Esclerose Múltipla
Por: Witila Mayara • 17/6/2018 • Trabalho acadêmico • 610 Palavras (3 Páginas) • 249 Visualizações
Esclerose múltipla
É uma enfermidade autoimune que afeta o SNC, cérebro e medula espinhal por falha do sistema imunológico, que confunde células saudáveis com invasores. O corpo as ataca provocando danos ao corroer a bainha de mielina, camada protetora que envolve os nervos. O processo de desmielinização influência diretamente na comunicação entre sistema nervoso e todas as outras áreas do corpo, levando a dificuldades motoras, sensitivas, cerebelares e cognitivas.
A doença se manifesta em surtos, sendo o intervalo entre cada surto variável. Há pacientes que têm surtos espaçados e discretos, enquanto outros podem apresentar surtos mais intensos que podem até trazer prejuízos permanentes.
Classificação
Comitê reconhece quatro formas clinicas:
- Renitente recorrente (RR): ataques agudos claramente definidos que evoluem durante dias a semanas. Ocorre recuperação parcial da função no decorrer de algumas semanas a meses. A frequência média dos ataques é de 1 vez a cada 2 anos, e a estabilidade neurológica permanente entre os ataques, sem progressão da doença. (Por ocasião de seu início, 90% dos casos são diagnosticados como RR.)
- Progressiva secundária (PS): sempre começa com RR porém a evolução clínica modifica-se com taxa de recidiva crescente, deterioração constante da função neurológica não relacionada com ataque original. (50% dos pacientes com RR irão evoluir para PS dentro de 10 anos; 90% irão evoluir em 25 anos.)
- Progressiva primária (PP) caracteriza por progressão uniforme de incapacidade desde o início, com exacerbações e remissões. Mais prevalente entre homens e indivíduos idosos, prognóstico mais sombrio para incapacidade neurológica. (10% dos casos são diagnosticados como PP.)
- Recorrente progressiva (RP) igual á PP, porém os pacientes sofrem exacerbações agudas, juntamente com evolução uniformemente progressiva (forma mais rara).
Fatores de riscos
. Idade (70% dos casos são diagnosticados entre os 20 e 40 anos)
. Sexo (mulheres têm 3 vezes mais chances de desenvolver a doença)
. Histórico familiar
. Etnia (caucasianos - pessoas brancas)
. Região geográfica ( Europa, EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia são as áreas mais atingidas e o motivo ainda é desconhecido).
. Histórico de outra doença autoimune, como o diabetes.
Manifestações clínica
Podem ocorrer lesões em qualquer parte da substância branca do SNC. Os sintomas refletem a localização da área da desmielinização.
- Fadiga e fraqueza.
- Reflexos anormais - ausentes ou exagerados.
- Distúrbios visuais- comprometimento da visão, diplopia, nistagmo.
- Disfunção motora- fraqueza, tremores, falta de coordenação.
- Distúrbios sensoriais- parestesias, comprometimento da sensibilidade profunda, comprometimento do senso vibratório e de posição.
- Comprometimento da fala- arrastada, escandida ( disartria).
- Disfunção urinária- hesitação, freqüência, urgência, retenção, incontinência; infecções no trato urinário superior. A disfunção urinária afeta cerca de 90% dos pacientes EM e pode exacerbar a recidiva da doença
- Síndromes neurocomportamentais- depressão, comprometimento cognitivo, labilidade emocional.
- Os sintomas de EM são frequentemente imprevisíveis, variando de pessoa para pessoa e de tempos em tempos na mesma pessoa.
Complicações
- Disfunção respiratória.
- Infecção: vesical, respiratória, sepse.
- Complicações decorrentes da imortalidade.
- Transtorno da fala, da voz e da linguagem, como disartria.
Diagnóstico
O diagnóstico é basicamente clínico e deve ser complementado por ressonância magnética. Pode ser, no entanto, que o médico peça vários exames para excluir outras condições que podem ter sinais e sintomas semelhantes.
Uma vez confirmado o diagnóstico de esclerose múltipla, o tratamento farmacológico deve ser prontamente iniciado. Por se tratar de uma doença inflamatória desmielizante, com manifestação remitente-recorrente, o tratamento tem dois objetivos principais:
. Abreviar a fase aguda
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