O Trabalhador Alcoolatra E Dependente Quimico; Como Acompanha-Lo E Reinseri-Lo Ao Ambiente De Trabalho E A Intervenção Do Enfermeiro.

1. INTRODUÇÃO

A dependência química é considerada hoje como um problema de saúde pública, pois atinge toda a sociedade desde as classes sociais mais elevadas às mais baixas. A droga está cada vez mais presente na vida cotidiana das pessoas. As razões que levam ao consumo de alcool e drogas no local de trabalho podem estar relacionadas com o trabalho ou serem de ordem social/ pessoal (por vezes, trata-se de ambos os casos).

O consumo de álcool e de outras substâncias psicoativas é, muitas vezes, uma forma de lidar com situações que a pessoa em causa considera desconfortáveis ou problemáticas. O abuso de álcool e drogas no local de trabalho pode ter consequências negativas para os trabalhadores e as empresas. Nestas consequências incluem-se o absenteísmo de longo prazo, a diminuição do desempenho e da produtividade, conflitos e instabilidade no ambiente de trabalho, e um maior número de acidentes. O uso de drogas lícitas e ilícitas é um grande problema da sociedade moderna. Essas substâncias estão cada vez mais disponíveis para os diferentes grupos populacionais afetando sua vida cotidiana. O Brasil está enfrentando problemas causados pelo consumo de drogas no ambiente de trabalho há muitos anos, principalmente aqueles que se tornam mais evidentes quando relacionados ao absenteísmo e sua administração. Nesse sentido, no contexto da nossa sociedade globalizada, sempre voltada à produção de bens de consumo, o trabalhador é pouco valorizado e bastante explorado e suas necessidades são somente percebidas quando as pessoas já foram significativamente afetadas por um problema de saúde, tornando-se necessário um estudo mais minucioso e abrangente nesta área.

O fenômeno das drogas é um problema multidimensional, portanto não basta circunscrevê-lo à mera relação existente entre uma pessoa e uma substância. Faz-se necessário considerar a interação que ambos efetuam num determinado contexto, os valores e crenças e suas relações sociais, econômicas e politicas, incluindo-se o trabalho. (MARTINS, erc;  ZEITOUNE, rcg 2007, p.2).

1. Justificativa

É comum encontrarmos decisões em que a dispensa por justa causa com fundamento na embriaguez é descaracterizada, condenando a empresa reclamada no pagamento de verbas decorrentes de uma dispensa não justificada e até mesmo à reintegração do funcionário. As dificuldades e dúvidas enfrentadas pelos empregadores na relação de trabalho com um dependente químico/ e ou alcolatra, bem como a discussão sobre a possibilidade de demissão deste funcionário, são temas de grande relevância atual, tendo em vista o assustador crescimento do consumo de drogas e álcool nas cidades brasileiras e seus indissociáveis reflexos na vida profissional dos dependentes. Dessa forma, por perceber necessária a conscientização dos profissionais enfermeiros sobre essa problemática cada vez mais constante em ambientes de trabalho senti-me motivada a pesquisar sobre o tema.

1. Problemas

Como podemos reinserir, acompanhar e tratar o funcionário dependende de álcool e drogas no seu ambiente de trabalho?

1. Objetivos

a) Objetivo geral: Analisar as possibilidades da reinserção do trabalhador dependente, percebidos pelos enfermeiros do trabalho. Investigar o absenteísmo como conseqüência da dependência química no ambiente de trabalho.

b)  Objetivo especifíco: Elaborar junto as empresas a promoção de eventos de ampla divulgação e discurssão direcionados a trabalhadores alcoolistas de qualquer nível hierárquico; a criação de meios de comunicação que divulguem informações acerca do uso, abuso e dependência do álcool e das drogas. Identificar as possíveis relações existentes entre o uso abusivo de substâncias psicoativas e as variáveis que interferem no absenteísmo dos trabalhadores.

1. Metodologia

Metodologicamente o presente estudo , foi realizado através de uma revisão bibliográfica sobre o tema, tendo como indicadores teóricos: artigos e sites na internet.

1. O TRABALHADOR ALCOOLATRA E DEPENDENTE QUIMICO; COMO ACOMPANHA-LO E REINSERI-LO AO AMBIENTE DE TRABALHO E A INTERVENÇÃO DO ENFERMEIRO.

As drogas interferem no absenteísmo e consequentemente na rotina de trabalho, conceitua as diferentes maneiras que pode influenciar no comportamento físico/psíquico do trabalhador. [pic 1]

 

2.1 Álcool:

Os efeitos físicos do álcool vão de sensação de moleza e cansaço e dificuldade para se concentrar a dor de cabeça e enjôo, entre outros. Além disso, há desconforto também para quem trabalha ao lado. O álcool é responsável por grande parte dos acidentes de trabalho que acontecem após o almoço. Quem usa essa droga tende a ser inquieto, ansioso e ás vezes, agressivo quando quer beber e não pode. É um dos responsáveis pelo absenteísmo na segunda feira: a pessoa bebe muito no final de semana e não consegue encarar o trabalho por causa da “ressaca”.

2.2. Maconha:

Quem usa maconha, ao retorno de suas atividades tende a ficar desatento, disperso e com dificuldades para realizar tarefas mais complexas ou para processar várias informações ao mesmo tempo. Esses efeitos podem acometer também o usuário de final de semana e ainda com mais intensidade quem consomem um cigarro de maconha todo dia. Segundo os médicos, a capacidade de concentração fica comprometida durante dois ou três dias posterior ao uso. Quem consome a droga três vezes por semana, pelo menos, pode apresentar menor motivação no dia-a-dia.

2.3 Cocaína:

Em geral os usuários de cocaína tendem a ficar instáveis mentalmente, apresentando comportamento mais impulsivo e irritadiço. O consumo no trabalho pode deixar o usuário muito eufórico em uma reunião, agressivo em outra e, não raro, deprimido após o efeito do entorpecente.

2.4 Benzodiazepínicos

Os benzodiazepínicos produzem cinco efeitos principais no organismo: sedativos, hipnóticos, ansiolíticos,relaxantes musculares e anticonvulsivantes. Os efeitos descritos são diferentes conforme o benzodiazepínico, entretanto, as respostas citadas estão presentes em todos os eles. Esta extensa lista de indicações terapêuticas explica a grande incidência de intoxicações por esses fármacos.