A ASSISTÊNCIA NO CAPS NO ENFRETAMENTO PANDÊMICO E SUAS IMPLICAÇÕES FUTURAS
Por: Flaviana Silva • 23/11/2022 • Trabalho acadêmico • 1.788 Palavras (8 Páginas) • 116 Visualizações
ASSISTÊNCIA NO CAPS NO ENFRETAMENTO PANDÊMICO E SUAS IMPLICAÇÕES FUTURAS
Camila Batista de Araújo1, David Reis da Silva1, Emily Menezes Santos2, Flaviana Silva Pereira2, Gabriel Santos Machado3, Hélio Pereira da Silva Junior3, Saionara Bispo Guimarães4
Resumo
Introdução: O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é uma instituição brasileira que presta serviços comunitários para homens e mulheres que tem sofrimento psíquico ou transtornos mentais, sendo incluídas pessoas com dependências de drogas como crack e cocaína, uso alcoólico ou em processos de reabilitação, o objetivo do CAPS é cuidar, para que essas pessoas possam ser inseridas novamente em convívio da sociedade. Com a pandemia da COVID 19, uma doença desconhecida, trouxe desafios para a equipe multiprofissional deste setor, o aumento na procura por atendimento especializado, fez com a equipe reavaliasse o seu atual planejamento interno. Objetivo: O objetivo deste estudo é identificar e compreender quais foram às estratégias estabelecidas na assistência ao paciente no período da Pandemia da COVID 19 e como foi à reorganização multiprofissional no contexto do CAPS. Metodologia: Para a construção deste projeto, foi feita através de uma revisão de literatura de natureza Exploratória e abordagem Quantitativa. Utilizou a plataforma Google Acadêmico e a base de dados do SciELO entre os anos de 2020 a 2022. Resultado: Apesar da dificuldade encontrada na obtenção de dados do CAPS em sites governamentais, a literatura explorada, deixou claro que atendimento multiprofissional do CAPS continuou exemplar, visto o que aumentou foi quantitativo de pessoas em busca de atendimento especializado, sendo necessário o investimento do governo na área dos profissionais e da população. Conclusão: Concluímos que o processo pandêmico deixou sequelas física, mental e no cotidiano da população. Ficou evidente que não ouve mudanças significativas no atendimento multiprofissional, mas sim, na quantidade de pessoas em busca de atendimento especializado. Sendo explícito a necessidade do quantitativo maior de funcionários para suprir as demandas da população, que o governo possa investir nos profissionais através de especializações, criação de políticas públicas para este setor, além de disponibilidade de dados do CAPS no governo.
Palavras chave: Psicossocial, Saúde Mental, Pandemia.
Camila Batista de Araújo Projeto interprofissional: Média e Alta complexidade, 6ºsemestre, Enfermagem, Rede UniFTC
David Reis da Silva Projeto interprofissional: Média e Alta complexidade, 6º semestre, Enfermagem Rede UniFTC
2 Emily Menezes Santos Projeto interprofissional: Média e Alta complexidade, 6º semestre, Farmácia, Rede UniFTC
2 Flaviana Silva Pereira Projeto interprofissional: Média e Alta complexidade, 6º semestre, Farmácia, Rede UniFTC
3 Gabriel Santos Machado Projeto interprofissional: Média e Alta complexidade, 6ºsemestre, Biomedicina, Rede UniFTC
3 Hélio Pereira da Silva Junior Projeto interprofissional: Média e Alta complexidade, 6ºsemestre, Biomedicina, Rede UniFTC
4 Saionara Bispo Guimarães Projeto interprofissional: Média e Alta complexidade, 6ºsemestre, Nutrição Rede UniFTC
INTRODUÇÃO
No Brasil em 1970 começou os movimentos da reforma psiquiatra, paralelo com a reforma sanitária, neste período não havia local apropriado para o atendimento, e os profissionais recém-formados, não tinha especialidade na área. Foi encontrado um cenário de caos e violência pública, que intensificou- se através das manifestações e da impressa, reivindicando sobre os direitos humanos, construção das políticas públicas e denúncias sobre a violência psiquiatra no país (AMARANTES & NUNES, 2018).
A mudança de cenário aconteceu no ano de 1980, quando foi criado o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), que só foi regulamentada em 1992, com a criação da Lei MS 224/92, que garantiu os cuidados necessários, integrado e intensivo aos portadores de transtornos mentais, porém essa lei precisava ser mais delimitada de acordo com a suas necessidades (AMARANTES & NUNES, 2018).
Os princípios da Reforma Psiquiatra Brasileira, foram consolidados somente em 06/04/2001 na Lei n°10.216, junto com a Portaria GM/MS, nº 3.088, de 23/12/2011 do RASP, que garantiu atenção básica, para pessoas com transtornos mentais, usuário de drogas e alcoólicos, permitindo o acesso livre destas pessoas na sociedade, além da ampliação dos componentes de serviços no âmbito do SUS, como: Atenção Básica, Atenção Psicossocial Especializada e os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS) que tem a função de articulações das estratégicas do RASP e que foram divididos em modalidades: CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPS i, CAPS ad e CAPS ad III (BRASIL, 2020).
O CAPS I é responsável pelo o atendimento de homens e mulheres de todas as idades, que sofre com problema mental e continuo, entre os alcoólicos e usuário de drogas, com uma população acima de 15.000 habitantes e com o objetivo final a integração dessas pessoas no convívio da sociedade (BRASIL, 2020).
A disseminação da COVID 19 pelo o mundo no final do ano 2019 trouxe um início de mudanças em vários cenários, por tratar de saúde, este setor foi o mais atingido, onde tiveram que tomar decisões rápidas e eficientes para o enfrentamento da pandemia (BRASIL,2020)
O trabalho interprofissional, foi de extrema importância na pandemia, os serviços de saúde foram reorganizados, com a construção de estratégias e tarefas estabelecidas para cada setor de maneira colaborativa e ações bem articulas, para o atendimento positivo, eficaz e seguro para a população (LOPES, 2020).
Uma doença desconhecida e sem conhecimentos científicos, a equipe multiprofissional se fez necessários ajustes no trabalho como: melhoria na comunicação, flexibilidade, cooperativismo, educação na equipe, que evidenciou na redução de conflitos internos e qualidade nos serviços prestados (LOPES, 2020).
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