O SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTE PORTADOR DA DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA
Por: Ilana Soares • 19/11/2017 • Trabalho acadêmico • 3.305 Palavras (14 Páginas) • 926 Visualizações
Estudo de caso
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM PACIENTE PORTADOR DA DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA
Ilana Rodrigues Soares, Marcia Ladislau Santos*
Orientadora: Profa. Gislene de J. Cruz Sanches **
RESUMO
A enfermeira através da metodologia científica do Processo de Enfermagem planeja os cuidados a serem oferecidos aos pacientes de forma sistemática e individualizada. O paciente portador da doença arterial periférica, patologia onde o sistema circulatória esta comprometido. O objetivo deste estudo foi identificar os diagnósticos de enfermagem em uma paciente portadora da doença arterial periférica hospitalizada no hospital geral Prado Valadares na cidade de Jequié no Estado da Bahia. Os diagnósticos de enfermagem encontrados segundo referencial da NANDA (2008) foram: Integridade tissular prejudicada; Caracterizado por: tecido lesado Fatores relacionados: Circulação alterada; mobilidade física prejudicada, Integridade da pele prejudicada; Caracterizado por: Destruição de camadas da pele; rompimento da superfície da pele Fatores relacionados: circulação prejudicada, Risco de infecção Fatores de risco: defesa primaria inadequada: pele rompida, tabagismo, Perfusão tissular periférica ineficaz
Caracterizado por: dor na extremidade; função motora alterada, Fatores relacionados: tabagismo.
A utilização do Processo de Enfermagem possibilita planejamento da assistência e reconhecimento profissional.
* Discente do 4º semestre do curso de Enfermagem da Faculdade de Tecnologia e Ciências- FTC.
** Docente da Faculdade de Tecnologia e Ciências do curso de Enfermagem. Graduada pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, Jequié- Bahia.
INTRODUÇÃO
O processo de enfermagem (PE) foi desenvolvido a partir das teorias de enfermagem na década de 70 e consolidado no Brasil em 1979 por Wanda de Aguiar Horta. O PE é um método organizado e sistematizado de cuidar em enfermagem tornando possível a identificação das necessidades do paciente. Portanto, utiliza-se o Processo de enfermagem como método para Sistematizar a Assistência de Enfermagem (SAE). Desta forma, os cuidados de enfermagem são planejados visando uma maior eficácia, conforto físico e mental do cliente (HORTA, 1979). Atualmente o PE é desenvolvido em cinco fases. O Histórico de Enfermagem é a primeira fase e é composto pela anamnese e o exame físico do paciente. A partir de um eficiente Histórico já identificamos os potenciais problemas ou necessidades de enfermagem, ou seja, os Diagnósticos de Enfermagem. A terceira etapa é o Planejamento da Assistência de Enfermagem onde realizamos a prescrição dos cuidados que serão oferecidos ao paciente e os realizamos na quarta fase denominada de Implementação. A última fase é a Avaliação de toda a assistência realizada onde observamos se o plano de cuidados atendeu às necessidades da paciente ou se precisamos modificá-lo (HERMIDA, 2004).
A SAE é um poderoso veículo que requer pensamento crítico e criativo para desenvolver uma assistência de qualidade e boa relação custo/beneficio, desenvolvendo um ambiente de assistência à saúde multidisciplinar e tem seu respaldo legal através do COFEN pelo artigo 272/2002 (COFEN, 2002). Além disso, é um documento que descreve o cuidado e a evolução do cliente mediante a prescrição das intervenções de enfermagem, sendo oportuno para associar teoria à prática, refletir criticamente, observar e atuar ativamente no cuidado de enfermagem, proporcionando uma melhor qualidade assistencial, principalmente em pacientes críticos e que requerem maior planejamento para sua assistência como os pacientes com doença no sistema circulatório. (NAUDERER e LIMA, 2005).
A doença arterial periférica caracteriza-se pela presença de aterosclerose ( desenvolvimento de placas de gordura ou ateroma ) na artéria aorta e em seus ramos principais , além do comprometimento das artérias mais periféricas , localizadas nos membros inferiores e, mais raramente os superiores.
O estreitamento parcial de uma artéria , poderá ser agravado por um acidente da placa de ateroma ( formação de um coágulo sangüíneo ou trombose ) , processo que poderá ocluir totalmente a artéria afetada . Quando uma artéria apresenta um estreitamento por aterosclerose , as partes do corpo supridas por este vaso não recebem uma quantidade adequada de sangue e oxigênio , processo chamado de isquemia .
Esta isquemia poderá ocorrer de modo súbito ( isquemia aguda , geralmente associada a trombose complicando uma placa de ateroma ou por obstrução devido a migração de um coágulo , a chamada embolia ) ou ser gradual ( isquemia crônica , associada a uma placa de ateroma que causa uma obstrução crítica ) . Para evitarmos a doença arterial periférica , devemos combater os fatores de risco cardiovascular .
- Sinais e sintomas :
A doença arterial periférica pode causar uma obstrução da aorta abdominal e de seus ramos principais, podendo ser súbita ou gradual. Normalmente ocorre uma obstrução completa e súbita , quando um coágulo transportado pela corrente sangüínea aloja-se em uma artéria ( embolia ) ou quando há a formação de um coágulo em uma artéria já acometida por aterosclerose ( acidente da placa de ateroma , seguida de uma trombose ) ou , ainda , quando ocorre uma laceração da parede arterial , como na dissecção aguda da aorta . Geralmente, uma obstrução gradual é devida ao processo de aterosclerose . Quando a aorta inferior é abruptamente obstruída no ponto onde ela divide-se em dois ramos ( artérias ilíacas direita e esquerda ), as quais passam pela pelve para conduzir o sangue até os membros inferiores, estes tornam-se doloridos, pálidos e frios. Não é possível se detectar pulsos nos membros inferiores e estes podem tornar-se insensíveis. Quando o estreitamento da parte inferior da aorta ou em uma das artérias ilíacas ocorre de uma forma gradual , o indivíduo apresenta cansaço muscular ou dor nas nádegas, nos quadris e nas panturrilhas ao caminhar . Nos homens , a impotência sexual é comum nos casos de estenose da aorta inferior ou de ambas as artérias ilíacas. Se o estreitamento ocorrer na artéria que se originam na região inguinal ( virilha) e descem pelo membro inferior até o nível do joelho ( artéria femoral ), o indivíduo geralmente apresenta dor nas panturrilhas ao caminhar ( claudicação intermitente ) e os pulsos abaixo do nível da obstrução são fracos ou estão ausentes.
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