Enfermagem e exercicio da profissão
Por: tayze.almeida • 21/6/2017 • Exam • 765 Palavras (4 Páginas) • 433 Visualizações
Maternidade
Tereza é uma jovem gestante, casada que iniciou o pré-natal no final da gravidez no centro de saúde próximo à sua casa. Após sentir dores tipo cólicas, Tereza procurou a unidade de saúde para atendimento, mas na ocasião o médico da equipe estava em visita domiciliar. Era a segunda vez que a gestante procurava a unidade e em seu prontuário não havia registros do primeiro atendimento do enfermeiro, apenas anotação de uma consulta de enfermagem realizada pelo técnico de enfermagem. A enfermeira foi chamada para realizar o atendimento e após avaliação constatou que Tereza apresentava contrações e a encaminhou para a maternidade.
Na maternidade o trabalho de parto evoluiu e Tereza deu a luz a uma criança que veio a óbito dois dias após o parto. O pai da criança Sr. Pedro inconformado, acusou a enfermeira que fez o parto de descaso e erro durante o parto, pois no dia não recebera nenhuma notícia a respeito das condições de nascimento do bebê e percebeu muita correria no corredor da maternidade.
Após avaliação dos fatos a comissão de ética do hospital descobriu que o parto havia sido realizado inicialmente por um enfermeiro obstetra que não atuava há mais de 10 anos. Tal enfermeiro relatou que o trabalho de parto não estava evoluindo e por isso aplicou anestesia local, realizou corte no períneo (episiotomia), e por fim, para facilitar a passagem da criança fez uso de fórceps. Neste momento entrou um segundo enfermeiro na sala de parto e após tomar conhecimento das dificuldades chamou o médico de plantão que assumiu o restante do procedimento. A criança nasceu com baixa vitalidade fetal, requerendo internação em CTI. Dois dias após o nascimento a criança não resistiu e veio a óbito.
1- Após a leitura do caso fictício acima faça uma análise dos fatos e escreva um texto julgando o ocorrido e pontuando os erros cometidos pela equipe de enfermagem desde o início do atendimento na unidade básica até a maternidade, baseado em seu código de ética.
R.: Tratando- se de uma paciente que não teve um acompanhamento de pré-natal eficaz, a equipe de enfermagem tinha que ter recebido a paciente ciente dos fatores de riscos e possíveis complicações que poderiam ocorrer durante o parto, já que a gestante não teve nenhum tipo de acompanhamento. Também, no prontuário da paciente não constava registros do seu primeiro atendimento, a não ser anotações relacionadas à uma consulta de enfermagem que foi realizada por um técnico, descumprindo o artigo 11, que diz que a consulta de enfermagem é de atribuição do enfermeiro e artigo 12, que diz que cabe ao técnico executar atividades de nível médio e ações assistenciais de enfermagem, exceto as privativas do enfermeiro. Nota-se também que, agiu com imprudência imperícia o enfermeiro que realizou o parto, pois o mesmo não exercia tal atividade há mais de 10 anos. Podemos citar como erro também, a falta de comunicação da equipe de enfermagem com o pai da criança, pois o mesmo relata não ter recebido notícias sobre as condições de sua esposa e filho, além de só terem chamado um médico após o nascimento da criança, o que pode ter contribuído com as complicações e até mesmo a morte do recém-nascido, que era evitável com uma assistência de qualidade.
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