Eventos vitais e níveis de prevenção
Por: JoaoCarlos4 • 17/3/2016 • Trabalho acadêmico • 3.175 Palavras (13 Páginas) • 415 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS/PASSOS-MG
CURSO DE ENFERMAGEM
OS EVENTOS VITAIS E OS NÍVEIS DE PREVENÇÃO
PASSOS
2015
OS EVENTOS VITAIS E OS NÍVEIS DE PREVENÇÃO
Trabalho apresentado a Epidemiologia.
Prof:Camilla Lopes
PASSOS
2015
SAÚDE PÚBLICA NA PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE
Winslow, citado por Leavel & Clark (1976), define: "Saúde pública é a ciência e a arte de evitar doenças, prolongar a vida e desenvolver a saúde física e mental e a eficiência, através de esforços organizados da comunidade, para o saneamento do meio ambiente, o controle de infecções na comunidade, a organização de serviços médicos e paramédicos para o diagnóstico precoce e o tratamento preventivo de doenças, e o aperfeiçoamento da máquina social que irá assegurar a cada indivíduo, dentro da comunidade, um padrão de vida adequado à manutenção da saúde". O conceito amplo da saúde não somente enfatiza a característica multidimensional da saúde, mas também a existência de saúde positiva e, com isso, prioriza a promoção da saúde.
A promoção da saúde se refere às ações sobre os condicionantes e determinantes sociais da saúde, dirigidas a impactar favoravelmente a qualidade de vida. Por isso, caracterizam-se fundamentalmente por uma composição intersetorial e, intra-setorialmente, pelas ações de ampliação da consciência sanitária – direitos e deveres da cidadania, educação para a saúde, estilos de vida e aspectos comportamentais etc. (BUSS, 2010)
Assim, para melhorar as condições de saúde de uma população, são necessárias mudanças profundas dos padrões econômicos no interior dessas sociedades e intensificação de políticas sociais, que são eminentemente políticas públicas. Ou seja, para que uma sociedade conquiste saúde para todos os seus integrantes, é necessária ação intersetorial e políticas públicas saudáveis. Prevenção e promoção da saúde são duas coisas diferentes embora estejam imbricadas, ligadas, ambas são estratégias de intervenção no processo saúde-doença, as ações de cada uma implicam na melhoria da saúde da população por isso, é interessante diferenciá-las para entender melhor as ações. Deve-se compreender que prevenir é antecipar-se a um evento, ou mesmo evitá-lo. Rouquayrol e Goldbaum (2003) descrevem que prevenção em saúde pública é a ação antecipada, tendo por objetivo interceptar ou anular a evolução de uma doença.
A prevenção pode ser feita nos períodos de pré-patogênese e patogênese. O conhecimento da história natural da doença favorece o domínio das ações preventivas necessárias. Se um dos fundamentos de prevenção é cortar elos, o conhecimento destes é fundamental para que se atinjam os objetivos colimados. Devem ser conhecidos os múltiplos fatores relacionados com o agente, o suscetível e o meio ambiente, e com a evolução da doença no acometido.(ROUQUAYROL, 2002)
A prevenção primária que se faz com a intercepção dos fatores pré-patogênicos inclui: promoção da saúde e proteção especifica. A prevenção secundária é realizada no indivíduo, já sob a ação do agente patogênico, ao nível do estado de doença, e inclui: diagnóstico, tratamento precoce, limitação da invalidez. A prevenção terciária consiste na prevenção da incapacidade através de medidas destinadas à reabilitação. A prevenção quaternária é não esta relacionada ao risco de doenças e sim ao risco de adoecimento iatrogênico, ao excessivo intervencionismo diagnóstico e terapêutico e a medicalização desnecessária.
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Quando se disserta sobre os fatores de risco para as doenças crônicas degenerativas não transmissíveis, deve-se, primeiramente, agrupá-los em fatores de risco não modificáveis e fatores de risco modificáveis. Dentre os não modificáveis encontram-se os fatores biológicos como: sexo, cor da pele e hereditariedade. Os fatores modificáveis têm relação a direta com os aspectos do estilo de vida. A prevenção é muito discutida entre os profissionais. A prevenção primária, segundo Rouquayrol (2003),se faz com a interceptação dos fatores pré-patogênicos e inclui: promoção da saúde e proteção especifica. O Ministério da Saúde (BRASIL,2002) orienta que a prevenção primária da doença deve ser direcionada para remover os fatores de risco associados a doença. Deve-se enfatizar o controle do tabagismo, da obesidade, do sedentarismo, do consumo de sódio, de bebidas alcoólicas e o estímulo a alimentação saudável, além da prática frequente de atividades físicas.
A promoção da saúde aparece como prevenção primária, confundindo-se com a prevenção referente à proteção específica (vacinação, por exemplo). Corresponde a medidas gerais, educativas, que objetivam melhorar a resistência e o bem-estar geral dos indivíduos (comportamentos alimentares, exercício físico e repouso, contenção de estresse, não ingestão de drogas ou de tabaco), para que resistam às agressões dos agentes. Também diz respeito a ações de orientação para cuidados com o ambiente, para que esse não favoreça o desenvolvimento de agentes etiológicos (comportamentos higiênicos relacionados à habitação e aos entornos). (DEMARZO, 2010)
Já a proteção especifica aplica-se medidas dirigidas a determinado agravo a saúde com o objetivo de interceptar suas causas antes mesmo que as mesmas atinjam o indivíduo. Exemplo: Imunização: vacina; Quimioprofilaxia: é a prevenção de patologias por meio do uso de medicamentos; Proteção contra acidentes: ex: cinto de segurança; Controle de Vetores: ex: acúmulo de água parada (dengue);Aconselhamento Genético: ex: mulheres acima de 40 anos tendo filhos, relações entre familiares : primos.
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
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