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Introdução patologia

Por:   •  15/9/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.581 Palavras (7 Páginas)  •  359 Visualizações

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Introdução

Este é um relatório, que traz uma perspectiva de atendimento realizado por equipe multidisciplinar em um paciente que sofreu fratura exposta na tíbia e perônio devido a um acidente de moto, diagnosticado hipertenso e portador de diabetes. A perda de continuidade óssea ou fratura se apresenta quando há uma força contralateral aplicada, que causa a lesão.

Quando há fratura exposta significa que a força ou pressão que este osso sofreu foi mais intensa e sua protuberância atravessa a barreira da pele. .A perda da continuidade como um todo propicia o surgimento de infecções e o rompimento de algum vaso devido a extensão da fratura pode diminuir o aporte de oxigênio, causando hipóxia tecidual e dependendo da importância até a necrose, onde há perda celular devido a falta de oxigênio.

Pacientes portadores de diabetes apresentam dificuldades significativas de cicatrização por glicemia elevada, pois interfere na cascata de coagulação, tendo propensão de complicações em processos inflamatórios, cicatrização e proteção do organismo. Com o processo cicatricial mais lento o paciente fica suscetível a infecções pela queda na imunidade. Pacientes diabéticos possuem complicações vasculares, principalmente nas extremidades, o que neste caso, favorece o quadro de hipóxia celular por má perfusão, pois altera a parte cardiovascular do paciente, podendo levar a diminuição do fluxo sanguíneo para todo o corpo.

A hipertensão favorece a hipóxia tecidual quando não há um controle de pressão arterial, e o sangramento importante que estava apresentando na admissão aponta uma maior propensão no retardo do processo cicatricial e hipóxia tecidual. Ainda é importante ressaltar que o paciente deve manter-se imobilizado para ajudar no processo de cicatrização óssea, isto pode favorecer o aparecimento de tromboses venosas associadas a outras alterações inflamatórias, levando a dor, edema, rubor e alterações no exsudato, podendo levar o paciente ao choque, declinando clinicamente. O quadro em que este paciente se apresenta é um processo inflamatório retardado e infeccioso associados, estando presentes as condições clínicas citadas que findaram as prováveis complicações deste caso.

Neste contexto, com base nos fundamentos teóricos e práticos de toda equipe e os procedimentos realizados para a boa evolução do estado do paciente é de suma importância para a melhora do mesmo e reabilitação do membro fraturado.

Desenvolvimento

A infecção de sitio cirúrgico por microorganismo hospitalar ocorre em 10% dos procedimentos e 30% delas podem ser evitadas com medidas simples. Seu tratamento depende da virulência e quantidade do microorganismo infectante e da imunidade do paciente. Neste caso a presença de diabetes leva a imunossupressão, diminuindo a imunidade e facilitando infecções. Por ser uma ferida cirúrgica contaminada, pois estava com exposição dos tecidos e pelo fato da ser portador de diabetes é necessária adequada antibioticoprofilaxia para evitar infecções.

Porém, com a infecção instala e sem prognóstico de melhora e necessária cultura de ferida para avaliar o tipo de microorganismo para adequada antibioticoterapia .A conduta da equipe  multidisciplinar é importante ,pois na avaliação o ortopedista pode abrir a ferida para drenagem de secreção, debridamento  se houver sinais de necrose  e lavagem com solução fisiológica e antissépticos. E em casos mais graves pode ser feito a oxigenoterapia hiperbárica.

Neste caso, foi discutido entre a equipe multidisciplinar e realizado cultura de secreção para analise da antibioticoterapia mais adequada, com mudança de antibiótico depois do resultado da cultura. O tratamento foi favorecido, pois com orientações da psicóloga e terapeuta ocupacional, houve uma contribuição para manter a tranquilidade e aceitação da terapêutica adequada, e assim controlar os níveis glicêmicos do mesmo. Foi solicitada juntamente a clínica medica parecer sobre a avaliação e controle do diabetes e hipertensão para melhores condutas relacionadas à patologia.

A equipe de enfermagem manteve constante controle sobre os sinais clínicos da lesão, com curativos nos horários corretos, estimulando o paciente a seguir a dieta e instruindo a família para ajuda-lo e apoia-lo, motivando manter a atividade no leito, mesmo que breve, acompanhando e avaliando as mudanças de sinais vitais que pudessem demonstrar melhora ou piora do quadro. Neste caso, a paciente apresenta sinais significativos de melhora de seu estado.

        O ortopedista reavaliou a ferida e percebendo a melhora do quadro com o apoio da equipe sem que fosse necessária intervenção cirúrgica, necessitando apenas abrir alguns pontos para drenagem de qualquer excesso excreção presente. O aporte nutricional foi fundamental, auxiliando de maneira efetiva o aporte calórico com mínimo impacto na glicemia, favorecendo a melhora da ferida.

         O fisioterapeuta tem atuação constante neste caso, pois auxilia na preservação e manutenção da mobilização do membro afetado, articulando exercícios para evitar tromboses que são comuns em pacientes acamados. Este quadro mostra a importância de um apoio integrado da equipe multidisciplinar, pois mantem o paciente em constante vigilância e a intervenção pronta da equipe favorece seu reestabelecimento tornando a recuperação mais rápida.

O apoio multidisciplinar tranquilizou a família e o paciente, ajudando-os a entender e confiar na conduta da equipe, auxiliando o tratamento. Com isto, mesmo com as dificuldades dos primeiros dias, após o quarto dia houve melhora significativa com evolução rápida o que motivou o paciente e a família. O quadro foi contornado dentro de cinco dias e o paciente pode sair da UTI com segurança e ir para enfermaria acompanhado de seus familiares.

O conhecimento dos funcionários foi crucial para a melhora do quadro e estabilizar o paciente, deste modo medidas efetivas para valorizar e melhorar o conhecimento técnico-científico são maneiras eficazes para uma boa promoção da saúde para pacientes. Compartilhar as conquistas obtidas no caso com a equipe, questionar condutas, realizar discussão valorizando as opiniões dos profissionais envolvidos, esclarecendo dúvidas e estabelecendo uma rotina para o prognóstico favorável.

A tomada de decisão é a mudança nos conceitos frente aos cuidados com o paciente, ajudando no tempo da melhora e em condutas mais efetivas, com as analises das situações apresentadas. As decisões devem ser tomadas vendo o paciente como um todo e não apenas o processo saúde-doença que o mesmo apresenta, envolvendo não somente o cliente, mas a família e os profissionais no cuidado.

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