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Pnaism - Projeto de Enfermagem

Por:   •  20/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.104 Palavras (5 Páginas)  •  236 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A atenção à saúde da mulher passou a fazer parte das políticas publicas no Brasil, a partir das primeiras décadas do séculos XX. Entretanto no inicio desse período, a mulher era vista apenas como uma simples dona de casa. Apenas na década de 60 com o inicio do controle de natalidade por vários países, mundo a fora, realmente intensificou o cuidado com a mulher. Dessa forma na década de 70 o Brasil passa por um aumento do cuidado com a saúde da mulher, mas que por sua vez era apenas um controlo de natalidade e não focado em cuidar de suas necessidades.(1)

Antemão as políticas anticoncepcionalistas da década de 70, o movimento feminista no Brasil já reivindicava a diferenciação do tratamento do homem para a mulher, com a institucionalização de especialidades focadas nelas. Finalmente dando foco as prioridades da mulher e não apenas na questão da natalidade.

A luta do movimento feminista fez o Ministério da Saúde dar inicio a medidas voltadas a assistencializaçao à saúde feminina, mesmo contrario as ideias pregadas pela ditadura militar vigente no país naquele período. 

Tal precariedade referia-se, principalmente, à redução de ações que contemplavam à mulher sob um único aspecto tendo em vista que apenas, muitos anos após o inicio das tentativas de tratamento diferenciado para mulheres, é que foram incorporadas ações de caráter integral à saúde da mulher. Atualmente, tal conceito possui uma amplitude muito maior contemplando os direitos humanos e a cidadania como necessidades de atenção(2)

RESGATE HISTÓRICO

Ate o fim dos anos 70, a mulher tinha sua assistência restrita ao período de gravidez, tais açoes eram centralizadoras e distanciavam-se das necessidades reais das mulheres. Graças a luta do movimento feminista iniciou uma série de reivindicações com o objetivo de incorporar às políticas de saúde da mulher outras questões como gênero, trabalho, desigualdade, sexualidade e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis

O programa de saúde materno-infantil foi lançado com o objetivo de reduzir a mortalidade tanto quanto a morbidez infantil e materna.O Movimento da Reforma Sanitária, iniciado na década de 80, influenciou a implementação do PAISM que se caracterizou pelas propostas de descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços, em 1983 é o ano de criação do Programa de Assistência Integral à saúde da Mulher (PAISM) que consistia, em políticas de redução de natalidade bem como medidas sócio educativas no que tange a ginecologia, pré-natal e todo seu entorno. Juntamente com tais tratamentos foram intensificados os exames preventivos para câncer de colo de útero e mama, bem como, a prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis (dst).(2)

POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER 

Para regularizar as necessidades referentes ao atendimento da mulher no serviço único de saúde,foram criadas políticas de saúde, como a formulação da PNAISM onde estão presentes todas as medidas para com a saúde da mulher

Os princípios e diretrizes dessa nova proposta foram discutidos em parceria com diversos segmentos da sociedade, em especial com o movimento de mulheres, o movimento negro e o de trabalhadores rurais, sociedades científicas, pesquisadores e estudiosos da área, organizações não-governamentais, gestores do SUS e agências de cooperação internacional. Esta foi uma iniciativa importante do Governo e que se baseia nos princípios da promoção, respeitando a autonomia dos sujeitos em questão e tornando-os co-autores de um processo decisório relevante para a categoria. Também demonstra a preocupação em adotar políticas consoantes às necessidades das mulheres brasileiras e, assim, reduzir os índices de morbidade e de mortalidade por causas preveníveis e evitáveis, o que não aconteceu na gênese das políticas anteriores.(1)

Embora tenham sido observados avanços em relação à implementação dessas políticas, percebe-se ainda a exclusão de certos segmentos da sociedade, tendo em vista, que grupos como o das prostitutas, que representa uma população extremamente vulnerável a vários agravos, como: doenças sexualmente transmissíveis, violência sexual e a própria marginalização da sociedade, continuam alijados das propostas de atenção à saúde.

A PNAISM reforça a humanização da atenção em saúde, concebendo que humanização e qualidade da atenção são aspectos indissociáveis. Nesse sentido, é imprescindível considerar que humanizar é muito mais do que tratar bem, com delicadeza ou de forma amigável, devendo ser consideradas questões de acessibilidade ao serviço nos três níveis da assistência, provisão de insumos e tecnologias necessárias, formalização de sistemas de referência e contra-referência, disponibilidade de informações e orientação da clientela e a sua participação na avaliação dos serviços.

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