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ESTUDO DE CASO: PACIENTE COM ANEMIA FALCIFORME

Por:   •  13/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.993 Palavras (12 Páginas)  •  2.315 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE BACABAL – CESB

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

CURSO: ENFERMAGEM BACHARELADO

 

 

JOSE RIBAMAR JUNIOR RAMOS DA SILVA

 

 

ESTUDO DE CASO: PACIENTE COM ANEMIA FALCIFORME

 

 

São Luís

2015

 JOSE RIBAMAR JUNIOR RAMOS DA SILVA

 

 

ESTUDO DE CASO: PACIENTE COM ANEMIA FALCIFORME

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado II, desenvolvido no 8º período das atividades do estágio na disciplina de Saúde da Criança, no curso de        Enfermagem Bacharelado da Universidade Estadual do Maranhão.

Preceptor: Enf. Elita Maria Bezerra De Araújo

 

 

São Luís

2015

 SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO        03

2 – DESCRIÇÃO DO CASO        04

3 – FARMACOLOGIA        04

4 –DIAGNÓSTICOS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM        07

5 – EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM        08

6 – PLANO DE ALTA        09

7 – DISCUSSÃO        09

8 – CONCLUSÃO        10

REFERÊNCIAS        11

1 INTRODUÇÃO

A doença falciforme é uma das enfermidades mais antigas da humanidade, ocorre com frequência no continente africano. A imigração forçada dos africanos em decorrência da escravidão, no período do Brasil colônia, trouxe o gene a todo território brasileiro. Desse modo, percebe-se que a doença é etnicamente hereditária e incurável, mas pode ser estabilizada e de alta morbidade e mortalidade, sendo seu tratamento tradicionalmente compreendido, como de competência dos centros hematológicos. Na década de 1990, segundo FURTADO (2012), graças aos movimentos sociais formados por amigos, familiares e pessoas com a doença, o processo de organização social e de reivindicação por políticas públicas foi iniciado. Em 2001, o exame que detecta anemia falciforme foi incluído no Programa Nacional de Triagem Neonatal dos estados da Federação. Em 2005, a Portaria ministerial nº1.391 incluiu a atenção aos doentes falciformes no Sistema Único de Saúde.

A doença falciforme é uma alteração genética, caracterizada por um tipo de hemoglobina mutante designada por hemoglobina S ou HbS que desenvolve a distorção dos eritrócitos, fazendo-os gerar a forma de “foice” ou “meia-lua”. O termo doença falciforme caracteriza as hemoglobinopatias nas quais pelo menos uma das hemoglobinas mutantes é a HbS. As doenças falciformes mais comuns são a anemia falciforme ou HbSS, a S talassemia ou microdrepanocitose e as duplas heterozigoses Hb SC e Hb SD (FURTADO, 2012). Para o diagnóstico positivo de uma das três situações supracitadas é primordial entender a forma de herdar a doença falciforme. Na maioria dos casos, os pais de pacientes com doença falciforme são portadores assintomáticos dessa alteração genética. A scircunstancia mais comum se verifica quando dois portadores assintomáticos de falciforme, com herança genética representado pela hemoglobina HbA vinculada à hemoglobina S (HbS) e cuja representação universal é HbAS, se unem, configurando uma prole.

 

Vale lembrar que as crianças com Anemia Falciforme e com níveis de hemoglobina de 6 a 8 g/dl tem uma elevação do débito cardíaco em repouso de 50% devido à necessidade de aporte de oxigênio aos tecidos. A priori este aumento ocorre devido ao elevado débito cardíaco que leva à alterações clínicas de circulação hiperdinâmica, sopros cardíacos e ate mesmo o surgimento de cardiomegalia. Esta última é devida a uma adaptação à anemia e não deve ser considerada patológica. Algumas crianças desenvolvem insuficiência cardíaca na ausência de queda súbita dos níveis de hemoglobina. A maior parte das crianças se adaptam ao aumento da demanda cardíaca pela anemia crônica e geralmente tem uma capacidade de exercício reduzida de 55% a 70% (FURTADO, 2012).

2 DESCRIÇÃO DO CASO

T.T.S.S., sexo feminino, 5 anos e 4 meses, é a terceira filha de três, pardo, natural de prédio de anapurus/MA. Mãe relata fatos anteriores sobre doenças, afirma que a mesma já foi internada uma vez no Hospital da Criança, a um ano atrás. Nascida de parto normal, possui carteira de vacinação atualizada, criança foi amamentada até os 12 meses. Nega procedimentos cirúrgicos, acidentes e traumatismos. Mãe divorciada do segundo casamento demonstrou-se otimista com a evolução da filha, porém diz que está muito preocupada pois não tem condições financeiras de tratar de sua filha em são luís (capital) e que em sua cidade no interior não possui hemocentros. A menor reside com a mãe mais dois irmão de outro pai, possuem renda familiar baseada na bolsa família, bolsa escola e pensão alimentícia, vivem em casa alugada de alvenaria com quatro cômodos, com água tratada, saneamento básico adequado e o lixo é queimado periodicamente. Deu entrada no Hospital da Criança às 04h00 a.m. no dia 06/04/2015, procedente do interior do estado, queixando-se de hipertermia, cansaço extremo, fraqueza, astenia, crises dolorosas (nos ossos, músculos e nas articulações), palpitação, taquicardia, cefaleia, náuseas, lombalgia, vomito, dores abdominais e episódios de diarreia (de aspecto mole e fétido). No momento da admissão: ativo, reativo, VE em aa, sem sinais de desconforto respiratório; em repouso no leito; eucárdico, normotenso, eupnéico, afebril, acianótico, anictérico, pele íntegra. Crânio anatomicamente regular e sem deformidades, couro cabeludo com bom aspecto, órgãos dos sentidos sem alterações. Região cervical com gânglios palpáveis; Tórax plano e com boa expansividade, abdome flácido, não doloroso à palpação; MMSS e MMII sem edemas e anatomicamente normais; eliminações fisiológicas preservadas; aceita bem a dieta por via oral, sono e repouso preservados; Aos SSVV: PA: 90x50 mmHg, FR: 20 irpm, Tax: 36.5ºC.

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