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Anti-diabéticos orais

Por:   •  23/4/2019  •  Resenha  •  5.162 Palavras (21 Páginas)  •  196 Visualizações

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Farmacologia –aula teórica do dia 10/09

-Paciente com diabetes do tipo 1 é insulino obrigatório, deve também fazer dieta e atividade física.

-Pacientes com diabetes do tipo 2, dieta e atividade física são suficientes. Alguns podem fazer a combinação de dieta atividade físicas e antidiabéticos orais (até 5 medicamentos diferentes podem ser combinados), também pode ser utilizado insulina. Portanto pode-se observar que os pacientes tipo 2 são mais heterogêneos, mas a atividade física e a dieta sempre estão presentes , independente de o paciente fazer uso de antidiabéticos orais ou insulina.

-No tratamento do diabetes temos 5 elementos: dieta, exercício físico, educação, auto monitoramento e farmacoterapia. Devemos lembrar que a medicação é importante, mas não é tudo.

ANTIDIABÉTICOS ORAIS

Fármacos que atuam melhorando a ação da insulina (diminuem a resistência a insulina):

-Em indivíduos saudáveis, principalmente após a refeição, a insulina se liga ao seu receptor gera uma cascata de eventos que culmina com a entrada de glicose e sua utilização como fonte de energia ou para armazenamento.

-No tipo 1, a base é a falta de insulina, ele tem receptor e a sinalização está normal, assim, oferecendo a insulina o sistema funciona.

-Tipo 2: tem afinidade, tem insulina, se liga ao receptor, mas esse paciente tem resistência a insulina. O problema está na transdução do  sinal. Na prática a resistência a insulina se manifesta pela diminuição da atividade biológica da insulina.

-Existem 2 elementos que contribuem para a manutenção da glicemia: Fígado, através da produção hepática da glicose pela neoglicogenólise, músculo e tecido adiposo com a captação.

-A insulina inibe a produção hepática de glicose pelo fígado e aumenta a captação pelos receptores.

-A resistência a insulina se manifesta em dois pontos: fígado que produz muita glicose, porque a ação da insulina inibindo a produção hepática de glicose está diminuída, e também a captação é pouca, ou seja, o transporte de glicose está ruim, assim a consequência é o aumento da glicemia. Mas esse processo pode levar muito tempo para acontecer.

-Quando a resistência a insulina começa levar a um aumento da glicemia, as células beta estão funcionando bem, então a glicemia não sobe tanto, porque o principal secretagogo de insulina é a glicose, então quando a glicemia sobe um pouquinho a célula beta secreta um pouco a mais de insulina e equilibra, volta a resistência, sobe a glicemia de novo, secreta um pouco mais de insulina de novo. A medida que a resistência a insulina vai se instalando, a tendência a glicemia é subir, mas como a célula beta está funcionando bem, conforme a glicemia sobe é secretado mais insulina também.

-Existem indivíduos que são extremamente obesos e tem a glicemia normal, eles conseguem manter  um equilíbrio entre a resistência a insulina compensado pela hipersecreção de insulina. Mas em alguns indivíduos, que a célula beta tem q trabalhar mais, e o fígado está mandando glicose para o organismo exageradamente e a captação muscular esta diminuída, assim a célula beta tenta manter a glicemia, assim acontece a falência das células beta, e a resistência a insulina vai se agravando, e assim tem-se uma tolerância a glicose normal, assim a glicemia do indivíduo após uma refeição começa a passar de 140, e vai sempre aumentando até que esse indivíduo passa a ser diabético, depois passa a ter um hiperglicemia de jejum.

-Hoje a principal causa da resistência a insulina é o excesso de peso, e por trás da obesidade está o estilo de vida, e o que pesa mais é a dieta e a atividade física, as pessoas estão ficando cada vez mais sedentários e comendo cada vez mais.

-No diabete tipo 2 em pessoas magras, é aquele que o indivíduo tem uma perda progressiva de células beta ao longo dos anos, então no começo da doença as células beta podem compensar aumentando a secreção de insulina e o individuo perder um pouco de peso, mas conforme passa o tempo vão perdendo as células beta e vão piorando, vai fazendo o tratamento e continuam perdendo células beta, chega um momento que vão para a insulina.

-O tipo 2 magro tem mais propensão de ir para a insulina, e o tipo 2 obeso pode precisar de insulina também se não cuidar da obesidade.

-A gordura visceral é a que tem mais relação com a resistência a insulina.

Ex: paciente obeso que ficou diabético e terá que entrar com uma medicação, tem-se duas opções : medicamento que estimula a secreção de insulina ou pode dar um medicamento que combate a resistência a insulina, com qual seria mais interessante começar? R: o que combate a resistência, porque se o indivíduo está com as células betas em declínio, e dermos um medicamento que estimula a secreção ele vai responder, só que vai acelerar a exaustão das células beta.

METIFORMINA:

-As  drogas de escolha para o tratamento da diabetes tipo 2 são as drogas que atuam na resistência a insulina. Entre elas a mais usada é a metiformina, que tem origem de uma planta.

-uma das razões para a metiformina ser a mais usada hoje, é porque é barata.

-A metiformina atua aumentando a sensibilidade do fígado, músculo e tecido adiposo, a ação da insulina. Então a metiformina não estimula a secreção de insulina, e também não se liga a receptor de insulina, ela atua aumentando a sensibilidade dos tecidos a ação da insulina. A ação preferencial da metiformina é no fígado. Então a metiformina diminui a produção hepática de glicose. Ela atua na cascata de sinalização da insulina.

-Para diabéticos do tipo 1 ela não melhora quando administrada isoladamente, porque ela somente melhora a ação, se for usada deve ser combinada com a insulina.

- Quando se tem um medicamento que melhora a ação, ela vai melhorar até o teto da normalidade, por isso a metiformina não causa hipoglicemia. Ela é normoglicemiante, melhora o perfil lipídico, e o efeito colateral é náuseas. Não é igual a insulina que é hipoglicemiante. A via usada é oral para uso da metiformina, com boa absorção intestinal, se distribui sem se ligar a proteínas plasmáticas, tem uma meia vida pequena, por isso que em geral usa-se 3 doses diárias junto com as refeições, ela  não é metabolizada e eliminada por excreção renal. Uma contra indicação é para pacientes que tem função renal diminuída.

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