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POP AMAMENTAÇÃO EM UTI NEONATAL

Por:   •  12/5/2020  •  Projeto de pesquisa  •  1.614 Palavras (7 Páginas)  •  333 Visualizações

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PROPOSTA DE PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO PARA AMAMENTAÇÃO EM UTI NEONATAL

I – IDENTIFICAÇÃO

Pop nº: 1/2019

Data: 13/09/2019

Assunto: Amamentação em UTI neonatal.

Executante: Enfermeiro (RESOLUÇÃO Nº 524/2016- COFEN).

Supervisor: Enfermeiro coordenador / Supervisor de enfermagem

Tempo médio: 1 hora

II – OBJETIVOS

Executar as práticas de enfermagem na amamentação dos recém-nascidos prematuros em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINs)

III – DEFINIÇÃO

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), no mundo nascem, por ano, 20 milhões de recém-nascidos prematuros e com baixo peso, dos quais um terço morre antes de completar um ano de idade. A cada 10 recém-nascidos com peso inferior a 1.000 g nove não sobrevivem ao primeiro mês de vida. Para a sobrevivência dessas crianças, o aleitamento materno é fundamental, pois o leite das mães de prematuros apresenta valores nutricionais e imunológicos ao crescimento e desenvolvimento infantil, oferecendo também benefícios psicológicos para o binômio mãe-filho, auxiliando na formação do vínculo afetivo entre ambos (PAIVA, SABURIDO, VASCONCELOS, SILVA, 2013).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que deve existir o dever de ensinar às mães como iniciar ou manter a lactação se separadas dos filhos. Nesse contexto, percebe-se uma deficiência no conhecimento sobre o impacto que os serviços de saúde têm no aleitamento materno (PEREIRA, et al., 2015) Além da deficiência identificada, entende-se que a atual valorização global da prática do aleitamento materno, demonstrada pela iniciativa da OMS e da UNICEF, é um incentivo significativo para o estudo dessa questão.

Orientar a mulher/nutriz para a importância da prática do aleitamento materno, constitui a possibilidade de promover a educação em saúde, com as devidas orientações acerca da posição do bebê e da pega correta. Além disso, as orientações iniciadas ainda durante a internação da criança, podem contribuir para eliminar dúvidas e superar obstáculos impeditivos para o sucesso da prática da amamentação, e, ainda, para prevenir futuros problemas mamários que possam dificultar o aleitamento materno (BAPTISTA, et al., 2015). Ademais dos cuidados com as mamas e com o modo adequado do posicionamento e da pega para a prática do aleitamento materno, é essencial o esclarecimento às mães acerca das vantagens do leite humano na alimentação do bebê prematuro. Em recém-nascidos de risco proporciona ainda uma maturação do sistema gastrointestinal, aperfeiçoamento da sucção/deglutição e respiração, redução morbimortalidade, redução das taxas de enterocolitenecrosante e dos índices de reinternação (COUTINHO; KAISER, 2015).

IV – DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM

Quando o recém-nascido nasce, é esperado que ele desempenhe suas funções básicas como respirar, deglutir e sugar de maneira independente. Porém, considerando-se que a deglutição está madura por volta da 11ª semana de gestação, a sucção por volta da 32ª e a coordenação de sucção, respiração e deglutição por volta da 34ª semana gestacional, muitos desses RN nascem semanas antes desse desenvolvimento e necessitam de um longo tempo até que essas funções estejam maduras, coordenadas e possam alimentar-se com segurança (ALENCAR; MORAIS; BEZERRA, 2015), mediante isto, as orientações da Associação Norte-Americana de Diagnósticos de Enfermagem - NANDA I, Garcez e Barros (2018), quanto aos diagnósticos de enfermagem classificam a amamentação como eficaz, que é adequada proficiência e satisfação com o processo de amamentação para o binômio mãe-filho, bem como a amamentação ineficaz, que representa a insatisfação ou dificuldade que a mãe, bebê ou criança experimenta, com o processo de amamentação e a amamentação interrompida, que consiste na quebra do processo de amamentação como resultado de incapacidade ou inconveniência de colocar a criança no peito para mamar:

V – PLANEJAMENTO

Moorhead et al., (2016) positivando a Classificação dos Resultados de Enfermagem - NOC, elenca que a equipe de profissionais de saúde deve estimular a mama da mãe, extraindo o colostro, de preferência nas primeiras 24 horas após o parto. No caso da ordenha está poderá ser feita com as mãos ou com uma bombinha e para o recém nascidos prematuros que não têm condições de sugar adequadamente, a equipe de saúde deve utilizar outras vias, tais como: sonda, seringa ou copinho. Vale ressaltar a importância do apoio ao abordar a mãe sobre amamentação, pois o bebê pode apresentar dificuldades em relação à pega e coordenação de sucção, respiração e deglutição.

Salienta Rocha et al., (2013) a avaliação da prontidão do prematuro para início da amamentação é considerada na alimentação oral que é ofertada através do leite materno direto da mama ou ordenhado em copinho e com sucção eficiente do lactente, à ingestão de 05ml de leite com presença de movimentos de sucção efetiva independente da forma de alimentação. Na alimentação oral por copinho, evita-se o contato precoce do bebê com outros bicos que não o seio materno.

O método Mãe-Canguru, não aplicável, justamente nos casos de neonatos em UTIN, foi é citado por Melo et al., (2013), pois segundo os autores promove mais estabilidade fisiológica, mais eficiência da sucção, acelerando o processo de alimentação e, consequentemente, a alta hospitalar, fato que torna o método imprescindível para os países em desenvolvimento, acarretando baixos custos para a saúde pública.

Araújo, Oliveira e Oliveira (2013) referem-se à alimentação por sonda orogástrica, que é indicada para recém-nascidos que possuem anomalias de garganta ou esôfago, prejuízo da capacidade de deglutição, debilidade severa, insuficiência respiratória ou inconsciência.

VI – IMPLEMENTAÇÃO

Visualizado os conceitos teóricos da Classificação das Intervenções de Enfermagem NIC, Bulechek et al., (2016) positivam que para a alimentação no seio materno, manter um bom posicionamento do bebê junto à mãe, que deve usar roupas adequadas que não restrinjam movimentos; alinhar o corpo e a cabeça do bebê, barriga com barriga. O bebê deve abocanhar, além do mamilo, parte da aréola; o queixo deve tocar na mama. Silva, Tavares

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