A Toxicologia Lista de Exercícios
Por: Jerusa Garcia • 1/12/2021 • Trabalho acadêmico • 628 Palavras (3 Páginas) • 250 Visualizações
Disciplina: Toxicologia
Lista de Exercícios
- De acordo com a figura abaixo, definir DL50, a importância desse parâ metro para a toxicologia e descrever a diferença entre etanol e toxina botulínica de acordo com esse parâmetro.
[pic 1]
DL50 significa Dose Letal 50, é a dose necessária de uma dada substância química que quando administrada em uma única dose por via oral, expressa em massa da substância por massa de animal, para matar 50% de uma população em teste. A diferença entre o etanol e a toxina botulínica é que o etanol precisa de uma dose bem mais alta para ser tóxico, enquanto a toxina botulínica precisa de uma dose bem menor, bem mais baixa para ser considerada dose tóxica.
- Explicar como a dose, frequência e o tempo de exposição interferem na intoxicação.
Existe a dose segura do medicamento, no qual não irá gerar um efeito nocivo ao paciente, quando essa dose é ultrapassada já corre o risco de gerar um efeito de intoxicação. A frequência com que ocorre essa exposição vai definir como o paciente será impactado, por exemplo se for um curto período, haverá perturbações do SNC, médio período, afeta somente o SN com diferentes efeitos e longo período, causa aplasia de medula óssea e hiperplasia de leucócitos. Quanto maior a frequência e o tempo de exposição mais aumenta a biodisponibilidade da droga. Portanto, para definirmos a intoxicação precisamos saber esses 3 fatores para sabermos a toxicidade da substância.
- Descrever a diferença entre efeito sinérgico, de potenciação e antagônico de xenobióticos.
O efeito sinérgico é produzido quando o efeito dos agentes químicos somados é maior do que a soma dos efeitos individuais.
Potenciação é quando um agente químico que não tem ação sobre um órgão, aumenta a ação de um outro agente sobre este órgão (0 + 1 = 10).
Antagônico ocorre quando dois agentes interferem um com a ação do outro, diminuindo o efeito final. Normalmente é desejável na toxicologia.
- Descrever os principais mecanismos de transporte de xenobióticos através de membranas.
Difusão simples – é a passagem do agente tóxico através das membranas, regida apenas pelo coeficiente de partição óleo/água;
Filtração – o agente tóxico, na forma de soluto, passa através dos poros da membrana juntamente com o fluxo de água; é influenciada pela solubilidade do agente tóxico em água;
Pinocitose – determinadas células “incorporam” o agente tóxico, fazendo-o através de dobras da membrana celular;
Transporte ativo – substâncias específicas funcionam como “transportadores" do agente tóxico, transportando-o mesmo contra um gradiente de concentração, um gradiente de pressão ou uma diferença elétrica através do consumo de energia do organismo receptor.
- O nome cocaína refere-se, popular e comercialmente, aos sais de cocaína (cloridrato de cocaína e sulfato de cocaína), que são os dois produtos mais puros do processo de refinação da coca (feita com folhas da planta Erythroxylum coca). Considerando sua estrutura química, descrever o mecanismo de biotransformação da cocaína.
[pic 2]
A biotransformação da cocaína é dependente de fatores genéticos e adquiridos; as três principais vias saem bem definidas e seus principais produtos de biotransformação são norcocaína, ecgonina metil éster e benzoilecgonina. Cerca de 2 a 6% da cocaína é biotransformada em norcocaína resultante da mediação da cocaína pelo citocromo p-450 através da N-desmetilação direta. Essa substância pode atravessar facilmente a barreira hemato- encefálica e causa efeitos tóxicos no SNC. A benzoilecgonina resulta da hidrólise espontânea ou por reação catalisada pelas carboxilesterases e é responsável por 29 a 45% da excreção urinária. Este composto é potente vasoconstritor e não atravessa facilmente a barreira hemato-encefálica, porém parte de sua biotransformação pode acontecer na cocaína já presente no SNC. Por mim, a ecgonina metil éster, resultante da hidrólise do grupo benzoato da cocaína por ação de colinesterases plasmáticas e hepáticas, é responsável por 32 a 49% da excreção urinária da droga, não atravessa facilmente a barreira hemato-encefálica.
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