Determinantes sociais de saude
Por: jul.ufsb • 9/3/2018 • Artigo • 986 Palavras (4 Páginas) • 490 Visualizações
Universidade Federal do Sul da Bahia
discente: Juliana Cruz Barreto
C.c: Campos da Saúde ; Saberes e Práticas
DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE
O texto de Carlos Batistella explica a conceituação de saúde e doença, através de uma ordem cronológica, buscando uma nova visão para obter tratamentos e prevenções mais humanizados. A primeira interpretação comentada no texto foram as ideias Mágico – religiosas, esses modelos de explicação de saúde e doença fazem alusão a uma diversificada forma de cura do ser humano na antiguidade, o pensamento mágicoreligioso será responsável pela manutenção de coesão social pelo desenvolvimento inicial da prática médica. Em diferentes povos, o papel da cura estava ligados a diversos indivíduos, que de alguma forma representavam fé e confiança para a população, e que eram responsáveis pelos tratamentos e preservações de doenças. Essas pessoas, eram vistas como líderes espirituais que mantinham um contato com o universo divino, uma espécie de mediadores entre o sobrenatural e os povos. Eles eram encarregados de práticas os processos de cura, erradicando o mal e reiterando o doente na sociedade. Usavam de diferentes artifícios como, chás, rezas, expurgação, cânticos, danças entre outros. A forma de tratamento desses povos, levava em consideração as relações sociais do indivíduo dentro da sua comunidade, mas apesar de todos esses esforços de tratamentos e reabilitação do ser humano, os problemas de saúde cresciam exponencialmente por conta do crescimento da sociedade. Uma ideia que faz parte da história do contexto saúde doença, foi o pensamento hipocrático. No apogeu da civilização grega, vai haver um rompimento da superstição e das práticas mágicas, para um pensamento mais racional dos fenômenos da saúde e doença. A observação empírica da natureza e das relações humanas, irá fornecer os elementos centrais para um melhor entendimento pensante do adoecimento humano. Hipócrates, relacionava o que acontecia na natureza com as doenças que acometiam a população naquele século, sem o uso de nenhuma tecnologia ou sem ao menos o descobrimento dos microrganismo, ele conseguia correlacionar e fomentar ideias para uma possível explicação dos males. Ele atribuiu como fatores responsáveis para as doenças locais o clima, o solo, a água, o modo de vida e os alimentos que eram utilizados para a nutrição. A relação com o ambiente é um traço característicos da compreensão hipocrática do fenômeno saúde-doença. Já na idade na média, a população sofria por falta de informação, já que a igreja pregava que as doenças eram causada por castigo para pegar os pecados. Foi uma época que surgiram muitas doenças endêmicas, onde a igreja tomava conta dos doentes não por “compaixão”, mas com a intenção de pretender a salvação daquele “pecador” na hora da sua morte. Então, os conventos e as igrejas eram os locais onde se encontram a maioria das pessoas doentes, algumas doenças como lepra, que é contagiosa, era um meio de maior exclusão social, pois o doente que era acometido por esse mal, usava roupas que eram características e não podia andar entre as outras pessoas. A difusão da igreja católica e de sua visão tornou marginal qualquer explicação racional que pretendesse aprofundar o conhecimento a partir da observação da natureza, a especulação científica, era portanto, desnecessária e considerada com blasfêmia, por muito tempo a igreja católica perseguiu pessoas que queriam explicações fora do “querer” divino para as doenças, o modo era constante nos burgos medievais. Em 1374, a peste bubônica também chamada de peste negra, doença que infectava os humanos através das pulgas dos ratos, dizimou cerca de ¼ da população europeia. Somente no final da idade média, aos poucos, foram sendo desenvolvidas normas sanitárias afim de normatizar o local de moradia, já que excrementos de animais e humanos eram lançados a céu aberto, e aumentava o contingente populacional. Algumas medidas foram tomadas, como, pavimentação das ruas, recolhimento dos lixos, e canalização dos dejetos. Com o advento do renascimento, voltam a ser observadas a natureza e o processo de vida humano, o poeta médico Griolamo Fracastoro publica a obra De Contagione, onde expõe sua hipótese sobre o contágio de sífilis, associando-a ao ato sexual. Surgiam vários pensamentos sobre a doença a saúde desvinculada a figura de Deus, passam a ser desenvolvidos estudos em anatomia, fisiologia, e de individualização da descrição das doenças, fundada na observação clínica e epidemiológica. A experiência e os estudos mais profundos dos médicos fortalecia os estudos sobre o adoecimento humano. Com o fim do feudalismo, dando início ao capitalismo, o indivíduo passa a ser cada vez mais importante nas questões econômicas e políticas da sociedade, a introdução da máquina a vapor intensifica o ritmo produtivo, o modelo fordista com as suas péssimas condições de trabalho, começa a chamar atenção dos administradores, e consequentemente a insatisfação da mão de obra. Com os levantes e as greves operárias, surge o início da medicina social. Nesse contexto, a medicina passa a considerar os aspectos econômicos, sociais e culturais envolvidos na saúde/doença da população. No final do século X!X, com o auxílio do microscópio, o químico francês Loius Pasteur, descobriu alguns tipos de microrganismos. Embora Pasteur manifestasse o desejo de comprar a participação de bactérias específicas para cada doença, ainda não tinha sido possível, só avançando mais tarde com as experiências do botânico Ferdinand Cohn e sua equipe. O “surgimento” de larvas e vermes diante algo em putrefação, ficou conhecido a teoria miasmática, conjunto de matéria orgânica apodrecida. Atualmente, o modelo de tratamento e prevenção de saúde/doença é o multicasual, em que que não só sexo, idade, hábitos e costumes interferem no diagnóstico. O modo de vida, ambiente onde habita, os “valores” da comunidade, como o que é preciso ter para ser feliz, a percepção de mundo do indivíduo, entre outros fatores sensitivos e sociais, permeiam o bem estar do ser humano, contribuindo para o adoecimento ou não. A busca do diagnóstico e/ou prevenção, hoje, não se baseia apenas o fisiológico ou biólogo, ela tende a examinar o indivíduo num todo, entendendo e ajudando a melhorar sua parte psicológica e funcional da sociedade
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