ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA FARMÁCIA
Por: Carlão Tiburcio • 18/6/2016 • Projeto de pesquisa • 620 Palavras (3 Páginas) • 502 Visualizações
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE[pic 1] | Curso: FARMÁCIA Disciplina: ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA Prof(a): Fernanda Antunes Alves da Costa | |
Nome do aluno: Dayhara Karolyna Halzuck Letícia Gati de Barros Lopes | RA: C97772-1 C81DGI-5 | Turma: FM1P15 |
TITULO DO ARTIGO: A influência da genética na dependência tabágica e o papel da farmacogenética no tratamento do tabagismo
NOME DOS AUTORES: José Miguel Chatkin
REVISTA, PÁGINAS E ANO DA PUBLICAÇÃO: J. Bras. Pneumol, 32(6): 573-9, 2006.
RESUMO
Mesmo com todo conhecimento dos malefícios do tabagismo, o número de dependentes permanece alto. Para explicar tal fato, pesquisadores relacionaram a dependência tabágica à fatores genéticos. Os estudos evidenciaram a base genética da dependência nicotínica, polimorfismos e fatores ambientais. Tais fatores possivelmente, contribuem para o início e manutenção da prática tabágica.
A contribuição genética seria responsável por 56% do risco de iniciação e por 67% da manutenção desse hábito. A contribuição genética relativa a esse vício iniciou-se com estudos em indivíduos que compartilhavam genes, com ênfase também em gêmeos e membros aditivos e isso permitiu avaliar as influencias do meio em que vivem esses indivíduos. Um estudo mostrou significativa associação entre fumantes adotados e seus parentes biológicos, acentuando o papel hereditário e outros estudos apoiaram os mesmos resultados.
Com tais descobertas, intensificou-se as pesquisas para a exploração da intervenção tabágica quanto a idade de inicio, o grau de dependências, a persistência e a prática. As pesquisas seguiram duas principais linhas de raciocínio: identificação dos alelos que interferem na neurobiologia dos transmissores, como dopamina, serotonina e noradrenalina; e identificação de genes que podem influenciar a resposta à nicotina, interferindo nos receptores ou no metabolismo da nicotina.
Os genes mais estudados na roda dopaminérgica foram os que regularam o fluxo de dopamina no sistema nervoso central (DRD1, DRD2, DRD3, DRD4 e DRD5). O DRD2 tem sido o mais investigado por conta de sua ligação com outros comportamentos e pelos efeitos liberadores deste neurotransmissor. Pacientes que apresentam menor número de receptores dopaminérgicos podem começar a fumar precocemente e apresentar maior grau de dependência.
Genes envolvidos no metabolismo da nicotina são também candidatos para estudos do comportamento tabágico isso porque, indivíduos que metabolizam lentamente a nicotina são menos propensos a iniciar a fumar e, caso se torne fumantes, esses geralmente fumam menos.
Estudos identificam que, determinados alelos podem predizer a resposta terapêutica. O estudo do gene CYP2B6 (responsável pela biotransformação da bupropiona e pelo metabolismo da nicotina) mostrou que fumantes com metabolizadores lentos apresentam significativo fracasso ao abandonar o tabaco, comparados aos não mutantes do gene. O uso de bupropiona atenuou a tendência genética para a recaída nos portadores destes polimorfismos, mas somente em mulheres. Verificou-se também que os efeitos de bupropiona são atribuíveis, em parte, á inibição da recepção de dopamina.
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