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OS CUIDADOS PALIATIVOS

Por:   •  20/5/2018  •  Artigo  •  824 Palavras (4 Páginas)  •  229 Visualizações

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Trabalho de Cuidados Paliativos sobre o filme "My Life".

Pós Graduação em Oncologia - Unigranrio

Aluna: Roberta Silva Castro do Patrocínio.

Prof: Alessandra Borba.

O personagem principal é o típico ser racional. Em nenhum momento, deixa passar suas emoções, ninguém o conhece na intimidade até mesmo sua família não o vê há anos. Toda essa contenção de sentimentos acaba por torná-lo um vulcão interno. Toda essa amargura e rancor guardados, de acordo com a crença de muitas pessoas  pode estar associado a uma das causas do câncer. Quando ele descobre o câncer (inicialmente nos rins porém apresentando metástases), ele é  inoperável e não reage a outros tratamentos.

Então ele descobre que está prestes a se tornar pai pela primeira vez, ao mesmo tempo em que tem poucos meses de vida. Assim, em sua última tentativa de estar presente no crescimento do filho, começa a gravar fitas onde se apresenta e fala de diversas situações.

Ao longo do filme ele aprende a deixar a emoção ser externada, com ajuda de um médico alternativo(Medicina Oriental) que passa a frequentar. No final a família proporciona cuidados de fim de vida (controle da dor, adapatação do ambiente as novas debilitações) para uma morte digna, ele aprende que lidar com emoções não é algo fácil mas extremamente necessário e gratificante no final.

Cientes de nossa limitação como profissionais da saúde, devemos deixar de pensar a finitude ou a doença crônica como um fracasso da medicina, visto ser o alívio da dor e do sofrimento uma das metas da medicina. A finitude digna pode ser definida como aquela sem dor e com sofrimento minimizado mediante os cuidados paliativos adequados, onde cabe equilibrar as necessidades do paciente e a integridade médica.

Cuidados totais prestados ao paciente e à sua família, os quais se iniciam quando a terapêutica específica curativa deixa de ser o objetivo. A terapêutica paliativa é voltada ao controle sintomático e preservação da qualidade de vida para o paciente, sem função curativa, de prolongamento ou de abreviação da sobrevida. A empatia, bom humor e compreensão são integrantes fundamentais da terapêutica. A abordagem é multidisciplinar, contando com médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas e voluntários.

Certamente o fracasso na remissão de sintomas ocorrem, em muitas vezes, pela não abordagem do paciente como um todo,envolvido em seu contexto social. No âmbito da Enfermagem, a comunicação representa uma estratégia de suma relevância para a prática dos cuidados paliativos. E quando subsidiada por uma relação de atitude, cooperação, sentimento e sensibilidade, este instrumento é um importante impulsionador da relação entre o enfermeiro e o paciente em fase terminal.

Vale salientar que a comunicação vai muito além das palavras e do conteúdo, uma vez que contempla a escuta atenta, o olhar e a postura, porquanto o emprego eficaz desse recurso é uma medida terapêutica comprovadamente eficiente para pacientes que dele necessitam, sobretudo os que se apresentam em fase terminal. Nessa perspectiva, a comunicação adequada é considerada um método fundamental para o cuidado integral e humanizado porque, por meio dela, é possível reconhecer e acolher, empaticamente, as necessidades do paciente, bem como de seus familiares. Quando o enfermeiro utiliza esse recurso de forma verbal e não verbal, permite que o paciente possa participar nas decisões e cuidados específicos relacionados com a sua doença e, dessa forma, obtenha um tratamento digno.

Pacientes com doença avançada se deparam com muitas perdas; perda da normalidade, da saúde, de potencial de futuro. A dor impõe limitações no estilo de vida, particularmente na mobilidade, paciência, resignação, podendo ser interpretada como um “saldo” da doença que progride. Este conceito de Dor Total mostra a importância de todas essas dimensões do sofrimento humano e o bom alívio da dor não é alcançado, sem dar atenção a essas áreas. Na experiência dolorosa, os aspectos sensitivos, emocionais e culturais são indissociáveis e devem ser igualmente investigados. Todos os aspectos sobre a “Dor Total”, devem ser claros para a equipe.

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