, começar a conversar primeiro com ele. Ex: “Seu ursinho tem nome?”
- Evitar contato visual prolongado (inibição)
- Conversar em um mesmo nível de altura.(situção menos ameaçadora)
- Preservar o vínculo mãe-filho, durante a entrevista
- Manter voz tranqüila, calma e segura
- Linguagem simples, de fácil compreensão
- Ser honesto, não fazendo promessas que não possam ser cumpridas e dizendo a verdade para não decepcioná-la mais tarde. Ex: injeção:
- Evitar usar a palavra “NÃO”, para se obter maior cooperação. Ex: ERRADO: “Não coma o lápis” CORRETO:“ O lápis é para escrever”
- Descrever sempre os procedimentos que serão feitos, porém efetuar a intervenção logo após, para não gerar ansiedade.
- Oferecer controle da situação. Ex ERRADO: Você gostaria de tirar sua roupa para o exame físico? CERTO: Nós precisamos tirar sua roupa para o exame. Você quer que eu te ajude??
FASES DO DESENVOLVIMENTO:
Lactente: voz suave, tranqüila, aconchego. Segurá-los preferencialmente na posição vertical, para que possam ver os pais.
Pré-escolar: ( Menores de 5 anos - fase concreta e egocêntrica) São incapazes de separar o real da fantasia, eguem expressões literais .Ex: “duas caras” , “será como uma picada de mosquito” Cuidado com essas expressões! As crianças atribuem vida aos objetos inanimados. Devemos usar linguagem simples, suscinta e clara.
Escolar: (5 a 8 anos) Desejam explicações e razões. Devemos explicar com linguagem simples suas dúvidas.
Ajudar a criança a expressar suas dúvidas e preocupações.
Adolescente: Permitir ao adolescente mais privacidade, mas em alguns momentos torna-se relevante a entrevista familiar. Saber manter o sigilo.
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