Rede Cegonha

Rede Cegonha

A Rede Cegonha é um programa que visa garantir atendimento de qualidade a todas as brasileiras pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde a confirmação da gestação até os dois primeiros anos de vida do bebê. Lançada em março de 2011 e instituída pela portaria MS/GM nº 1.459/2011 é um estratégia do Ministério da Saúde de enfrentamento da mortalidade materna, da violência obstétrica e da baixa qualidade da rede de atenção ao parto e nascimento, elaborando ações para o aumento e qualificação do acesso ao planejamento reprodutivo, pré-natal, parto e puerpério (BRASIL, 2011).
Esta estratégia, “instituída no âmbito do Sistema Único de Saúde, visa sistematizar uma rede de cuidados que assegure, a partir da noção de integralidade da atenção às mulheres, o direito ao planejamento sexual e reprodutivo e à atenção humanizada ao pré-natal, parto, puerpério e atenção humanizada ao abortamento, bem como à criança o direito ao nascimento assegurado e humanizado e proporcionado acesso para um crescimento e desenvolvimento saudável”(Brasil, 2011).
A Rede Cegonha prevê ainda a qualificação dos profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento às mulheres durante a gravidez, parto e pós-parto, bem como a criação de estruturas de assistência, como a Casa da Gestante e a Casa do Bebê, e os Centros de Parto Normal, que funcionarão em conjunto com a maternidade para humanizar o nascimento.
A Rede Cegonha também se oferece a aplicar campanhas públicas de educação emsaúde, voltadas ao planejamento reprodutivo e aleitamento materno de modo a instruir a sociedade acerca de assuntos de relevância tais como a educação sexual em escolas e demais instituições de ensino. As elevadas taxas de gravidez entre adolescentes são fatores que favorecem o aumento de risco à mãe e o bebê. Aliando-se a estas questões, as campanhas voltadas a orientações quanto ao aleitamento materno também contribuem para a mudança de cenário desejado pela Rede Cegonha (BRASIL, 2013).
Um dos componentes do programa, que é a garantia das boas práticas e segurança na atenção ao parto e nascimento, será exigida nas maternidades. Uma dessas boas práticas é o direito a acompanhante de livre escolha da mulher durante todo o trabalho de parto, parto e pós-parto.
O ambiente em que a mulher dará à luz deverá ser adequado para oferecer privacidade e conforto para ela e seu acompanhante. Ela terá acesso a métodos de alívio da dor e a possibilidade de ficar em contato pele a pele com seu bebê imediatamente após o nascimento, prática que hoje é demonstrada como benéfica para os dois. (BRASIL, 2011)
O pai também será incentivado a participar do momento do nascimento do seu filho, estimulando a formação de vínculos. Segundo Brasil (2011), o programa também pretende garantir que sempre haja um leito disponível para a mãe e o recém-nascido nas unidades de saúde, evitando a peregrinação das mulheres e recém-nascidos nos vários serviços.
Na Rede Cegonha contamos com divergentes pontos de atenção à saúde secundários eterciários, entre eles as maternidades de risco cotidiano, maternidades de alto risco, leitos obstétricos e neonatais (UTI, UCI e Canguru), Centro de Parto Normal -CPN, e Casa de Gestante, bebê e puérpera-CGBP. Estes pontos de atenção são constituídos segundo os critérios de regionalização, escala e densidade tecnológica em função dos riscos.

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