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Resumo epidemiológico: sífilis congênita

Por:   •  10/11/2021  •  Resenha  •  552 Palavras (3 Páginas)  •  152 Visualizações

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Vigilância epidemiológica a transmissão vertical da sífilis: dados de seis unidades federativas no Brasil.

Conhecida há mais de 500 anos, a sífilis é uma doença causada pelo Treponema Pallidum e na maioria das vezes de transmissão sexual, embora possa ser transmitida por transfusão de sangue contaminado, por contato com lesões micocutânea ricas em treponema e por via transplacentária para o feto ou canal do parto, o que configura a sífilis congênita. A sífilis primária caracteriza-se pelo aparecimento de cancro no local de inoculação do treponema, com aumento dos linfonodos locais após 15 a 20 dias, pode ainda ocorrer lesão primária de localização extragenital. As lesões secundárias aparecem em média oito semanas após o desaparecimento do cancro, sendo a apresentação mais comum da faze secundária as máculas.

Os sintomas das fazes primária e secundária regride espontaneamente, mesmo sem tratamento, e as lesões da fase terciária que surgem após décadas são na atualidade raramente descritas. Existem também a sífilis que ocorrem sem as manifestações clínicas da doença denominada sífilis latente, a qual se subdivide-se em precoce e tardia. O diagnóstico da sífilis na ausência de manifestações clínicas e realizado por exames sorológicos. O VDRL é um teste não treponemico quantitativos e qualitativos de alta sensibilidade.

A década de 1940 houve melhoria dos cuidados de saúde levaram a diminuição da incidência de sífilis tanto adquirida quanto congênita, chegando-se a prever a erradicação total da doença até o final do século 20.

Entretanto os números voltaram a crescer a partir da década de 1960 e mais eventualmente na década de 1980, concomitante a população do uso de crack e cocaína e à maior liberação sexual. Observa-se tendência mundial no reaparecimento da sífilis entre a população em geral e, particularmente da sífilis congênita, tornando um desafio para a saúde pública, a prevalência de sífilis em parturiente encontra-se em 1,6% de 4 vezes maior que a infecção pelo HIV, representando cerca de 50 mil gestantes infectadas ano de 2005, com estimativas de 12 mil casos de sífilis congênita . Foram notificados de 2005 a 2010 no sistema de informação de agravos de notificação (SINAN), 29.544 casos de

sífilis gestantes no país, sendo que a maioria destes ocorreu nas regiões sudeste e Nordeste, com 9.340 (31, 6 %) e 8.054 (27, 3%) casos, respectivamente. A taxa de detecção para o país, no ano de 2009, foi de 3, 0 casos para 1.000 nascidos vivos, taxa esta superada apenas pelas Regiões Centro-Oeste com 5, 2 e Norte, com 4, 5. Recomenda-se o tratamento com 2.400.000 UI de penicilina benzatina para a sífilis primária, 2.400.000 UI por dias semanas consecutivas para a secundária ou latente recente e 2.400.000 UI a cada semana por três semanas para a sífilis tardia ou duração indeterminada. Para as gestantes com alergias a penicilina, evento muito raro, a recomendação é para dessensibilizar e utilizar penicilina, única droga que trata o feto, portanto o tratamento quanto ao diagnóstico é bastante acessível.

O que se recomenda para que a doença não cresça é informar as pessoas sobre como proteger e não contaminar outras pessoas, fazendo o uso de preservativos e fazendo exames laboratoriais.

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