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INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO

Por:   •  14/3/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.939 Palavras (8 Páginas)  •  1.312 Visualizações

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Introdução: explicite aqui os objetivos da proposta do plano que você e sua equipe multidisciplinar de saúde elaboraram para o diagnóstico de infarto do miocárdio em paciente cardíaco. Resuma os passos que você teve de cumprir e dê, assim, um contexto para o trabalho. Não se esqueça de inserir aqui os possíveis sintomas da doença que podem demonstrar indícios dessa patologia

Considerando o quadro do paciente citado, observamos os sinais e sintomas por ele apresentado, tais como dores no peito, hipertensão arterial, o hábito do tabagismo e o histórico do paciente, que já tem uma cirurgia cardíaca anterior para desobstrução das artérias, a suspeita inicial para esse paciente é de um possível infarto. No entanto, é necessário estabilizar seu quadro, bem como coletar informações e exame, pois é provável que esse paciente necessite de intervenção cirúrgica com urgência, e cabe a equipe que realizou o primeiro atendimento a responsabilidade de fornecer essas informações. Diante disso, a conduta inicial para conduzir esse atendimento é a realização imediata do eletrocardiograma (ECG), seguido de coleta de sangue para análise das enzimas creatinina quinase (CK), mioglobulina, troponina e proteína C reativa (CRP). Além disso, deve-se realizar uma anamnese completa do paciente com seu respectivo acompanhante, verificando a possibilidade de existir antecedentes familiares de casos de infarto do miocárdio (IM), hipertensão, doenças ateroscleróticas e Diabetes mellitus. Foi solicitado também análise sanguínea para glicemia, níveis de colesterol e triglicerídeos e homocisteinemia. Os resultados apresentados foram: todos esses exames apresentaram alterações significativas para IM, inclusive o traçado do ECG e, além disso, o paciente possui antecedentes familiares não favoráveis paro seu quadro.

Desenvolvimento: é a parte principal de seu relatório. Redija o conteúdo, considerando as respostas que você elaborou nos Passos 1, 2 e 3.

Para inicialização das manobras de atendimento, é necessário uma interpretação do exame de ECG. É importante que o enfermeiro da equipe saiba interpretar quando um traçado de ECG apresenta ou não alterações, seguindo os parâmetros de referência.

Durante a realização do ciclo cardíaco, atividades elétricas são originadas na despolarização e repolarização das células. Esse processo é registrado pelo eletrocardiógrafo, dando origem ao exame de ECG. O ECG é composto por 12 derivações de registros, sendo 6 do plano elétrico frontal (D1,D2,D3,VR,VL e VF), e 6 do plano elétrico horizontal (V1, V2, V3, V4, V5 e V6). O papel de registro do ECG é composto por quadrados de 1 mm de lado, onde cada 1 mm correspondo a 40 ms na horizontal e a 0,1 mV na vertical. Na interpretação de um ECG, consideramos os seguintes itens:

 Freqüência cardíaca (FC): calculada pela divisão de 1500 pelo número de quadrados entre dois complexos QRS ou duas ondas P (OP) contíguas. A FC normal está entre 60 e 100 batimentos por minuto (bpm). Abaixo de 50 bpm consideramos o quadro de bradicardia severa e, acima de 100 bpm, taquicardia severa. Ambas são sinais de IM.

 Ritmo cardíaco (RC): é visto na medida dos intervalos entre ciclos QRS e os intervalos R-R. Se esses intervalos forem constantes, o RC é considerado regular. Caso sejam inconstantes, o RC é considerado irregular.

 Onda P (OP): onda arredondada, simétrica, de pequena amplitude. É a primeira onda do ECG normal. O ritmo cardíaco normal se traduz pela presença da OP positiva nas derivações D1, D2, VF, V2 e V6 e negativa na derivação VR. Devemos sempre correlacionar a OP com o complexo QRS. A ausência da OP constitui arritmias. Caso a OP se apresente alargada, entalhada ou bimodal, constitui em fibrilação atrial.

 Segmento PR (sPR): conecta a OP ao QRS e deve estar no nível de linha do traçado. O desnivelamento do sPR pode indicar infarto atrial.

 Intervalo PR (iPR): intervalo de tempo entre o início da OP e o início do complexo QRS (120 ms e 20 ms). O iPR será maior na bradicardia e menor na taquicardia.

 Compelxo QRS: é a segunda onda do ECG normal e deve estar em todos os ciclos cardíacos da seguinte maneira: deflexão espiculada, estreita, com duração entre 60ms e 100ms e amplitude variada. Se a onda Q estiver com alterações onde a duração é maior que 30ms e amplitude maior que 3mm ou 25% do tamanho do QRS, a relação é de necrose ventricular.

 Ponto J (PJ) e segmento ST (sST): PJ é a junção entre o final do QRS e o início do sST, que é o segmento de linha que une o QRS à onda T e corresponde à fase inicial da repolarização ventricular. Ambos situam-se na linha de base. Desnivelamentos do sST sugerem lesão do miocárdio.

 Onda T (OT): é a terceira onda do ECG normal e corresponde à repolarização ventricular. É arredondada e assimétrica, com a fase ascedente mais lenta e a descendente mais rápida. As alterações da OT pontiaguda a simétrica sugere uma isquemia miocárdica.

 Intervalo QT (iQT): intervalo do início do QRS ao final da OT (300ms a 440ms) e corresponde à sístole elétrica ventricular.

 Onda u (OU): quarta onda do ECG, vindo logo após a OT. É arredondada, de curta duração, de pequena amplitude e de mesma polaridade da OT precedente. Sua amplitude aumentada pode indicar isquemia miocárdica.

Após esse ciclo, o traçado do ECG segue uma linha de base isoelétrica, representando a diástole do coração, que é interrompido por um novo ciclo cardíaco e assim sucessivamente.

Imagem de um ECG NORMAL:

Fonte: www.ebah.com.br

Fonte: slideplayer.com.br

Baseado nas características das alterações do ECG do paciente, o IM foi causado por uma provável obstrução das artérias coronárias (direta e esquerda), onde é interrompido o fluxo sanguíneo para o músculo cardiaco. Cada artéria coronária supre uma determinada área do coração. A localização exata do IM dependerá da artéria que foi obstruída, sendo comprovoda sua extensão através de exams mais complexos, como o ecocardiograma por exemplo.

Além disso, a interpretação dos exames de colesterol (CT) e de triglicerídeos (TG) reforçam a ideia de aterosclerose (doença inflamatória formada por placas de ateromas dentro das artérias de médio e grande

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